Mais um ano, mais um punhado de notas

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Saiu recentemente uma lei que define o perí­odo em que se deve apresentar um veí­culo í  inspecção periódica obrigatória como os três meses anteriores ao dia da matrí­cula original.

Isto significa que a data limite para a inspecção passa a ser o aniversário da matrí­cula do carro.

O meu carro foi matriculado dia 8 de Setembro de 93 e portanto, geralmente, faço a inspecção no mês de Setembro. Desta vez fiquei subitamente com pouco tempo para fazer a inspecção, uma vez que a lei saiu no fim de Agosto e o meu carro passou a ter como prazo para a IPO, o dia 8 de Setembro.

Esse acabou por ser, como já é hábito com o meu carro, o menor dos meus problemas.

Mais um ano passado, mais um chumbo na inspecção: direcção desalinhada e um vidro de trás que não abre.

Mas que raio?! O vidro de trás não abre, de facto… nunca abriu! Nem nunca o mandei arranjar, porque me pareceu desperdí­cio de dinheiro arranjar um vidro que eu nunca precisei de abrir.

Ao que parece, tudo isto conta, na inspecção e, apesar de nunca ter sido notado, este ano o inspector estava a sentir-se zeloso.

Resultado: 300 e tal euros mais IVA só pelo elevador do maldito vidro. Mais a mão de obra, alinhamento de direcção, inspecção e re-inspecção, estou mesmo a ver mais 500 euricos a voarem-me do bolso para o poço sem fim que é o meu querido Mercedes.

Mas, bem feitas as contas, antes 500 ou mil euros que sejam, por ano, naquele carro, do que ficar agarrado a uma mensalidade brutal, depois de uma entrada assassina, para poder comprar um carrito jeitoso.

E eu nem quero nada de horrivelmente caro… um Mitsubishi Lancer 1.5 Invite já me bastava e são só 19 mil e picos euros.

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7 comentários a “Mais um ano, mais um punhado de notas”

  1. “só 19 mil e picos”

    qualquer chaço hoje em dia custa um punhado jeitoso de notas.

    em relação aos elevadores, espero que não atrofiem com isso, nunca me chamaram í  atenção em relação a isso e tenho 2 deles avariados no Rover, funcionam, mas mal (não se pode abrir mais que um greta, senão quando se fecha o vidro fica desalinhado e não encaixa).

    mas o meu maior problema é mesmo a ní­vel de luzes, todos os anos tenho de ir mandar acertar antes de ir ao IPO, a merda é que depois chumba e tenho de ir acertar de novo, porque aquilo não dura mais de 1 ou 2 dias como deve de ser. enfim.

    mas eu adoro o meu carrão! com 12 anos é que eles são bons… ou isso são so whiskys?

  2. Gus says:

    Fazes bem em manter. Esse carro foi um achado do caraças que normalmente só se ouve falar que o tio do primo do padrinho do gajo que vai ao teu lado no metro é que teve a sorte de “achar”.

    Eu mantinha o carro até ele morrer mesmo ou até ter capacidade de o substituir por algo igualmente fixe….

  3. Tiago, realmente o preço dos carros em Portugal é ridí­culo. Um Fiat Punto com um nadinha mais de equipamento salta para 18 mil. O Bravo começa em 18 mil, o Lancer também. O Mégane acho que é um bocadinho mais e uma coisa como um Seat Altea (não gosto de Seats, mas aqui vai, como exemplo), começa nos 19 e tal.

    Há carros mais baratos, claro, mas 18/19 mil não são também os mais caros. Carros mais compostinhos vão para os 25/30 mil, ou mais e depois, claro… por aí­ acima ninguém os pára.

    Gus: eu adoro o meu carro, como sabes. Tenho pena que seja sempre tão caro arranjá-lo, caso contrário mandava-o para a oficina com uma listinha e só o ia buscar quando estivesse tudo arranjado.

  4. Conchita says:

    Pensando por esse prisma, até tens razão, mais vale mesmo 500€ por ano, do que 500€ por mês durante não sei quantos anos!!
    Uma boa semana :)

  5. pachita says:

    Totalmente de acordo. O meu bólide já tem quase 10 anos e continua óptimo. Há tempos partiram-me o retrovisor e custou-me pagar um novo. Também me custou mudar a parte eléctrica do fecho centralizado que teimou em não funcionar. Já gastei alguns aérios no bicho, mas prefiro um milhão de vezes manter o meu chaço do que andar aí­ a pagar uma prestação absolutamente escandalosa por um carro mais pi pi. Além do mais, para quem vive na cidade como eu, é raro usar o carro. Tomei o gosto aos transportes públicos e não quero outra coisa.

  6. carlos p says:

    Gostaria de esclarecer o meu amigo do mercedes, de que nenhum centro de inspecções chumba um carro só pelo facto de o vidro quer de trás ou da frente nao abrir ou fechar. Se tal aconteceu, foi porque essa anomalia já devia vir mencionada na ficha de inspecção anterior com o Grau 1, e no ano seguinte a mesma anomalia é considerada reincidente passando automáticamente a grau 2 (chumbo). As pessoas têm 1 (um) ano para corrigir todas as anomalias de grau 1, e por vezes por questão de desleixo ou outra razão não o fazem. Mas porque?? Um ano!!! 365 dias !!!? Pois… a culpa é dos inspectores. Só podem estar a gozar com o trabalho deles. Saudações

  7. Caro amigo, garanto-lhe sem sombra de dúvida que a avaria do vidro do meu carro nunca surgiu como anomalia em nenhuma das inspecções.

    Não me sinto, portanto, esclarecido.

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