A promessa de refeições organizadas

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Este ano, vai fazer dez anos que me casei e saí­ de casa dos meus pais. Nestes quase dez anos, nunca consegui manter uma rotina alimentar organizada, coisa que a minha mãe sempre fez, sem falha.

Não sei como ela conseguiu, todos aqueles anos, nem sei como continua a conseguir hoje, já sem os filhos em casa.  Mas de certeza que não é fácil.

Eu nunca consegui e a minha gaja é como eu nesse aspecto e também não consegue – e ainda cozinha menos que eu. Passámos anos a comer comida pré-feita, congelada ou de pacote, entremeada com pizza ou chinês e a ocasional refeição cozinhada por nós.

As horas das refeições também sempre foram coisas totalmente aleatórias e a rotina de comer sentado í  mesa nunca existiu; comemos quase sempre sentados no sofá, com tabuleiros, a ver TV.

O problema é que, com o Tiago, as coisas não podem ser assim. Ele tem que comer, sempre, comida “como deve ser” e, de preferência, a horas razoavelmente certas. Porque está ainda a aprender a comer, a conhecer os alimentos e as rotinas, convém que as coisas se vão repetindo de forma organizada, para que haja pouca interferência no processo de aprendizagem.

E é verdade que com o Tiago, as coisas encaixaram imediatamente. Menos, claro, para nós. Connosco, a blabúrdia continua a mesma: chegamos í  hora de jantar e não há nada para comer… é preciso inventar. Um come uma massa 4 Salti qualquer, o outro come ovos mexidos; talvez se faça qualquer coisa com atum.

E agora, que o miúdo começa a olhar para os nossos pratos com curiosidade, começa a aproximar-se a altura da refeição em famí­lia ser instituida. Para comermos todos juntos e todos a mesma coisa í  mesma hora, porque o exemplo é provavelmente a forma mais importante de aprendizagem para ele.

Mas ainda não conseguimos. Acabámos de almoçar, desta vez conseguimos estar todos í  mesa ao mesmo tempo, mas eu comi ovos estrelados com arroz e a Dee acabou uns restos de chinês que estavam no frigorí­fico de ontem í  noite – já que, como não havia jantar, ela foi ao restaurante comprar umas gambas e arroz chao-chao.

A última tentativa que fiz, no final do ano passado, foi o costume: começo por fazer uma lista de refeições que nos agradem aos dois e que, eventualmente o Tiago também possa vir a comer; depois faço uma lista dos ingredientes necessários para cozinhar essas refeiçõesque vamos comprar ao supermercado.

Geralmente, faço a primeira e segunda refeições da lista. Fiz um bacalhau cozido, fiz umas ervilhas com chouriço. Creio que foi aí­ que parou: as ervilhas eram muitas e ficaram para o dia seguinte, o que fez com que já não pensasse essa refeição.

Algures aí­ a meio fomos almoçar fora ou encomendámos pizza, que depois dura mais dois dias, no fim dos quais ainda há o resto das ervilhas… A coisa prolonga-se e nunca mais volto a pensar na tal lista de refeições. Os ingredientes vão ficando no congelador, mas nunca nenhum de nós se lembra de o tirar, para estarem cozinháveis no dia seguinte.

De vez em quando, comemos uns bifes de perú, feitos um bocado í  pressa, já com o Tiago sentado í  mesa a jantar. Hamburgers é também uma coisa sempre í  mão, é só meter na George Foreman e depois dentro de um pão e está a andar.

Muitas vezes jantamos já depois do Tiago estar na cama.

Continuo sem saber como fazer isto para que funcione. Suponho que seja uma das batalhas do dia a dia da maioria das pessoas: ter o frigorí­fico abastecido, organizar as refeições, descongelar comida, cozinhar no próprio dia ou de ante-mão. Mas no que me toca, é uma batalha perdida.

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27 comentários a “A promessa de refeições organizadas”

  1. O meu filho tem 9 anos. Ainda hoje me debato com esse problema.

    Não vejo solução pací­fica.

    Se descobrires, avisa.

  2. The One Who Will Be says:

    Falando por experiencia própria o melhor que há para a saude é mesmo a cominda caseira. Se tivesse o teu regime alimentar a esta hora estava cheio de problemas de estomago e não só. Comidas pré-cozinhadas, congeladas, fast food e take away são do pior que se pode comer. Não há nada melhor que uns rojões í  minhota, arroz de feijões com carapaus, massa í  lavrador, tripas í  moda do porto, cozido í  portuguesa, papas e arroz de sarrabulho, lombo assado no forno, vitela assada no forno, etc. Tanta comida boa.

