Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Diz-se que um ser humano consegue sobreviver três semanas sem comer, três dias sem água e três minutos sem ar.
Então e sem dormir?
Entrei em 2008 com insónias. Não daquelas de estoirar completamente, mas das que moem bastante: três a quatro horas de sono por noite, todas as noites. Isto durou três semanas até que, completamente esgotado, consegui começar a adormecer mais cedo. Isto durou mais ou menos uma semana.
Na noite de Sábado para Domingo, o Tiago decidiu acordar í s quatro da manhã e sentar-se na cama a falar. Bah bah, dah, dum, isto e aquilo.
Ainda esperámos que voltasse a adormecer por si, mas a coisa não foi ao sítio e a mãe teve que o ir alimentar e voltar a deitar. Funcionou. Quinze minutos mais tarde a casa inteira dormia novamente? Inteira? Não, porque uma pequena aldeia gaulesa, resiste ainda e sempre ao invasor.
Demorei mais umas duas horas a adormecer finalmente, apenas para ser acordado outras duas horas depois, pelos vizinhos aos gritos (usual).
Decidimos que a coisa tinha sido um incidente isolado, por ter comido mal ao jantar no Sábado, ele tinha acordado com fome. Mas não.
Esta noite voltou a fazer precisamente o mesmo í s cinco da manhã. Mesma rotina, com a Dee a ter que se levantar para lhe dar de mamar e ele lá adormeceu… mais ou menos… ainda passou a hora seguinte a resmungar ocasionalmente. Às seis, levantam-se os vizinhos… aos gritos.
Quando finalmente adormeci, o despertador tocou.
Agora estou a considerar se vale a pena atravessar aqui a Fontes Pereira de Melo e alugar um quarto no Sheraton para tentar dormir umas horas.
[tags]sono, insónia[/tags]
Se continuares assim daqui a pouco vais dizer frases do tipo:
It’s only after we’ve lost everything that we’re free to do anything.
Without pain, without sacrifice, we would have nothing. Like the first monkey shot into space.
You’re not your job. You’re not how much money you have in the bank. You’re not the car you drive. You’re not the contents of your wallet. You’re not your fucking khakis. You’re the all-singing, all-dancing crap of the world.
In the world I see – you are stalking elk through the damp canyon forests around the ruins of Rockefeller Center. You’ll wear leather clothes that will last you the rest of your life. You’ll climb the wrist-thick kudzu vines that wrap the Sears Tower. And when you look down, you’ll see tiny figures pounding corn, laying strips of venison on the empty car pool lane of some abandoned superhighway.
Fuck off with your sofa units and strine green stripe patterns, I say never be complete, I say stop being perfect, I say let… lets evolve, let the chips fall where they may.
Only after disaster can we be resurrected.
Se eu estivesse assim, acho que nem precisava do quartinho no sheraton. A pensão estrela chegava…
Só não digo que até a paragem do autocarro servia porque são insónias e insónias só se ultrapassam com o mínimo de conforto.
É horrível, conheço a sensação e desde 6ª as minhas também voltaram…:(
Boa sorte nisso rapaz…
ps-muito cool a Dee ainda amamentar a cria :)
Mas já custa… :-)
Tem graça (nenhuma…) que há uma semana que também ando a dormir mal, e a acordar sempre í s 4 ou 5 da manhã. A diferença é que aqui não há filhos a acordar-nos nem vizinhos a berrar. Mas o efeito tem sido similar.
Deve ser qualquer coisa que anda no ar. Ou na água. Hmmm…. conspiração…