Acham que a máquina pára? Já não pára… o movimento já tem demasiada inércia. Continuem a tentar meter medo í s criancinhas que assim de certeza que vão recuperar as vendas e acabar com o filesharing… É uma estratégia brilhante.
Melhor ainda: meter medo aos pais, dando-lhes a impressão que talvez o seu filho seja criminoso sem eles saberem.
As pessoas que dirigem as indústrias de conteúdos no mundo, neste momento, são dos seres humanos mais desprezáveis e baixos da nossa sociedade. Só essa qualidade de pessoa tenta salvar o seu negócio, metendo medo a crianças.
Continuem assim. Nós cá estaremos para vos fazer o funeral.
Hoje tinha que ir ao GIA entregar a papelada para solicitar o subsídio da licença parental e decidimos ir todos. A numerosíssima família de três, a caminho da Capital.
Nas últimas duas semanas tenho estado de licença parental, que é a tal licença de 15 dias de calendário (não confundir com dias úteis), a que o pai tem direito imediatamente após o último dia de licença da mãe. Quem suporta esta licença é o próprio, por via dos descontos feitos para a Segurança Social.
E para receber é preciso então preencher um formulário que tem que ser entregue na entidade patronal para ser assinado, confirmando que o funcionário não compareceu ao serviço naqueles dias. Depois, esse formulário, juntamente com umas fotocópias de documentos, tem que ser entregue na Segurança Social, para que, daqui a umas semanas, eu receba o subsídio para compensar as duas semanas em que a empresa não tem que me pagar.
Não é muito complicado, mas é chato e burocrático e todas essas coisas que tiram grandemente a vontade de fazer seja o que for.
Depois do papel entregue no GIA, que é o gabinete da PT que trata destes assuntos dos funcionários, fui até ao quinto piso do Picoas, onde mora o SAPO, introduzir os dias na minha conta no portal do colaborador.
Aproveitei para levar o Tiago comigo, para o apresentar aos colegas.
O gajo portou-se lindamente, sempre calmo e simpático para toda a gente. E esteve, claro, rodeado de mulheres :-)
Tratada a burocracia e feita a visita, fomos lanchar qualquer coisa ao Atrium, mas o Tiago já estava cansado e começou a chorar. Foi então altura de voltar para casa, provavelmente num dos piores dias do ano para rumar a Sul, via ponte 25 de Abril. íšltimo dia “útil” de Julho, fim da tarde, sexta-feira… centenas de pessoas a sair de férias.
Mas nem correu muito mal e acabámos por só estar parados uns 15 minutos.
De regresso a casa, os avós Artur e Mila vieram visitar o Tiago que ainda esteve entretidíssimo com eles uma boa meia hora antes de resmungar com sono.
O Tiago está cada vez mais fixe e confesso que já me começa a passar pela cabeça se não lhe ficaria mesmo bem um irmãozinho…
Toda a gente, mais tarde ou mais cedo, pergunta se já levámos o Tiago í praia e ficam muito amofinados quando dizemos que não. Quase como se andássemos a bater na criança.
Tal é a religião nacional em torno de um bocado de areia í beira do mar.
Ainda não levámos o Tiago í praia, é verdade, mas lá chegaremos. Não temos pressa e preferimos ir medindo a adaptação dele a tempos cada vez mais longos fora de casa, antes de o levarmos até í praia, que logisticamente é um pouco mais complicado.
Eu sei que as pessoas gostam muito de ir í praia e acabam por ir mais por prazer próprio do que por qualquer razão que efectivamente envolva a criança. Aliás, como eu costumo dizer, as pessoas em Portugal não “vão” í praia… “fazem” praia. O que eleva a coisa a um estatuto verdadeiramente Hercúleo.
Tendo dito isto, temos levado o Tiago a passear até ao Parque da Paz, que é um sítio calmo, com montes de árvores e, por isso, bom ar, espaços com Sol, espaços com sombra e até um laguinho e alguns animais – patos, gansos, cisnes.
E ele tem estado cada vez mais atento e interessado. Hoje já ficámos uma hora, sem choro e até tivemos que lhe mudar uma fralda verdadeiramente monstruosa.
E o gajo só pensa em andar. Sentado na perna da mãe, com os pés no chão, estava constantemente a por-se de pé e depois a avançar com o corpo para ir “ali”.
Aliás, é o onde o Tiago quer ir. Ali.
Não interessa bem onde, desde que envolva algum tipo de deslocação, de preferência da sua própria autoria. Infelizmente, ainda vai demorar um bocadinho a aprender a andar, efectivamente, porque parece-me que por ele era já amanhã.
Enquanto estivemos ali deitados na relva, numa boa, estavam três malucos do kungfu a treinar debaixo de uma árvore e passado um bocado fui lá cumprimentá-los e apresentar-lhes o Tiago.
Eram o André, o Raul e o Ricardo, a aproveitar um belo fim de tarde de Julho para praticar. Fiquei com muitas saudades daqueles malucos todos e dos meus treinos de artes marciais.
Enfim, tudo isto para dizer que nem toda a gente é igual. Uns gostam da praia, outros do parqu. Há quem prefira o campo, tenho a certeza. E há os que gostam de treinar kung fu, em vez de ficar em casa a ver televisão, ou ir para o café beber imperiais. Não que haja algo de errado com beber imperiais no café. Cada um na sua.
E quando está calor… sabe mesmo bem uma cervejola.
Por causa disto. Via Celso. Acham que a máquina pára? Já não pára… o movimento já tem demasiada inércia. Continuem a tentar meter medo í s criancinhas que assim de certeza que vão recuperar as vendas e acabar com o filesharing… É uma estratégia brilhante. Melhor ainda: meter medo aos pais, dando-lhes a impressão que talvez […]
Hoje tinha que ir ao GIA entregar a papelada para solicitar o subsídio da licença parental e decidimos ir todos. A numerosíssima família de três, a caminho da Capital. Nas últimas duas semanas tenho estado de licença parental, que é a tal licença de 15 dias de calendário (não confundir com dias úteis), a que […]
Toda a gente, mais tarde ou mais cedo, pergunta se já levámos o Tiago í praia e ficam muito amofinados quando dizemos que não. Quase como se andássemos a bater na criança. Tal é a religião nacional em torno de um bocado de areia í beira do mar. Ainda não levámos o Tiago í praia, […]