Estou a pensar mudar para Meo lá em casa, visto que pago uma exorbitância de internet e televisão. Tudo somado são mais de 70 euros todos os meses e não pode ser.
No entanto, dúvidas se levantam. Fui avisado de que, havendo muita actividade de internet, a televisão sofrerá freezes frequentes, o que é totalmente inaceitável já que há décadas que vemos televisão sem este defeito.
Ora… façamos as contas. Lá em casa há três máquinas Windows, uma Linux, dois Macs e uma PS3. Tudo ligado í rede. Nem tudo online ao mesmo tempo, no entanto, não é absolutamente nada incomum um cenário como este: Um dos PCs está a sacar torrents o dia inteiro, enquanto a PS3 está a fazer download de um ou dois demo da PS Store, um de nós está no Mac a escrever em WordPress e o outro está sentado a ver televisão.
Actualmente, não temos problema nenhum – usamos ADSL para a net e cabo para a TV – excepto, claro, a factura ridícula ao fim do mês.
Gostava de saber se há por aí gente que já tenha aderido ao Meo e lhe tenha mesmo puxado pelas goelas e se alguém me confirma que é impossível ver TV se estivermos a dar um uso pesado í net, ou se não é suposto uma coisa interferir com a outra, tratando-se de um problema técnico a resolver, caso aconteça.
Hoje de manhã, saí para trabalhar e dei com esta cena:
Os mais atentos, repararão quase imediatamente que um grupo de três homens assistem enquanto dois trabalham. Isto é normal.
Mas o que me interessou mais foi que estes senhores estão a abrir buracos no passeio nas zonas onde este é rebaixado. Apostaria que estão preparar-se para, finalmente, colocarem pilares a impedir o estacionamento nestes sítios.
Já não era sem tempo!
As coisas começaram devagarinho. Quando os novos passeios ficaram prontos, ninguém lá estacionava. Depois começou um gajo a deixar o seu carro no passeio ocasionalmente. Depois passou a frequentemente. E agora já há pessoas que tratam certas porções de passeio como suas garagens privativas.
Espero não estar enganado em relação í função dos buracos que estes senhores estão a abrir… espero para ver.
Há uns dias atrás escrevi um post sobre como diversos sistemas de transportes públicos na Capital poderiam ser melhorados. Mas escrevi-o com tal tom de crítica que surgiram alguns comentários fazendo-me ver que noutros países da UE, mais ricos e, teoricamente, avançados que o nosso, a situação é bem pior: ou não existem passes, ou outras formas de acesso facilitado a vários transportes, ou não são possíveis operações para nós mundanas com pagar contas no multibanco.
Tudo isto deixou-me a pensar sobre um velho tema. É o tema do produto nacional. Na minha opinião, o principal produto nacional é o queixume. É o que mais se produz em Portugal: queixas. Toda a gente se queixa. Também se produzem muitas opiniões, mas aí a coisa já é mais partilhada: pode parecer que toda a gente tem uma opinião, mas a verdade é que duas ou três pessoas têm opiniões e todo o resto da população pede essas opiniões emprestadas.
Mas queixas, toda a gente tem, pelo menos uma e, na maioria dos casos, montanhas delas.
Eu sou português e, portanto, sofro do mesmo mal: o mal de dizer mal. Isto já não é novidade nenhuma para ninguém, devem ter sido escritos volumes sobre este assunto; mas deu-me uma ideia: então e se eu tentasse escrever, digamos, dez posts, apenas dizendo bem de Portugal?
Seria um grande desafio! Dez posts, que não precisam de ser consecutivos, mas que façam todos parte de uma série em que eu me dedique a elogiar uma qualquer faceta do nosso país.
E não vale a pena elogiar Portugal como território… isso seria fácil e pateta demais: ah as praias isto, as montanhas aquilo. Nada dessas pieguices. Terei que encontrar motivos para elogiar uma qualquer faceta do país, enfim, da Nação, sem recorrer ao Sol e aos verdes prados.
Este ano, vai fazer dez anos que me casei e saí de casa dos meus pais. Nestes quase dez anos, nunca consegui manter uma rotina alimentar organizada, coisa que a minha mãe sempre fez, sem falha.
Não sei como ela conseguiu, todos aqueles anos, nem sei como continua a conseguir hoje, já sem os filhos em casa. Mas de certeza que não é fácil.