  3. susana says:

    Olha, como moro “ao virar da esquina” do Pingo Doce, opto por comprar praticamente dia-a-dia as coisas que poderia ter no congelador. Isto porque o que já congelei, congelado permanece… também me passa completamente ao lado esse ritual de, de manhã, tirar as postas de pescada para cozinhar í  noite.
    Ultimamente também tenho utilizado a função de descongelação do microondas e assim já posso fazer as bifanas que me esqueci de tirar de manhã.
    Já na questão das quantidades…é verdade, deito sempre restinhos disto e daquilo fora, ou então andamos dias a comer a mesma coisa.

  4. Chichas says:

    Fui investigar o Foreman, nem me admirava nada que tivesses um grelhador com colunas embutidas e leitor de mp3: http://igrillwithgeorge.com

  5. Joao says:

    Ainda sem filhos, é um problema que não tenho. Excepto se estiver sozinho em casa, mas aí­ é manifesta preguiça.

    Talvez seja essa a minha sorte, ter uma mulher que dá conta do recado. :) Ou o segredo pode passar por ter não apenas os ingredientes que compõem a tal lista de refeições mas sim um conjunto razoavelmente variado de ingredientes que dão sempre para fazer qualquer coisa, de várias maneiras. Outra solução mágica é esta: SOPA. Além de fazer bem que se farta, dá para várias refeições, congelada ou mesmo na panela (de inverno) está sempre í  mão e complementa-se mais facilmente com qualquer outra coisa ligeira.

    Eu… eu voto na SOPA!

  6. Macaco says:

    OUve lá, ó João Pedro, tu leste o post? Parece-me que se leste, não percebeste. E não como congelados por ser a minha comida preferida, nem tão pouco falo de saúde seja onde for. O problema é outro: como é que tu comes essas comidinhas todas que descreves? Como é que fazes? Armazenas, congelas e descongelas, organizas, cozinhas. Tens tempo e cabeça para tudo isso?

    Susana: comprar todos os dias… também não conseguia. Eu só para comprar pão é só uma vez por semana e basta-me descer í  rua que tenho uma padaria í  porta.

  7. Macaco says:

    Chichas, a George Foreman grill é o melhor grelhador eléctrico doméstico que já vi. Claro que não tenho esse com leitor de MP3, mas um simples e sensato – como eu, no fundo.

    João: eu desconfio que haja por aí­ muito homem que ainda depende da mulher para lhe faz

    er o almocinho, mas isso para mim não é solução porque a minha mulher é igual a mim. Aliás, quem compra comida e cozinha cá em casa, sou eu.

    A sopa é uma boa sugestão, mas tem apenas um problema: não gosto de sopa. Tolero, como se tiver mesmo que ser, mas não é algo que me apeteça no dia a dia.

    A ideia de ter uma despensa recheada com ingredientes que permitam cozinhar qualquer coisa que seja precisa também já experimentei e também não resultou especialmente bem.

    O que eu preciso é de um curso da Martha Stewart. :-)

  8. Joao says:

    Martha Stewart… talvez. Ou disso, ou duma Bimby. Não tenho, são caras, desconfio delas, mas dizem que faz tudo sozinha. E ocupa menos espaço que uma Martha :)

  9. susana says:

    Ah! Como admiro as nossas mães…;)

