Foram 90 minutos de pobreza franciscana. A “nossa” selecção a actuar com dois estrageiros (ou mais? já não ligo muito), e com Simão Sabrosa, por exemplo, no banco. Uma tristeza de exibição contra uma equipa que mal sabia para que lado devia atacar.
Mas no fim, o estádio estava todo em júbilo por termos conseguido a qualificação. Só um país medíocre aplaude, de pé, a mediocridade dos que o representam (neste caso, no desporto).
Depois de falar com o Celso sobre o Codebits pela primeira vez, surgiu-me uma ideia para uma apresentação sobre uma coisa que achava que podia ser importante no evento: design.
Ainda desenvolvi um bocadinho a ideia e depois, por isto e por aquilo, falta de tempo ou outra desculpa igualmente lame, deixei cair a ideia.
E agora, que o evento terminou, estou ainda mais convencido que teria sido uma boa ideia. O nome do encontro era Codebits e não Designbits, mas a verdade é que um coder e um designer formam uma equipa e a colaboração entre os dois é cada vez mais importante.
Durante muitos anos, o designer colaborou – porque o design é mesmo uma disciplina colaborativa e permeável – com engenheiros, tipógrafos, ferreiros, arquitectos, tecelões e o que mais quisermos, numa lista quase infindável de profissionais que executam, apoiam e complementam o design.
Os programadores são, talvez, o contraponto mais recente dos designers, criando-se entre as duas profissões uma colaboração indispensável para a concretização de um projecto com a qualidade que atrai as audiências e os utilizadores.
Muitas vezes, os profissionais ainda trabalham separados: o programador define o programa e manda para o designer fazer “o boneco”, que devolve para ser feito o código, para lhe voltar para as mãos para “pintar as unhas”. Este processo é um claro sub-aproveitar de competências.
Felizmente, em tempos mais recentes, a importância do design tem crescido e uma forma de trabalhar mais integrada tem começado a surgir: da fase de planeamento í concretização, tanto programadores como designers podem e devem colaborarde forma estreita.
Os programadores não se limitam a “bater código”, têm que pensar criativamente, resolver problemas, procurar soluções e o mesmo é verdade para os designers: não se limitam a fazer “bonecos”, como eu passo a vida a ouvir (“passas o dia a fazer desenhos…”), são pessoas com uma inclinação e um gosto especial por resolver problemas, procurar soluções… estão a ver o que quero dizer.
Os designers gostam de simplificar. Gostam de gastar o mínimo para fazer o máximo. Gostam de pegar numa coisa que até já está feita e pensar: de que outras maneiras posso eu fazer isto?
Perguntem ao Gus quantas vezes já me ouviu dizer que vou pegar em qualquer coisa que já fiz e começar de novo.
Acho que o Codebits pode também ser um espaço em que o design tem algo a dizer e talvez para o ano e esteja lá e tenha algo a propor sobre o assunto.
Em Agosto passado pusemos o smart í venda por exactamente o mesmo preço que o tínhamos comprado: € 7.500. O objectivo era vender o carro antes do fim do ano, obviamente pelo máximo possível, nunca esperando conseguir obter os sete e meio. E foi por isso que o carro sempre esteve “negociável”.
Coloquei um anúncio no SAPO Auto e fui esperando. No final de cada mês, descia o valor, até que, no início de Novembro acertei na mouche: € 6.500, foi o valor que fez o telefone começar a tocar. Não que não tivéssemos já tido outras ofertas, mas umas não foram para a frente e outras eram simplesmente baixas demais. Tínhamos já decidido que abaixo de 6 mil euros, mais valia ficar com o carro, que, com menos de 40 mil km em cima valia, com toda a justiça, pelo menos seis mil.
Chegaram a oferecer-nos 4 mil euros pelo carro, o que ainda me deu para algumas sessões de riso. Mas 6 mil era o número mágico e começaram a chover telefonemas de pessoas a querer negociar os 6,5 para 6. Vários deles eram comerciantes de automóveis, o que me diz que o valor era de facto, simpático.
Um destes senhores queria o carro praticamente no próprio dia, mas depois não lhe dava jeito e ficou para segunda-feira e eu fui para casa para estar a horas de lhe mostrar o carro e ele, claro, não apareceu.
Saltou imediatamente para a shit list, o que não fez diferença, porque não voltou a ligar de qualquer maneira.
Mas outra das pessoas que tinha ligado, voltou a ligar e – esse sim – apareceu para ver o Smart na terça-feira í noite. Vim do Codebits mais cedo para lhe mostrar o carro e ele – um tipo novo com um ar honesto – quis ficar imediatamente com ele.
Ficou combinado que lhe guardava o carro, aguardando que ele tivesse o pilim disponível, o que levaria uma semana. Afinal, levou um dia e, na quarta-feira, ligou-me a dizer que já me tinha feito a transferência.
Groovy.
Como eu estava no Codebits e não queria voltar a sair mais cedo – até porque queria ver os F.e.v.e.r. – a Dee ofereceu-se para tratar do negócio, de Tiago ao peito e tudo.
E pronto, foi assim que o nosso Smart mudou de dono. Fico com alguma pena, porque era um grande carrinho, mas dá-nos mais jeito o dinheirinho e não valia a pena ter aquilo especado na garagem sem andar.
Dois dias depois, o dinheiro estava na nossa conta, portanto o rapaz não só tinha cara de ser honesto, como o era efectivamente.
Foram 90 minutos de pobreza franciscana. A “nossa” selecção a actuar com dois estrageiros (ou mais? já não ligo muito), e com Simão Sabrosa, por exemplo, no banco. Uma tristeza de exibição contra uma equipa que mal sabia para que lado devia atacar. Mas no fim, o estádio estava todo em júbilo por termos conseguido […]
Depois de falar com o Celso sobre o Codebits pela primeira vez, surgiu-me uma ideia para uma apresentação sobre uma coisa que achava que podia ser importante no evento: design. Ainda desenvolvi um bocadinho a ideia e depois, por isto e por aquilo, falta de tempo ou outra desculpa igualmente lame, deixei cair a ideia. […]
Se vejo mais um screenshot da Apple Store portuguesa com “olá” mal ou bem escrito, não interessa, acho que impludo. Não acham que já chega? [tags]apple, store, portugal, boredom[/tags]
Em Agosto passado pusemos o smart í venda por exactamente o mesmo preço que o tínhamos comprado: € 7.500. O objectivo era vender o carro antes do fim do ano, obviamente pelo máximo possível, nunca esperando conseguir obter os sete e meio. E foi por isso que o carro sempre esteve “negociável”. Coloquei um anúncio […]