Acupunctura finale

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Nunca mais disse nada sobre a acupunctura, mas já lá vão umas duas semanas que desisti. Não desisti sem mais nem menos: fui paciente e esperei dez sessões.

Foi um investimento de 360 euros, 300 em sessões e mais 60 na primeira consulta. Sem falar nas cápsulas de fitoterapia e nas agulhas que, no conjunto, me devem ter custado mais uns 120 euros.

Foram, na prática quase 500 euros em acupunctura. E para quê?

Para nada.

A acupunctura não me ofereceu qualquer resultado: nenhuma melhora efectiva ou sequer aparente. Nenhum alí­vio permanente ou tão pouco temporário.

No entanto, no decorrer do tratamento, comecei a ter crises de asma diárias e de rinite frequentes, coisa que associei ao iní­cio da Primavera. Andava a anti-histamí­nico diário.

Curiosamente, com o fim da acupunctura, nunca mais tive falta de ar, nem grandes crises de espirros.

Neste momento, estou quase completamente convencido que o meu pescoço nunca vai melhorar significativamente. Porém, estou quase certo que as minhas dores estão directamente relacionadas com o meu colchão, pelo que a minha próxima tentativa de melhorar o meu sofrimento constante terá necessariamente que passar pela aquisição de um novo colchão, tarefa que não me parece simples, uma vez que é um grande investimento e que preferia não errar na escolha.

Em conclusão: não aconselho acupunctura a ninguém. Não passa de uma perda de tempo e gasto de dinheiro. Talvez na China a história seja diferente, não sei… mas dez sessões sem qualquer melhoria? Prefiro tomar comprimidos.

[tags]acupunctura,medicina,tradicional,chinesa,eficácia,duvidosa,dor,colchão[/tags]

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13 comentários a “Acupunctura finale”

  1. tatas says:

    talvez esteja então na altura de dar uma chance ao dr areias? ;)

  2. José says:

    Olá,
    O problema da acumputura para o pescoço, é que se estiver algo fora do sí­tio no pescoço, é como tomar aspirina: só vai disfarçar os sintomas.
    Sugestões (por experiência própria!):

    1) Mudar de colchão é uma boa ideia. Se tiver mais de 5 anos e for mole, fora com ele. Substituir por um ortopédico (mesmo de casal não deve ultrapassar os 300 Euros). Não comprar aqueles colchões carí­ssimos da farmácia. São demasiado quentes para Portugal e não resolvem grande coisa (são moles).

    2) Eu passo todo o dia sentado na secretária, por isso sei o que são dores de coluna e pescoço. 1 ou 2 vezes por ano vou a Coimbra (moro nos arredores de Lisboa) para me porem os ossos e os músculos no sí­tio. Endereço: Centro de Enf. e Reabilitação Sta. Apolónia, Lda.
    Bairro Sta. Apolónia
    Rua Ferreira de Castro, Lote 44 (estação de Eiras – Adémia)
    3020-098 Coimbra
    Telm. 916612038, 916612039, 917149716
    Seg.-Sext. 09:00h-19:00h, Sábado: 09:00-12:00h
    Marcar consulta SÓ com o Sr. Carnin. Ele tem ajudantes, mas só ele é que sabe colcoar os ossos e músculos no sí­tio. Logo na primeira sessão ele deve conseguir resolver isso.

    Às vezes a minha mulher também ajuda-me a colocar os meus ossos no sí­tio, cá em casa, subindo para cima das minhas costas. Mas isso é mais complicado. Eu teria que enviar um desenho para mostrar como se faz.

  3. Macaco says:

    É verdade, José, mas era suposto a osteopata já me ter realinhado as vértebras que estavam fora de sí­tio e de qualquer maneira, a aspirina pelo menos tirar-me-ia as dores, a acupunctura não fez isso.

    Vou mesmo apostar num novo colchão, preciso só de investigar o que há disponí­vel.

  4. José says:

    Da minha experiência pessoal, existem osteopatas e osteopatas.

    Alguns consertam de um lado mas avariam do outro (como já me aconteceu), outros fazem doer tanto que nunca mais arriscamos, outros são bons mas fazem render o peixe, tanto em sessões como em medicamentos naturais extra-tratamento (a minha mulher chegou a gastar cerca de 5.000 Euros em Mem Martins… Ficou bem, mas depenada.). Em Coimbra, gastaria (pelas nossas contas) no máximo 500 com as sessões todas necessárias e medicamentos naturais.