  10. LSantos says:

    é complicado mas “fazivel”; eu e o B. ambos cozinhamos (e gostamos de cozinhar), se não é um , é o outro ou os dois juntos. E mesmo quando eu morava sozinha, também fazia sempre comida em casa (mesmo quando fazia noitadas no trabalho) e cheguei a levar almoço feito para o trabalho durante muito tempo quando estava no Atrium. Todos os dias comemos comida feita em casa ao jantar, aos fins-de-semana é almoço e jantar feito em casa e durante a semana quando eu almoço em casa ou faço (a maioria das vezes) ou o jantar é feito de forma a sobrar alguma coisa (do acompanhamento ou da carne) para ser mais rápido. Mas também há pratos que não dá pra comermos os dois (bacalhau eu detesto, mas o B. gosta por exemplo), aí­ não há alternativa senão fazer dois almoços/jantares distintos.
    Sopa e massa, por exemplo, só eu como, e são por vezes a minha alternativa ao bacalhau :)
    Temos sempre um bom abastecimento de comida em casa. Fazemos compras do mês, onde trazemos aqueles alimentos que dá pra manter (arroz, massa, conservas de milho, ervilhas, leite, etc, you get the picture) e ingredientes congelados (mistura de legumes, peixe, etc) e que em qualquer altura podem ser usados para cozinhar. Carne tenta-se comprar uma vez por semana, juntamente com água e por serem compras pesadas acabam por ser feitas ao sábado, pelos dois.
    Legumes e fruta, como se consome muito, acaba por ser duas vezes por semana (uma vez no supermercado ao sábado e uma no mercado de produtores; ao supermercado vamos os dois, ao mercado vou eu).
    “Fast-food” é feita em casa, seja pizza, seja pseudo-chinês, seja pita-schwarma, os dois ajudam.
    A única vez que alguma vez fomos buscar pizza foi nos 3 dias em que estivémos os dois a montar a nossa cozinha.
    Planear refeições também tentámos e não dá…. chega-se ao dia e apetece sempre outra coisa… é mais fácil (para nós) ter sempre ingredientes í  disposição e inventar na altura do que estipular este ou aquele prato pra este ou aquele dia… Há sempre um núcleo de ingredientes frescos que está sempre na lista de compras e que sabemos que usamos sempre.
    Temos também um bloco de notas no frigorifico onde apontamos o que vai acabando para se comprar na próxima ida ao supermercado, assim nunca falta nada.
    Não seguimos receitas (excepto para bolos :) ), é o poder inventivo em acção mesmo…
    ah, e salvo rarí­ssimas excepções, comer í  mesa também não é connosco :) tabuleiro e tv.
    Por enquanto somos só os dois (e o gato), mmas mesmo mais tarde este “método” não pode alterar, não temos hipótese.
    Connosco funciona… mas vocês agora com o pequenote de certo encontrarão o vosso método :)
    (sorry pelo comentário longo) …

  11. LSantos says:

    vai umas costeletazinhas í  salsicheiro com arroz de milho para o almoço? :)

  12. Sérgio says:

    Para mim é relativamente simples.

    Duas vezes por semana passo no supermercado local (Pingo Doce). Mesmo chegando do trabalho í s 19:00, pouco depois das 19:45 estou em casa com as compras feitas. Depois é só cozinhar, o que é simples porque é algo que me agrada bastante. Nunca invento, sigo sempre receitas, o que é cada vez mais fácil com a Web.

    Fazer bacalhau é muito simples, lulas também ou peixe assado. Quanto í  carne é simples fazer frango assado ou carne estufada. Mas aquilo que mais consumimos é massa (italiana ou chinesa). Simples e muito bom. Raramente fazemos fritos.

    Acho que o truque é gostar de cozinhar e saber que é necessário algum tempo por dia para tratar disso. Recomento também a revista portuguesa “Blue Cooking”, que tem receitas interessantes e muito simples. Há blogues fantásticos, fica uma sugestão: http://aventalgourmet.blogspot.com/

  13. Macaco says:

    Ena tantos comentários! :-)

    Obrigado pela partilha das vossas experiências.

    L.: Identifiquei-me particularmente com a ideia de chegar ao dia e não apetecer. Muitas vezes descongelo, por exemplo, frango e depois quando chega a altura não me apetece comê-lo.

    Sérgio: “mesmo chegando do trabalho í s 19” soa-me magní­fico. 19 é a hora a que saio do trabalho quando preciso de sair cedo. Saindo a essa hora, nunca estou em casa antes das 20. Só isso, remove 70% da vontade de cozinhar… e eu gosto mesmo muito de cozinhar.

  14. LSantos says:

    Pedro, os supermercados aqui fecham í s 20.00 de 2ª a sábado, para além de não abrirem nem ao domingo nem aos feriados o dia todo. Foi logo um incentivo para termos as compras organizadas (dividindo dentro do possí­vel a tarefa pelos dois) e chegar a casa e ter-se sempre com que fazer jantar. E faz-se sempre, seja í s 20.30, seja í s 22.00 , seja mais tarde… e como se calhar podes ver nas nossas fotos, nós para além de gostar de cozinhar, gostamos de comer :)
    Mas percebo bem que a vontade desapareça, quando saí­a de Lisboa í s 20 (quando saí­a…) e chegava a casa nunca antes das 21.30, também não havia muita vontade… no entanto o estí´mago sempre falou mais alto :-)

    @Sérgio, obrigado pelo link.