Eu nunca consegui e a minha gaja é como eu nesse aspecto e também não consegue – e ainda cozinha menos que eu. Passámos anos a comer comida pré-feita, congelada ou de pacote, entremeada com pizza ou chinês e a ocasional refeição cozinhada por nós.
As horas das refeições também sempre foram coisas totalmente aleatórias e a rotina de comer sentado í mesa nunca existiu; comemos quase sempre sentados no sofá, com tabuleiros, a ver TV.
O problema é que, com o Tiago, as coisas não podem ser assim. Ele tem que comer, sempre, comida “como deve ser” e, de preferência, a horas razoavelmente certas. Porque está ainda a aprender a comer, a conhecer os alimentos e as rotinas, convém que as coisas se vão repetindo de forma organizada, para que haja pouca interferência no processo de aprendizagem.
E é verdade que com o Tiago, as coisas encaixaram imediatamente. Menos, claro, para nós. Connosco, a blabúrdia continua a mesma: chegamos í hora de jantar e não há nada para comer… é preciso inventar. Um come uma massa 4 Salti qualquer, o outro come ovos mexidos; talvez se faça qualquer coisa com atum.
E agora, que o miúdo começa a olhar para os nossos pratos com curiosidade, começa a aproximar-se a altura da refeição em família ser instituida. Para comermos todos juntos e todos a mesma coisa í mesma hora, porque o exemplo é provavelmente a forma mais importante de aprendizagem para ele.
Mas ainda não conseguimos. Acabámos de almoçar, desta vez conseguimos estar todos í mesa ao mesmo tempo, mas eu comi ovos estrelados com arroz e a Dee acabou uns restos de chinês que estavam no frigorífico de ontem í noite – já que, como não havia jantar, ela foi ao restaurante comprar umas gambas e arroz chao-chao.
A última tentativa que fiz, no final do ano passado, foi o costume: começo por fazer uma lista de refeições que nos agradem aos dois e que, eventualmente o Tiago também possa vir a comer; depois faço uma lista dos ingredientes necessários para cozinhar essas refeiçõesque vamos comprar ao supermercado.
Geralmente, faço a primeira e segunda refeições da lista. Fiz um bacalhau cozido, fiz umas ervilhas com chouriço. Creio que foi aí que parou: as ervilhas eram muitas e ficaram para o dia seguinte, o que fez com que já não pensasse essa refeição.
Algures aí a meio fomos almoçar fora ou encomendámos pizza, que depois dura mais dois dias, no fim dos quais ainda há o resto das ervilhas… A coisa prolonga-se e nunca mais volto a pensar na tal lista de refeições. Os ingredientes vão ficando no congelador, mas nunca nenhum de nós se lembra de o tirar, para estarem cozinháveis no dia seguinte.
De vez em quando, comemos uns bifes de perú, feitos um bocado í pressa, já com o Tiago sentado í mesa a jantar. Hamburgers é também uma coisa sempre í mão, é só meter na George Foreman e depois dentro de um pão e está a andar.
Muitas vezes jantamos já depois do Tiago estar na cama.
Continuo sem saber como fazer isto para que funcione. Suponho que seja uma das batalhas do dia a dia da maioria das pessoas: ter o frigorífico abastecido, organizar as refeições, descongelar comida, cozinhar no próprio dia ou de ante-mão. Mas no que me toca, é uma batalha perdida.
O Tiago faz hoje dez meses. Está, portanto, a dois de completar um ano de idade e embora possa parecer lugar-comum: ainda me custa a acreditar a velocidade com que o tempo passa.
Agora começa a por-se de pé e a tentar activamente repetir o que dizemos, farta-se de brincar e já goza um bocado; tapa a cara e se nos pusermos a chamar por ele, o fulano ri-se, tipo sacaninha, com a cara tapada, como quem diz “estou aqui escondido e eles não sabem de mim”.
O principal problema neste momento é que ele não cabe no fraldário, nem nada que se pareça: fica com as pernas penduradas, pelos joelhos e nós já não temos onde o despir e vestir e proceder a todo o ritual pré e pós-banho. Penso que teremos que começar a fazer tudo em cima da nossa cama e ver se corre bem.
E pronto, só mais 206 meses até que seja maior de idade!
Estou a pensar mudar para Meo lá em casa, visto que pago uma exorbitância de internet e televisão. Tudo somado são mais de 70 euros todos os meses e não pode ser. No entanto, dúvidas se levantam. Fui avisado de que, havendo muita actividade de internet, a televisão sofrerá freezes frequentes, o que é totalmente […]
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