    Agora raramente recorro a Coimbra, porque este de Coimbra receitou-me algo – logo na primeira sessão onde me resolveu o problema – que mais ninguém se lembrou (ou não quiseram para fazer render o peixe?): uma cinta elástica (reforçada por dentro) que me rodeia o tronco e me mantém direito na secretária e umas tiras elásticas que cruzam nas costas e me mantêm os ombros para trás, portanto direitos.

    Antigamente eu tinha que recorrer quase quinzenalmente a um osteopata ou algo do género nos arredores de Lisboa ou no centro de Lisboa.

    Trabalho todo o dia no PC porque sou tradutor.

  5. Rui Cruz says:

    Sinais de velhice…

    Olha, já experimentaste deitar-te numa balheira por duas horas?
    A mim resolve…

    José, essas consultas devem ser baratinhas…

    Rui

  6. Macaco says:

    Rui: numa banheira, sim, numa balheira nunca :-)

    Já experimentei a banheira cheia de sal e tudo.

    Eu tb trabalho o dia todo no PC, sou designer.

  7. artur says:

    ora bem, eu, como médico, verifico que cada vez é mais frequente ter doentes com queixas relacionadas com o computador. Há 22 anos, não tinha ninguém com menos de 45 anos a queixar-se de cervicalgias, omalgias, dores nos cotovelos e punhos. Agora, é quase diário.
    Portanto: nada de colchões ortopédicos, banheiras (ou balheiras), osteopatas, acupunctura ou massagem tailandesa. O que resolveria tudo isso seria desistir dos computadores e voltar ao lápis e ao papel.
    Simples, não?
    Parece que não… até eu, já passo o dia a passar atestados, receitas, credenciais para análises e tudo o mais, através do computador e cada vez me doem mais as costas, o pescoço, os ombros.
    Que faço, então?
    Choro! Choro mesmo muito! E digo que estou velho!
    Mas juro que vou experimentar essa da balheira…

  8. artur says:

    O Areias é que nunca!
    Além de ser um camelo, deve viver na margem sul (a tal do deserto)…

  9. dh says:

    e um chiroprator? é algo cruzado entre massagens e endireita e mais um mistura… andava a gastar rios de dinheiro num médico, e quando finalmente fui ao chiropractor (céptica) é que as dores aliviaram ;)

  10. José says:

    Rui,

    Quando se tem as dores que temos, não olhamos para os preços…

    Macaco,

    Mais umas dicas: comprar uma boa cadeira de braços. Boa cadeira não é cadeira de chefe (essas são horrí­veis para trabalhar!), mas sim cadeira de trabalho. Esquecer Staples Office Centre. Uma cadeira deles dura-me 2 a 3 anos no máximo. O IKEA tem umas óptimas cadeiras. Pesadas, rijas, ergonómicas e … caras. A minha mulher tem uma, e a cadeira não cede. A minha próxima cadeira vai ser do IKEA.

    Quando escrevo no teclado, subo a cadeira, quando escrevo no papel, desço a cadeira. Eu procuro comprar a cadeira que permite ter a altura mais baixa de todas (nem todas têm a mesma altura quando estão lá em baixo). O que me permite/obriga a estar sempre direito.

    O monitor está ligeiramente abaixo do ní­vel dos olhos para eu olhar a mais ou menos 30º para baixo (depende do pescoço de cada um…). O meu tapete do rato tem apoio para o pulso. Tenho uma borracha de apoio em frente ao teclado.

  11. Roger says:

    Com tantos entendidos na matéria de dores e, com tantas sugestões no tratamento das mesmas, porque não conseguiram ainda livrar-se das mal ditas?!?!?!
    De facto fico sem palavras quando vejo que um caso de tratamento de acupunctura que correu mal, ou nem correu, resultar num sem fim de opiniões…
    Não vejo uma situação semelhante da medicina convencional ter tamanha relavância, nem vejo as pessoas incomodadas com as drogas que tomam durante longos periodos e, que tem uma acção meramente sintomática por algumas horas.
    De facto poderei ser suspeito para fala… Talvez por estar ligado í  medicina “não convencional”, mas agradecia que se informassem antes de opinar sobre o assunto.
    Obrigado.

  12. Macaco says:

    Roger: não está aqui ninguém entendido na matéria… apenas pessoas a dar as suas opiniões, baseadas nas suas experiências.

    Se procurares, até neste blog encontras pessoas a discutir problemas de eficácia com drogas. Não é só com medicinas ditas alternativas.

    A verdade é que este post, especificamente, é sobre a minha experiência com acupunctura.

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