Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Não é incomum ouvir imigrantes brasileiros dizer que gostam muito de Portugal e patatí patatá, mas que os portugueses são um povo triste, que não se sabe divertir, muito sério e boina de marujo ao vento.
Que lá no Brasiú não é nada assim: toda a gente é feliz, toda a gente dança na rua, toda a gente canta.
Pois bem, convido o próximo brasileiro que disser isso a vir passar uns dias cá em casa a viver de perto a felicidade dos seus compatriotas que habitam no andar por cima do meu. Gritos, choros, corridas pela casa, ameaças e portas a bater… e não é de vez enquando; é todos os dias.
Se isto é ser feliz, sinceramente… antes passassem a ser tristes e parassem de fazer o chavascal que fazem. Talvez assim eu conseguisse voltar a descansar.
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Pedro, acredite-me, nem todos somos assim (brasileiros). O pais é muito grande e tem muita gente… nem todos são santos, há os que envergonham mesmo os compatriotas.
A seriedade também existe por aqui. Lamento que tenhas o azar de conhecer os piores da espécie.
Nem tão pouco eu generalizei ou pretendia generalizar. Falo apenas de dois conjuntos de pessoas: os brasileiros que vivem no nono andar e os que (e isto não sou o único que já ouviu), dizem por aí que Portugal é lindo, mas os Portugueses são tristes.
Sei que há características que tipificam os povos embora não se apliquem a todos os seus membros.
O que acho que se passou com a gente que vive por cima de mim, é que eram infelizes no Brasil e vieram procurar a felicidade em Portugal, sem se aperceberem que a infelicidade não tinha nada a ver com o país (ou situação económica), mas com o facto de eles se darem todos muito mal uns com os outros.
E são, pelo menos, seis.
Isto de os portugueses serem “tristes” é opinião meio comum por aqui, muito embora eu tenha conhecido pouquissimos portugueses pessoalmente, até hoje, e sempre em eventos (o que significa que “conhecer” se resumiu a 15 minutos de conversa). Então, não posso dizer se é verdade ou não, embora eu acredite que isto de “povo alegre” ou “povo triste” não exista. Existem “pessoas alegres” e “pessoas tristes”, isto sim.
E, como dizem por aqui, “nada mais triste do que a alegria sem motivo”.
Pedro, olha que não sei o que é pior :> é que os nossos visinhos de baixo, em Portugal, são brasileiros e a alegria chega ao exagero de começar aos sábados í s 5 e 6 da manhã com a música alta para despertar acompanhada com os devidos gritos de alegria e cantoria a acompanhar … mas também não são só os vizinhos brasileiros a não respeitar o direito ao descanso :/
opinião pessoal não querendo generalizar: acho que somos mais melancólicos que tristes, mas isso é uma opinião pessoal, e que dizer de um povo que tem como canção nacional o fado (não exactamente a coisa mais alegre í face da terra) e cultiva o passado como ninguém (o que explica a falta de séria preocupação com o presente e o futuro)
mas quanto a estados de espírito acho que o clima desempenha algum papel nisso, está mais do que comprovado que o outono e inverno têm algum impacto nas pessoas, eu funciono ao contrário fico super feliz no outono e inverno e o verão deixa-me varada. lol
tendo dito isto, alguns dos maiores tesouros da música nacional brasileira não são de todo felizes, muito pelo contrário…será que dão voz ao que nunca é assumido e apenas sentido??
quanto aos teus vizinhos…não há maneira de os convidarem a sair, essa barulheira tem de parar…eu gostava de tirar o aspirador í minha vizinha de cima, aquilo é ligado TODOS os dias í s horas mais parvas…le sigh
Idem no que toca ao clima. O ar fresco do fim de tarde é das coisas que mais me anima, enquanto uma cambada de rezingões í minha volta se queixam que já não podem ir í praia.
yeah, vão para a praia para estar na areia, se não é para nadar what’s the point???? não percebo a histeria da areia, hello, bronzeiam-se mais na água se é por causa do bronze…
praia só se for sem pessoas…
Hehe, é por isso que eu vou mais í praia no Inverno do que no Verão.