Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Em Agosto passado pusemos o smart í venda por exactamente o mesmo preço que o tínhamos comprado: € 7.500. O objectivo era vender o carro antes do fim do ano, obviamente pelo máximo possível, nunca esperando conseguir obter os sete e meio. E foi por isso que o carro sempre esteve “negociável”.
Coloquei um anúncio no SAPO Auto e fui esperando. No final de cada mês, descia o valor, até que, no início de Novembro acertei na mouche: € 6.500, foi o valor que fez o telefone começar a tocar. Não que não tivéssemos já tido outras ofertas, mas umas não foram para a frente e outras eram simplesmente baixas demais. Tínhamos já decidido que abaixo de 6 mil euros, mais valia ficar com o carro, que, com menos de 40 mil km em cima valia, com toda a justiça, pelo menos seis mil.
Chegaram a oferecer-nos 4 mil euros pelo carro, o que ainda me deu para algumas sessões de riso. Mas 6 mil era o número mágico e começaram a chover telefonemas de pessoas a querer negociar os 6,5 para 6. Vários deles eram comerciantes de automóveis, o que me diz que o valor era de facto, simpático.
Um destes senhores queria o carro praticamente no próprio dia, mas depois não lhe dava jeito e ficou para segunda-feira e eu fui para casa para estar a horas de lhe mostrar o carro e ele, claro, não apareceu.
Saltou imediatamente para a shit list, o que não fez diferença, porque não voltou a ligar de qualquer maneira.
Mas outra das pessoas que tinha ligado, voltou a ligar e – esse sim – apareceu para ver o Smart na terça-feira í noite. Vim do Codebits mais cedo para lhe mostrar o carro e ele – um tipo novo com um ar honesto – quis ficar imediatamente com ele.
Ficou combinado que lhe guardava o carro, aguardando que ele tivesse o pilim disponível, o que levaria uma semana. Afinal, levou um dia e, na quarta-feira, ligou-me a dizer que já me tinha feito a transferência.
Groovy.
Como eu estava no Codebits e não queria voltar a sair mais cedo – até porque queria ver os F.e.v.e.r. – a Dee ofereceu-se para tratar do negócio, de Tiago ao peito e tudo.
E pronto, foi assim que o nosso Smart mudou de dono. Fico com alguma pena, porque era um grande carrinho, mas dá-nos mais jeito o dinheirinho e não valia a pena ter aquilo especado na garagem sem andar.
Dois dias depois, o dinheiro estava na nossa conta, portanto o rapaz não só tinha cara de ser honesto, como o era efectivamente.
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Infelizmente na actualidade temos de andar sempre de pé atrás. Ainda não me tornei um anti-social convicto muito por causa das excepções. Há gente honesta… ainda!
De qualquer modo foi um bom negócio, a pena aparece sempre, quando temos estima pelo que é nosso… ou era!
Concordo. Confiar é cada vez mais difícil e eu tive que confiar: foi-me entregue um comprovativo de transferência, é certo, mas com um simples editor de texto e alguns conhecimentos de documentos bancários eu consigo fazer um comprovativo de transferência completamente falso.
No entanto, a confiança foi bem depositada e o negócio correu bem. Acho que o valor foi justo tanto para quem comprou, que levou um excelente carro de cidade quase novo e para quem vendeu que encaixou um valor simpático para um carro que foi comprado há dois anos por 7,5.
Pena de o ver ir, sim, tenho alguma. Mas é só um carro, apesar de tudo :)
Agora que deixaste de ter um carro de mariconço tenho de arranjar outra coisa qq para implicar contigo!