No mundo inteiro neste momento se ouve um zumbido imparável. É o som de milhões de discos rígidos a vibrar ao ritmo da curiosidade das pessoas. Esses milhões de discos, de outras tantas pessoas, carregadinhos de dados, conversam entre si, via sistemas operativos e software e trocam bits de um lado para o outro.
Mas o que troca, toda esta gente? O que partilham?
A pergunta talvez pudesse ser: o que não partilham? Seria mais fácil responder. Filmes, séries de TV, música, livros, software, tudo se partilha. As redes P2P, como o emule, fervilham e os ISPs aumentam a largura de banda que fornecem aos clientes – porquê? Será inocentemente que o fazem? Ou saberão que se o cliente não consegue um bom desempenho de filesharing, irá a outro lado?
Hoje em dia, ver websites não “custa” muita largura de banda. Ler mail, também não. Jogar já custa mais, mas o que realmente leva as ligações domésticas ao limite é a partilha de ficheiros.
Mas afinal isto não é tudo ilegal? É pois. Mas não devia ser.
As pessoas que partilham ficheiros na net são apelidadas de piratas, a partilha de ficheiros é chamada de pirataria (independentemente de que ficheiro se trate), e somos constantemente bombardeados com filmes fascizóides sobre crimes que não devemos cometer.
Mas eu decidi rejeitar este rótulo… piratas? Não são aqueles gajos de pernas de pau que andam em alto mar?
As redes de partilha são gigantescas e se alguém não está satisfeito com o que se está a passar é porque não percebe o mundo em que vive. Neste momento as editoras de conteúdos audiovisuais, de livros, de software só têm duas hipóteses: ou páram de produzir ou adaptam-se í forma como o mundo funciona hoje em dia.
O problema é que não existe inteligência suficiente nessa enorme massa de economistas, gestores e advogados, para dar a volta í questão. A maneira como as diversas indústrias do entretenimento lidam com a partilha dos seus produtos é através de perseguição criminal.
Esta é forma errada. Das duas uma: ou desistem, ou prendem vários milhões de pessoas. Não parece possível, pois não? É porque não é. O que é preciso é que algum desses senhores tenha uma ideia que funcione. Algo que encaixe na fome de conhecimento das pessoas, algo que sacie a sua curiosidade e desejo de acesso aos conteúdos e produtos e que beneficie quem os cria.
Ah, pois… é que esses senhores não criam nada, não é? Limitam-se a controlar o produto, de forma a que este gere o máximo de lucro possível. De que outra forma se explica que a season 3 de Lost, já em exibição nos EUA, esteja prevista para estrear em Portugal apenas em Abril de 2007?
É mais do que evidente que uma série de portugueses está já a assistir a essa série e vai ignorá-la quando finalmente passar na RTP. E este é apenas um exemplo.
E enquanto as indústrias do entretenimento e informação não arranjarem melhor solução do que chamarem-nos piratas, então eu proponho que as pessoas rejeitem esse título: eu não sou nenhum pirata, nem conheço nenhum pirata. Conheço pessoas que partilham coisas de que gostam e gostam mesmo muito. Talvez esse gosto pudesse ser transformado em algo mais positivo do que um registo criminal.
Cada vez há mais pessoal por aí a aderir a formas fantásticas de rentabilizar os seus blogs, inscrevendo-se em serviços e directórios. Fala-se em produção de conteúdo e em manter os leitores felizes. What the fuck?!
Está tudo doido?
Porque é que sempre que um gajo encontra um poiso, uma forma de fazer coisas, um veículo para a sua diversão, vem – mais tarde ou mais cedo – uma legião de idiotas, de metoos, que a única coisa que fazem é puxar tudo para o mesmo velho e cansado modelo de sempre?
Por favor parem de estragar o prazer í s pessoas, de levar as nossas coisas para a vossa maneira de pensar. As pessoas passam a vida a tentar encontrar outras maneiras de fazer as coisas, porque estão fartas de como as coisas se fazem agora.