  15. Macaco, eu acho que a maior parte do pessoal não percebeu o que eu acho que tu disseste.

    Eu acho que só quem sente a mesma coisa é que compreende. Eu quando chego ao fim do dia, ou ao fim se semana tenho sempre coisas tão mais interessantes para fazer (ou para não fazer), que a comida organizada e a despensa e o frigorí­fico cheios não são uma prioridade.

    Houve um sistema que resultou comigo, durante algum tempo. Comprar por atacado (1 ida ao supermercado por mês, com mega-compras despachava o tema) e metia-me um dia inteiro na cozinha, a fazer comida para congelar, que depois ia consumindo í  medida que precisava, durante o mês. Deixou de funcionar porque me chateei de gastar 1 dia inteiro na cozinha, a fazer sozinha algo que detesto.

    Gosto de cozinhar, mas não por obrigação. E a monotonia da lasagna e do esparguete í  bolonhesa e do bacalhau com natas e dos restantes pratos que podem ser congelados, é uma seca.

    Como disse, se encontrares a solução, avisa :)

  16. Macaco says:

    Jonas: precisamente. Isto não é algo que se resolva sem uma plástica de personalidade. Há muitos anos que sei que um dia, sendo pai, teria que me organizar, mas a coisa não vai ao sí­tio nem í  lei da bala.

    Hoje mesmo, chegada a hora de almoço, não tí­nhamos comida em casa digna desse nome. O puto comeu, é claro, o seu puré de batata com frango, sopa, fruta, etc. E foi para a cama.

    E nós? A Dee comeu massa com molho parmesão, de pacote, daqueles que basta juntar água. E eu peguei numa bolinha que cortei ao meio, bezuntei as metades com ketchup, pus-lhes queijo e uns cubinhos de bacon e fiambre que tinha no frigorí­fico, í  beira de apodrecerem e meti tudo no grill do forno e fiz, basicamente, duas mini-pizzas.

    Tive o bom senso de – perante tal fraqueza de refeição – tirar do congelador peito de frango para o jantar. Mas amanhã já não há comida outra vez.

  17. Isa says:

    Nós por aqui também sofremos do mesmo mal..é raro o dia que chegamos a casa antes das oito e meia e fazer comida é a última coisa que apetece.. eu normalmente aterro no sofá e deixo a tarefa pró gaijo, que ele não se importa, mas não chega e vai-se logo agarrar aos tachos, nah, ultimamente temos andado a jantar entre as 11 e a meia-noite…

    Praticamente tudo o que consumimos é congelado. Só as batatas e as cebolas é que escapam.. e í s contas disto, acabamos sempre por comer o mesmo, ou bacalhau, ou bifes de peru, ou salmão ou hamburguers, ou pescada..eu não gosto nem de massas nem de arroz o que limita logo muito coisa. Saladas e peixe fresco é raro, porque nunca apanhamos supermercados abertos nas redondezas para comprar cenas frescas.

    Passar um dia a fazer comida para congelar, neh, nem sequer tenho microondas, sopa é raro, prefiro comer ao almoço para não ter que fazer em casa, porque já sei que se estraga sempre. Take out também já é raro..os gajos do chamó frango já não fazem entregas ao domicilio e a pizza hut é tão longe que as pizzas quando chegam a casa tão esquisitas lol (sem contar que levam cerca de 40mn a entregar :P)

  18. LSantos says:

    hmm… pelo contrário, pela minha parte penso que percebi o que o Pedro quiz dizer, Jonas.
    No entanto, uma das coisas interessantes para mim, para nós, é ainda o prazer de cozinhar. É a única “tarefa caseira” que realmente gosto e tenho todo o prazer em fazer para uma, duas ou 20 pessoas. E se for feita em conjunto com alguém que partilha da mesma opinião, melhor ainda.
    Eu pelo menos desde que me conheço por gente sempre gostei de inventar a cada dia, no entanto a ideia de me enfiar um dia inteiro na cozinha e preparar pratos para a semana também não funciona, não por estar a fazer algo de detesto ou por obrigação, mas pelo que já mencionei antes: chego ao dia e não é aquilo que me apetece. O factor “apetece-me algo, ambrósio” é mais forte.
    Mas sim, se realmente cozinhar for algo que se detesta fazer, como a Jonas referiu ser no seu caso, ter o métodos e as “ferramentas” e os “materiais” sempre í  mão para desenvolver essa actividade, deixa de ser prioridade… tal como para mim pintar telas não é uma actividade que ache grande piada, embora me dê a pancada uma vez por ano, quando dá constato que não tenho as tintas que precisava e não vou a correr comprá-las :)

