Para a cadeia, sem passar na partida, nem receber dois contos

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Epá, ele há coisa mais totó que uma cadeia de posts?

A cadeia de posts em blogs foi inventada quando ocorreu nos weblogs algo idêntico ao Setembro Que Nunca Acabou, na usenet: uma enxurrada de utilizadores chegou í  net, de armas e bagagens e começou a criar blogs, porque… bom, porque toda a gente tinha um!

O problema é que… nem toda a gente tem algo para dizer! E mesmo dos que acham que têm coisas para dizer, muitos não têm… só que ainda não se aperceberam disso.

As pessoas precisavam todas urgentemente de ter um blog, porque os media de repente (150 anos mais tarde, como sempre), descobriram a coisa e começaram a publicar notí­cias sobre o assunto e citações de posts em jornais e o raio que os parta a todos. E o Zézito lá foi ao Blogger (essa trampa), abrir uma conta e escrever umas banalidades.

Quando as banalidades se esgotaram, chegaram as cadeias!

Que maneira fantástica de dar tema a quem não consegue ter nada para dizer por simplesmente existir! Escreve os teus cinco segredos de infância e passa a cadeia a cinco outros bloggers! Descreve as 18 posições sexuais que preferes e onde as praticaste pela primeira vez e distribui o desafio por 10 pacóvios! Enuncia os conteúdos da tua mala com paixão, como se alguém, no mundo inteiro, além de ti, quisesse saber e depois tortura 10 pessoas com um pedido idêntico!

Fascinante. Não tens ideias para escrever? Adere í s cadeias!

Este post foi, obviamente, encomendado.

Portanto aqui vai a minha resposta a essa magní­fica cadeia do livro e mais não sei o quê: Estou num escritório com 8 metros quadrados onde co-existem cinco PCs, dois dos quais big-towers. Existe também uma bateria e duas guitarras, os meus CDs e jogos para PC. Os livros que aqui existem são manuais de hardware. Tudo o resto está na sala e no quarto, exceptuando um livro que tenho aqui, desterrado do seu lugar habitual

Chama-se “Steve Vai: Passion and Warfare” e são transcrições para guitarra do dito álbum do dito artista. Na página 161, a quinta frase é um acorde de Ré de Quinta. Para melhor referência, estamos em 4/4 a 133 bpm e o acorde é de mí­nimas.

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6 comentários a “Para a cadeia, sem passar na partida, nem receber dois contos”

  1. Joe says:

    No inverno essa sala deve ser bem confortável com tanto cpu a trabalhar, para que é que precisas de 5 pcs?

  2. Eu sabia :)

    O melhor post sobre cadeias, so far :)

  3. Marco says:

    «Descreve as 18 posições sexuais que preferes e onde as praticaste pela primeira vez e distribui o desafio por 10 pacóvios!»

    Desculpa lá mas isso até dava um belo post.:P

  4. João says:

    “…mas pelo sim, pelo não, deixa-me lá dizer o que é que ando a ler, não vão pensar que sou uma abestunta.”

    Tí­pico. Nestas coisas é melhor jogar pelo seguro, não é? Pois, pois.

  5. a. almeida says:

    Os desafios em cadeia na blogosfera são sempre o resultado de alguém que atira a pedra e esconde a mão. Mas, verdade se diga, têm pelo menos o condão de puxar pela imaginação de quem os aceita. Mesmo os seus crí­ticos não resistem a escrever um postezito condizente.
    Quanto ao desafio de publicar um x parágrafo da y página de um qualquer livro é de facto um disparate que, bem a propósito, produz resultados interessantes como o relatado pelo Macaco. Depois, as respostas podem ser sempre manobradas consoante a seriedade que se queira emprestar ao tema.
    Banalidades.

  6. Iznogoud says:

    Quem nunca respondeu a uma cena dessas que atire a primeira pedra.

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