Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Odeio modas. Ainda mais se forem modas intelectuais, como é o caso dos Arcade Fire. Tratados como génios musicais por toda a imprensa da especialidade e adorados por jovens adultos portugueses como se fosse obrigatório, os Arcade Fire passam a toda a hora na radar e são falados constantemente em blogs e cafés.
Dei-me ao trabalho e fui ouvir.
Ca granda merda.
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Há pessoas que afirmam terem tido orgasmos ao ouvir Arcada Fire, críticos que mudaram toda a sua vida por causa de uma canção dos AF, homens que deixaram as namoradas, mulheres que abandonaram os filhos, cães que fugiram de casa, gatos que atacaram os donos, guerrilheiros que renegaram a sua luta – tudo por causa de uma série de canções pop vulgares, com roupagens de igreja. Transformar o banal em algo de transcendente. Fazer com que o simples acto de ouvir música se torne em qualquer coisa de místico. Os Arcade Fire, se calhar, não têm culpa. Limitam-se a tocar e cantar. E, sejamos justos, não assim uma merda tão grande. Digamos que é audível.
nunca ouvi, tenho alguma aversão a histerias, quando certas pessoas que eu conheço andam a dizer que é o máximo, é sinal que não me vai interessar minimamente, aquilo que amomesmo ou que descubro de uma maneira ou outra vem ter comigo, comonão ouço rádio (não há paciência para estar a ouvir música que não gosto), mas já tive essa reacção de como se fosse obrigatório, poupem-me no dia em que conhecerem o que ouço teremos alguma conversa sobre música, enquanto ouvirem seja o que for que está no top, não merecem o meu tempo para tal…
concordo com o artur, a banda em si não tem culpa, mas viva quem neurónios para tomar decisões sozinhos e não olha que a crítica e os outros gostam, pelo que todos têm de gostar, então não, era o que mais faltava…
Pois, a minha afirmação era, obviamente, hiperbólica e mais do que uma crítica í música era uma forma de mostrar que acho toda esta histeria uma granda parvoíce.
Por acaso li um artigo sobre eles que me pareceu um exagero. Não gosto de nada que me seja apresentado como a melhor coisa desde que o pão começou a vir cortado í s fatias.
Eu ouço Arcade Fire, mas é porque tive o prazer de ver o concerto deles em 2005 em Paredes de Coura e foi bastante bom. Eles realmente não têm culpa do exagero feito em volta da sua música. É audível, gosto bastante de algumas músicas, mas também não é a minha banda preferida e não vai passar a ser só porque no í½psilon (ou lá como se chama a revistinha) dizem que é a melhor banda de sempre.
Não é grande mérito ser o melhor num mundo mediocre. Todas as modas são parvas, nomeadamente as intelectualóides.
Talvez seja por isso que Sigur Rós nunca me entrou no sistema, precisamente porque ouvia dizer que eu “tinha que ouvir” porque era “a melhor coisa de sempre” e porque transportava quem os ouvia para um nível de trancendência e era tão espectacular e eu só podia ser iluminada se os ouvisse. E quando me dei ao trabalho de ouvir, só pensava “que treta, que exagero”. E sei que quem gosta de Sigur Rós se passa quando digo isto, mas sigur rós foi uma moda intectual entre jovens e jovens adultos portugueses. E agora são os Arcade Fire.
Há de tudo, vamos í bola com umas coisas e com outras não. Mas descansa que daqui a nada é outra banda qualquer. Felizmente, apesar de ouvir muita coisa, considerada boa e considerada má pela crítica, ouço aquilo que me faz mover, escolha individual e não porque é “suposto” eu ouvir.
oh well. música dá sempre umas discussões interessantes :)
Eu, por exemplo, gosto muito do “( )”, dos Sigur Rós, que um belo dia ouvi por acidente. Dos outros álbums já não gosto tanto.
É, como se diz… daquelas coisas.
Acredita que a histeria se torna ainda mais irritante quando tu conheces as coisas antes do histerismo acontecer. Gostava de saber onde andava essa gente toda quando saiu o 1º album dos Arcade Fire…