    @Pedro :-)

  19. vóvó says:

    Oi!Sou um mau exemplo,não gosto de cozinhar todos os dias e faço comida sensaborona com pouco sal e pouca gordura mas saudável em 5 minutos:ingredientes frescos para salada,quanto mais colorido e variado melhor,frutas,salsa coentros;legumes cozo sempre para2 ou 3vezes:cenouras,nabo,feijão,grão,lentilhas;ovos,queijo fiambre convem ter sempre;carne cozinha-se em maior quantidade para ir tirando umas fatias,peixe fica óptimo cozido no micro ondas (que também descongela qualquer coisa num instante);massa e arroz coze rápido.Depois é imaginação e misturar cada dia de modo diferente.Beijinho.

  20. morgy says:

    Temos o mesmo problema :) Eu optei por fazer uma lista mensal de comidas. Obviamente é flexivel ;) Fazemos as compras do mês onde me dedico a comprar carradas de carnes e peixes e etc.
    Com base no que foi comprado faço a ementa para as próximas semanas.
    A parte mais difí­cil é lembrar-me de ir tirando as coisas para fora a tempo de descongelarem. A solução para isto é a descongelação no microondas e o facto de haver coisas que se conseguem sempre cozinhar ainda congeladas.
    Por ex: medalhões de pescada e bacalhau – cozem muito bem e rapidamente estando congelados
    Bifes fininhos e hamburgers – vão directamente para a frigideira ou grelhador congelados e é também um instante.
    Nós agora com o miúdo é ainda mais difí­cil fazer a ementa, opto por uma vez por semana ir ao congelador da arrecadação e trazer matéria-prima para o resto da semana, cada dia tiro depois uma coisa qualquer e sai dali o que sair.
    Boa sorte :) http://oriana.blogs.sapo.pt/47228.html

  21. Sérgio says:

    Pedro, como disseste que para hoje (segunda) já não tinhas nada preparado, aqui vão umas instruções simples para conseguires um jantar.

    1) Entre “saí­da do emprego” e “chegar a casa”, passar num supermercado e comprar dois robalos frescos. Pedir para arranjar para assar. Comprar batatas pequenas (para assar) e cebolas se necessário. Tempo gasto: 30min.

    2) Em casa preparar uma travessa pequena para ir ao forno (onde os robalos caibam í  justa) com uma base de azeite e 1 cebola partida í s rodelas. Espalhar bem a cebola com o azeite. Tempo de preparação: 10min.

    3) Descascar as batatas para duas pessoas (a quantidade depende do tamanho das batatas). Lavar bem e colocar a pré-cozer num tacho com água. Deixar até a ponta da faca entrar bem nas batatas mas o interior ainda se sentir “duro”. Tempo de preparação: 5min.

    4) Temperar os robalos com ervas a gosto (eu uso ervas gregas para peixe), uma folha de louro no interior, sal e umas gotas de limão. Tempo de preparação: 2min.

    5) Quando as batatas estiverem pré-cozidas, colocar os dois peixes e as batatas sobre a cama de cebolas e levar ao forno. Deitar um pouco de colorau sobre as batatas. Forno: 180o durante ~20min (depende do tamanho do peixe!). Tempo: de preparação: 1min.

    Durante a assadura mexer e molhar as batatas.

    Gastas cerca de 1h (compras incluí­das) e tens um jantar feito. :)

  22. Macaco says:

    Sérgio! Muito obrigado por tamanho contributo. Só um detalhe: ODEIO peixe. Acho que nem que estivesse a morrer de fome comeria um robalo assado. :-)

  23. Macaco says:

    Morgy: pois… eu não tenho arca portanto não tenho onde congelar assim tanta coisa, mas mesmo tendo eu simplesmente não tenho capacidade de planeamento para fazer sequer o que tu fazes.

  24. Sérgio says:

    O peixe tem muito que se lhe diga :)
    Ainda mais rápido com carne (frango).

    1) Manter o primeiro passo mas comprar um frango inteiro em vez dos robalos. Aproveitar para comprar limão e arroz basmati se em falta.

