My gongfu is weak…

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Para ser completamente honesto, há dois anos que não treino gongfu. Para ser literal, não treino desde Setembro de 2004, o que dá um perí­odo de inactividade de um ano e três meses.

Mas optemos pela versão honesta:  treinei tão poucas vezes em 2004 que nem conta.

Ontem resolvi vencer toda a inércia e voltar a treinar. Não fiz planos, não estabeleci regras para o futuro, do tipo “agora passo a ir”. Nada disso, apenas: hoje vou.

E fui.

O treino foi de preparação fí­sica e não correu nada mal, tirando uma cãimbra que tive ao trocar de perna entre duas séries de abdominais cruzados. No final da aula, fez-se um circuito, do qual já tinha ouvido falar, mas nunca praticado, já que foi implementado durante o tempo em que estive ausente da escola.

É um circuito de treino explosivo que consta de 10 segundos de repetições com o máximo possí­vel de intensidade, seguidos de 30 segundos de descanso. Cada exercí­cio leva 3 doses deste tratamento antes de se passar ao seguinte. Simples, duro, cansativo, mas satisfatório.

No fim aconteceu-me uma coisa que nunca me tinha acontecido nos seis anos em que pratico: vomitei.

Quando saí­, depois de conduzir de volta para casa com grande dificuldade, sobretudo devido í  exaustão das pernas pelos exercí­cios de pontapés com impacto, tive cãimbras insuportáveis.

A minha perna direita esticou completamente, com todos os músculos contraí­dos e não conseguia andar. Tive que respirar fundo e tentar diversas estratégias até conseguir, todo curvo qual corcunda de Ní´tre-Dame, andar do carro í  garagem para abrir a respectiva porta e de regresso para estacionar.

Tomei um relmus, comi que nem um porco e descansei. Hoje estou completamente feito num oito e a perna esquerda onde tive a primeira cãimbra de ontem, está dorida. Apesar de tudo isto, estou muito satisfeito com a minha pequena vitória sobre mim próprio, ontem.

Amanhã há treino outra vez.

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Súmulas e previsões

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Acabou o ano. Não é propriamente uma brilhante dedução, eu sei, mas de qualquer forma, nunca é demais estabelecer um contexto, para os mais distraí­dos.

Quando penso em 2005, sinto-me tentado a classifica-lo como o pior da minha vida. Não seria difí­cil compreender porquê, mas acontece que, como sempre, a vida – essa já declarada puta – é mais complicada que isso.

É que 2005 foi um ano demasiado complexo para ser etiquetado de “mau” ou “o pior”.  Nos primeiros dias de 2005 soube que ia ser pai e a sensação foi estupenda. E aí­ é que está a complexidade.

Durante nove meses senti-me cada vez mais feliz e excitado com a ideia. Senti uma antecipação como nunca antes na vida e preparei-me o mais que podia para uma mudança radical na minha vida.

Afinal, o que veio foi algo de radical, sim, mas a crueldade aliada ao inesperado atingiram-me como um bulldozer. Foi como estar completamente preparado para receber um soco na cara e afinal apanhar um no estí´mago.

Passar o Natal e o ano novo sem o Alex foi penoso e pensar no novo ano é inevitavelmente difí­cil. Nada disto me parece um grande mistério insondável: é mesmo assim. Outra coisa não esperaria. Acredito que aquilo que separa as pessoas que conseguem lidar com a morte de um filho das que não conseguem é a capacidade de continuar a funcionar apesar do acontecimento e não a capacidade de esconder os seus sentimentos e preocupações dos outros.

Infelizmente, muitas vezes os outros têm dificuldade em lidar com o nosso comportamento. Infelizmente, não há nada que possamos fazer: não vou trair aquilo que sinto para ter um comportamento mais socialmente aceitável. E acho que, mesmo assim, não me tenho portado nada mal.

É assim que entro em 2006: não gosto de dar assim muita importância a resoluções de ano novo. Sei que são mentiras que contamos a nós próprios para darmos corda ao nosso motor e conseguirmos viver mais uns meses bem integradinhos. Compreendo que façam falta, mas cada vez mais acredito que a vida tem que ser vivida em tudo o que fazemos, todos os dias e não apenas nos primeiros dias de um novo ano, com base numa qualquer lista mental de boas acções insí­pidas.

Em 2006 só quero uma coisa: um bebé.

Mas nem isso me parece que vá ter. Talvez em 2007, pelas contas actuais. Portanto, não vale a pena estar a dizer que vou fazer mais (algum?), exercí­cio, comer melhor ou gastar menos dinheiro em DVDs e BD. Não é preciso um ano novo para fazer nada disso, aliás, não é sequer preciso um mês novo, nem tão pouco uma semana: para fazer, podemos começar a fazer agora mesmo.

Portanto toca a levantar esse cú da cadeira!

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