Publicado em , por Pedro Couto e Santos
No meio de toda a confusão da nomeação democrata para a corrida í s presidenciais americanas já toda a gente, uma vez ou outra, pensou que quem ganha com isto é o McCain.
Mas a verdade é que eu estava convencido que qualquer candidato republicano seria completamente derrotado por um democrata, este ano. Com o país em guerra e recessão económica depois de quase uma década nas mãos de Dabya, pensei que aquele povo estaria pronto para uma mudança clara.
Eu sei que a divisão nos democratas conta muito para que as sondagens não sejam muito claras e que, quando todos os eleitores democratas se unirem em volta de um só candidato a coisa mudará de figura, mas não deixou de me chocar um pouco aperceber-me de que nem Clinton nem Obama têm uma clara vantagem nas intenções de voto, sobre McCain, segundo a Gallup.
Não está fora de questão que aquela nação de ignorantes venha a eleger um continuador de políticas de Bush que tão alegremente cantava num dos seus comícios: “bomb Iran, bomb, bomb Iran”, ao som de “Barbara-Ann”, dos Beach Boys.
É por isso que as eleições nos EUA são fundamentalmente sobre demografia. Há racistas e não racistas,
há quem defenda a posse privada de armas nucleares e quem defenda a abolição de todo o tipo de armas.
É lixado.
Mas a economia americana domina a economia mundial e a nós faz-nos falta um gajo que saia do Iraque e se deixe de merdas. Alguém que se concentre na política interna e melhore a economia, para ver se um gajo consegue meter gasolina no carro sem pedir um empréstimo no banco.
O teu post fez-me lembrar este artigo no NYT sobre como estas primarias podem ter fortalecido o Barack Obama como candidato:
“But there is a competing view that says that Mrs. Clinton, rather than being a spoiler, has in fact been an unwitting mentor to Mr. Obama, a teaching adversary who made him better.”
http://www.nytimes.com/2008/05/11/weekinreview/11leib.html?partner=rssnyt&emc=rss
Um Obama-Clinton, apesar das diferencas de estilo, discurso, politica, etc, seria mesmo a candidatura ideal para enfrentar o John McCain.
As sondagens a nível nacional contam pouco para umas eleições como as presidenciais americanas, o Al Gore teve mais meio milhão de votos que o Bush e mesmo assim perdeu as eleições. O que conta são os swing states, estados indecisos que costumam decidir as eleições. Costumam ser o Ohio, Pensylvannia e Florida. Sugiro o site http://www.realclearpolitics.com aqui podes acompanhar todas as noticias relativas í campanha e ver as sondagens nesses estados indecisos.