    2) Em casa colocar um caldo knorr desfeito dentro do frango. Colocar 3/4 alhos com casca dentro do frango. Finalmente fazer uns pequenos cortes no limão (basta espetar a faca) e também o meter dentro do frango.

    Optativo: juntar ervas (p.e. tomilho) ou bacon ao frango para dar sabor. Podem ser introduzidas dentro do frango juntamente com os outros ingredientes ou no peito entre a carne e a pele com algum cuidado, empurrando com as mãos.

    Ver p.e.: http://www.rouxbe.com/recipes/59;preview

    3) Levar ao forno durante ~40min nos 180 graus. Verificar se está pronto espetando uma faca na ligação da coxa ao peito. Se sair lí­quido ainda avermelhado, deixar estar mais tempo.

    4) Ferver água com um pouco de sal, deitar o arroz basmati na água e após 10 minutos retirar. Juntar pinhões ou passas ao arroz caso de goste.

    Feito :)

  25. Macaco says:

    Mais uma vez, obrigado. Mas uma vez mais: eu sei cozinhar, antes fosse esse o meu problema: é que aprender a cozinhar é fácil.

    O meu problema é outro…

  26. Ana Paula Miraldo says:

    Pedro, olha, qd os meninos são pequenos, faz-se o que se pode. E acredito bem que, mm que a Dee gostasse de cozinhar com o Tiago em casa, é impossí­vel chegar ao final do dia e não estar cansada as hell. Eu sei. Trabalho em casa e mantive o pequeno comigo até aos 16 meses. FOI BRUTAL, to say the least. Tens razão qts ao horários, é importante comermos tds ao mm tempo. Opta por coisas rápidas, há pratos que podes fazer com pouco tempo e que demoram pouco, e olha, faz como eu, é para fazer comida, fine. Vamos tds para a cozinha, o puto com 3 anos tem a paranóia de descascar cenouras e assim está entretido. Deixei de programar mts as coisas, nem sempre resulta. Imagina que tiras peito de frango. Uma coisa rápida para vcs os dois não passarem mt tempo na cozinha. Cortas í s tirinhas fininhas, colocas num tacho com cebola, alho, polpa de tomate e as cenouras do puto, vigias os primeiros minutos, dp água dentro e deixas cozer. Vais ver o Tiago, estar com a Dee, passado 20 minutos deitas arroz lá dentro, voilá: ARROZ DE CARNE! Faço isso com frango, perú, carne de vaca, whatever. Para não ser sempre o mm, coloco bróculos qd tenho ou couve-flor. AH, outra coisa, o esquecereste de tirar a carne para descongelar. Pegas na receita em cima e qd há esquecimentos (and believe there a lot around here), fazes tudo igual mas colocas a carne congelada, deitas a água depois de tudo refogar e o fogão que se chateie a cozinhar! Vais ver que aos poucos vcs criam a rotina, mas eu sei que não é fácil ter vontade para cozinhar ao final do dia.

    Um abraço para os três.

  27. nanakiko says:

    Bom dia,

    Eu trabalho, tenho 2 filhos – de 7 e 10 anos, e quem pense que já não dão trabalho, enganam-se: trabalhos da escola, ajuda a estudar, futebol, trampolins, natação, escuteiros e catequese, ufa!!!
    No entanto apesar de uma das minha “ocupações” ser taxista dos meus filhos, pois vivemos numa localidade onde não existe nada e para isso eles tem que se deslocar cerca de 4 km, tenho sempre comida na mesa.
    Como procedo: p.ex: faço carne guisada para o jantar, onde consumimos 600 gr, eu guiso 1.8 Kg e guardo na arca já congelado 2 doses, para quando precisar, só necessito cozer massa. Arroz de Pato: cozo o pato inteiro, gasto 1/2 para a refeição, congelo a outra metade com o caldo e no dia que me apetece é só cozer o arroz e colocar a corar. Quando faço base de sopa, faço sempre para mais que 1 refeição, pois se dou sopa igual muitas vezes seguidas, sou alvo de reclamação, portanto congelo 2 ou 3 bases (batata, courgettes, cenoura e tudo o que tiverem no frigorifico) e no dia que quero coloco a verdura, tenho sempre 1 sopa nova.
    Desta forma evito estar 1 dia só a ver tachos, fogão e colheres de pau. A vida é bela, só precisamos saber viver!!

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