The King is dead

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Long live the king!

George Carlin

SHIT, PISS, CUNT, FUCK, COCKSUCKER, MOTHERFUCKER, TITS!

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The Happening

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Era uma vez um senhor chamado Manoj Nelliyattu Shyamalan que, depois de uma ou duas tentativas falhadas, pegou em qualquer coisa como 40 milhões de dólares e fez um filme chamado “The sixth sense”.

Este filme, com um tema sobrenatural e uma reviravolta no final rendeu algo como 700 milhões de dólares nas bilheteiras. Compreensivelmente, os senhores dos estúdios bateram muitas palminhas.

Daí­ para  frente, a coisa começou a descambar. Toda a gente queria ver o Sixth sense outra vez, mas o rapaz queria fazer outros filmes. Começou a fazer cada vez menos dinheiro e os senhores dos estúdios deixaram mesmo de lhe achar piada.

Nos Estados Unidos, como se sabe, bom cinema é cinema que faz dinheiro. Lendo (praticamente) qualquer crí­tica americana cedo se percebe como são equacionadas as coisas: este filme foi péssimo, fez apenas 2 milhões no primeiro fim de semana; ou: este filme é fenomenal, vejam bem que até já facturou 200 milhões.

Só depois das contas comerciais é que, geralmente, vem a apreciação cinéfila da coisa. E, por esta bitola, Shyamalan é, hoje em dia, um merdas.

Esta é a perspectiva da indústria. E quanto í  perspectiva do público é algo como: epá, mas o Sixth sense é um filme sobrenatural com uma reviravolta… porque é que os outros filmes todos dele não são iguais? Que seca!

Posto tudo isto, devo dizer que gosto muito de todos os filmes que vi do M. Night Shyamalan, sem excepção, embora com graus de variação. Gostei muito do Sixth sense eo do Unbreakable, gostei mesmo muito do Signs e do The Village e gostei bastante do Lady in the water.

Para mim é: um filme de fantasmas, um filme de super-heróis, um filme de extra-terrestres, uma espécie de lenda infantil e um conto de fadas. Em traços muito largos, é assim que vejo, respectivamente, cada um dos filmes que citei acima.

Não acho o Shyamalan nenhum génio, até porque é coisa que não gosto de fazer, nem de ver outros fazerem: idolatrar fulano ou sicrano. Isso tolda a visão.

Mas também não me deixo levar pela onda negativista de que todos os filmes do Shyamalan são, sucessivamente, piores que o anterior.

Este fim de semana, fomos ver o mais recente, The happening. Possí­veis spoilers daqui para a frente, leiam por vossa conta e risco.

Tirando o Mark Wahlberg, que não seria a minha escolha como actor para filme nenhum, tirando o Boogie Nights, e que creio que estraga um pouco as poucas cenas de diálogo, o filme é clássico.

Foi um filme que me pareceu ter meia hora – apesar de ter hora e meia – e estive sempre sentado na beira da cadeira embora praticamente não aconteça nada o filme inteiro. É a ideia do que se passa que me pareceu fascinante e não o que efectivamente acontece.

O filme quase não tem diálogos, como já referi e a história é quase toda contada pela realização do Shyamalan que, admita-se, é o seu ponto forte. Os poucos diálogos que tem são um bocadinho insí­pidos, mas não interessa, porque esta é uma história de pessoas que perdem completamente o poder sobre si próprias e não seria discursos heróicos ou grandes conversas filosóficas que os ajudariam.

São pessoas vulgares.

No filme, as plantas libertam uma neurotoxina que faz as pessoas perderem o instinto de auto-preservação, acabando por cometer suicí­dio. Os crí­ticos andam todos com o pipi aos saltos, delirantes com a oportunidade de gozar com esta ideia a que chamam de eco-thriller. As plantas atacam a humanidade, como vingança pela poluição, que ideia estúpida.

Não faz sentido, é pateta, dizem.

Então e aquele filme, de 1963, em que súbita e inexplicavelmente, aves começam a atacar os seres humanos? Que patetice.

Ah, mas esse é do Hitchcock e como idolatramos o Hitchcock, ai de nós criticar um filme sobre pássaros atacando pessoas. Plantas atacando pessoas é que é pateta.f

O Happening não foi, para mim, nenhum filme ecológico cheio de mensagens de protecção do ambiente. É uma ideia, baseada numa possibilidade… um “e se…?”. E se por acaso um dia, as plantas que nos rodeiam se tornassem nocivas para nós? Como fugir? Para onde?

Não sei, nem me interessa, se o Shyamalan tem efectivamente pretensões ecológicas. Mas é essa a beleza da arte e do entretenimento; dos livros e da música e do cinema: eu não tenho que seguir a intenção do autor, não tenho que compreender a motivação dos músicos, não preciso de compreender letras de canções ou conhecer profundamente o objectivo do realizador de um filme. Sou eu que decido como as coisas me fazem sentir e sou eu que estou a fruir a obra.

Podia agora entrar aqui numa discussão estética daquelas que não vão a lado nenhum, sobre a obra e se esta tem um valor intrí­seco ou se o seu valor advém da fruição. E sendo a fruição individual, como podemos alguma vez definir o valor de uma obra?

Por isso é que o povo, muito pragmático, diz que gostos não se discutem.

The Happening é um filme simples, muito bem filmado, com uma ou duas cenas que eu teria removido, mas nada de horrivelmente desfigurante. Lamento se, pelo insucesso comercial dos seus filmes e pela incompreensão do público da sua teimosia de não fazer remakes consecutivos do Sixth sense, o Shyamalan deixe de fazer filmes ou, pior ainda, comece a tentar fazer filmes que agradem ao mercado. Eu gosto muito dos filmes dele tal como são.

Além de que a cena dos trolhas a espetar-se no passeio é fenomenal!

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Obrigado GTA

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Agora isto não me sai da cabeça…!

“Schweine” – Глюкозa (Glukoza)

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Onde é que eu já vi este filme?

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Li agora que Cristí­an Rodriguez assinou pelo Fóculporto. Mais uma vez se cumpre a sina: o FCP contrata jogadores que precisa para jogar e jogadores que não quer que o Benfica tenha. É uma estratégia que me parece encaixar na perfeição num clube que anda há 25 anos a comprar tí­tulos, a comprar a Federação, a comprar favores e, pelos vistos, a comprar montes de fruta.

Se não tiverem lido a minha tese sobre o porquê do Benfica não ganhar nada, aconselho-vos a dar uma vista de olhos. Verão como esta contratação de Rodriguez encaixa tão bem na minha teoria.

Um Comentário

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Em relação ao Euro

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Só digo mais isto: Scolari anunciou que saí­a para o Chelsea. Seguidamente, a Selecção perdeu com a Suí­ça e depois, hoje, com a Alemanha. Não é preciso dizer mais nada.

Obrigado, palhaço.

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Obrigado GTA

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Agora isto não me sai da cabeça…! “Schweine” – Глюкозa (Glukoza)

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Onde é que eu já vi este filme?

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Li agora que Cristí­an Rodriguez assinou pelo Fóculporto. Mais uma vez se cumpre a sina: o FCP contrata jogadores que precisa para jogar e jogadores que não quer que o Benfica tenha. É uma estratégia que me parece encaixar na perfeição num clube que anda há 25 anos a comprar tí­tulos, a comprar a Federação, […]

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Em relação ao Euro

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Só digo mais isto: Scolari anunciou que saí­a para o Chelsea. Seguidamente, a Selecção perdeu com a Suí­ça e depois, hoje, com a Alemanha. Não é preciso dizer mais nada. Obrigado, palhaço.

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