Para quê publicar artigos de blogs em jornais? Não faz sentido nenhum… se fosse para publicar em jornais, não servia de nada haver blogs. Para quê publicar periodicamente num site pessoal? Qual é o sentido de agradar a um público com as nossas diarreias mentais? Não é esse o papel da palhaçada toda que se bamboleia pelas televisões, jornais e rádios?
Não vejo inconveniente nenhum nalgumas coisas ultrapassarem fronteiras: um conjunto especialmente interessante de histórias publicadas online serem passadas a livro; um bom livro ser passado a filme; uns gajos que escrevem textos com piada começarem a fazer comédia na tv.
Mas por favor apercebam-se disto: na net, como em qualquer faceta da vida existem 10% de gajos e gajas com valor, interesse ou algo importante para dizer e 90% de idiotas.
Como a maior probabilidade é a de cairmos no lado dos idiotas, deixemos de nos armar em especiais e importantes. Porque não podemos simplesmente divertir-nos um pouco? Para quê preocupar-nos com mais uma coisa, na nossa vida?
A verdade é que me dá gozo ter este site e mais nada.
Resolvemos chamar Gregory House ao gato preto. Depois de uma lista razoavelmente longa de opções, dado que lhe daria imenso jeito uma bengala para andar, pareceu-nos uma boa escolha.
Evidentemente que reservamos o direito de mudar de ideias.
Hoje fizemos então, a primeira sessão de fisioterapia felina de sempre. Já fizemos muita coisa… medicámos gatos, demos banho a gatos, alimentámos gatos a biberão, mas nunca tinhamos feito fisioterapia a um gato.
Colocámos o tapete da sala no hall de entrada, que é uma zona pequena que podemos controlar com facilidade e tirámos o House da sua jaula. Ele ficou nervosíssimo – como é habitual – porque prefere estar por trás da grade do que cá fora. Esperámos que se acalmasse um bocado e depois pusémo-lo numa ponta do tapete e com uma ajudinha minha, a levantar-lhe os quadros traseiros, lá andou até í outra ponta. Antes de o deixar ir dormir, ainda o pus a fazer mais um tapete.
Não lhe apetece muito, mas anda. Ocasionalmente as patas de trás dobram-se em todas as direcções, mas o que é preciso é endireitá-las e acreditar vagamente que aquilo acabará por ir ao sítio. Bom, desistir, não desistimos, portanto vamos ver como se porta o gato.
Já repararam no tempo fantástico que tem estado? Se calhar não repararam porque já notei que sempre que menciono que está um tempo fantástico, a maior parte das pessoas olha para mim como se eu fosse o filho esquecido de Adolf Hitler.
Mas está um tempo fantástico, de facto. Fresquinho, já apetece vestir casacos e dormir enroladinho. Já se pode beber galões bem quentes e ficar sentado í janela a ver chover. Mas de vez enquando faz Sol e o céu está azulinho e apetece mesmo dar um passeio e respirar o ar frio.
Já toda a gente sabe que hoje em dia há muito mais criatividade em séries de TV do que no cinema. Por paradoxo, enquanto a qualidade de novelas e reality shows atira o meio televisivo pela sanita abaixo, as séries de televisão actuais elevam a fasquia de qualidade ao ponto de cada episódio ser muitas vezes melhor que a maioria dos filmes editados nos últimos meses.
Como nalguns comentários se tem falado de séries, resolvi fazer uma listinha das que aconselho, só naquela da amizade.
Séries a não perder:
House, MD
Nip/Tuck
Dead like me
24
The Sopranos
Bones
Battlestar Galactica
Monk
Lost
Six feet under
Threshold (entretanto cancelada, infelizmente)
Séries que comecei a ver há pouco tempo e me parecem promissoras:
No mundo inteiro neste momento se ouve um zumbido imparável. É o som de milhões de discos rígidos a vibrar ao ritmo da curiosidade das pessoas. Esses milhões de discos, de outras tantas pessoas, carregadinhos de dados, conversam entre si, via sistemas operativos e software e trocam bits de um lado para o outro. Mas […]
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