Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Disse que ia apoiar a Alemanha, mas não consegui. Entenda-se que também não apoiei a Espanha. Estive a brincar com o Tiago enquanto o jogo passava em background e não consegui sentir qualquer entusiasmo pela final.
Creio que desde 1998 que não me entusiasmo com uma final em que não participe Portugal. Foi quando a França deu três na pá ao Brasil na final do Mundial, foi um grande jogo, com Zidane em grande forma e deu-me gozo ver.
A final de hoje foi uma trampa que apenas sublinha o quão pleno foi o falhanço da nossa Selecção neste Europeu. A Alemanha praticamente não jogou. Aquilo que eu confundi com superioridade tática dos germânicos contra Portugal foi, afinal, inferioridade Portuguesa: um mau treinador e um péssimo guarda-redes.
Estava enganado e admito-o: a Alemanha não é nenhum portento táctico e fiquei aparvalhado, no fim do jogo, a pensar como foi possível os Alemães terem chegado í final.
Espanha é, então, campeã europeia de futebol, após o que foi uma grande campanha: 9* pontos na fase de grupos e zero golos sofridos na fase eliminatória. Uma lição, portanto, para quem diz que “só precisamos ganhar dois jogos para estar nos quartos”.
Não. Nunca é preciso ganhar “só” dois jogos. É preciso, sempre, ganhar todos os jogos. Todos.
A final interessou-me pouco, mas fez-me pensar que a nossa selecção poderia perfeitamente ter estado ali a jogar com Espanha e, mesmo perdendo, teria sido um melhor jogo e uma sensação de dever cumprido.
Assim, foi só uma seca.
*Obrigado, Miguel.
6 pontos na fase de grupos?
Olha que a vitoria vale 3 pontos í muito tempo… :-)