Vee doub in da houz!

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

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Um dia por ano para sair do armário

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Lá passou mais um carnaval.

Para muitos, o carnaval é diversão sem limites. Um dia de pura alegria em que, na companhia dos amigos, saem í  rua para cantar e dançar e celebrar a vida. A brincadeira leva í s máscaras: bruxas e feiticeiros, polí­cias e ladrões, reis e raí­nhas; ele há de tudo.

Mas o que há mais, entre os adultos – porque entre as crianças são os noddies e os spider-men – são as mulheres.

As mulheres, salvo seja: os disfarces de mulher. Portanto, homens vestidos de mulher. Ou seja, travestis. Portanto, uma corja nojenta de trans-sexuais depravados.

Este homens, homossexuais toscos, que não sabem ser gays a sério e como deve ser, que se escondem por trás de uma fraca heterossexualidade, com essa coisa dos pelos no peito e do futebol, apenas ousam expor a sua verdadeira vocação um dia por ano.

Apenas no Carnaval, tem esta cáfila coragem de mostrar ao mundo aquilo que verdadeiramente são: mulheres feias presas dentro de corpos de homens… feios.

São í s dezenas: de saia, com tanguinha feminina por baixo e tudo, não vá levantar-se a dita; de topzinhos e blusas, com cabeleiras de diversas cores e, claro, maquilhagem enfeminada q.b.

Usam sempre a mesma desculpa: que o disfarce de mulher era o mais fácil, porque podiam usufruir do guarda-roupa e cosméticos da namorada.

Tanga, como é evidente. Eles sabem bem o que querem e assim, não precisam de o admitir abertamente, cai tudo na velha máxima de “é carnaval, ninguém leva a mal”.

E assim, estes depravados têm um dia por ano para sair do armário.

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The truth

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Este ví­deo ilustra na perfeição como a criatividade é esmagada pelas práticas de marketing cegas e inimaginativas das grandes corporações. Como, designer, tudo isto me é muito familiar. Afinal, como é que fazem na Apple?

É porque, na Microsoft… é assim:

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Dos pequenos prazeres da vida

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Os seres humanos têm uma relação conflituosa com a existência. Tanto são notavelmente adaptáveis í s mais adversas condições, sobrevivendo a tudo, ora se queixam que a vida é uma trampa.

Essa coisa, a que, genericamente, chamamos “vida”, é tão boa que nos recusamos a morrer – cada vez vivendo mais anos e aumentando a população do planeta – mas tão má que constantemente ouvimos expressões como “puta de vida” ou, “maldita vida de cão”.

Se a vida é “um bem precioso”, também é “cara” ou “difí­cil”. É, então, um paradoxo filosófico decorrente, parece-me, desta incómoda capacidade de raciocinar que afecta os seres humanos.

Quanto a mim não tenho dúvidas: a vida é fodida, mas vale a pena.

E í s vezes são mesmo os pequenos prazeres – e não os grandes triunfos – que fazem a vida valer a pena. Como um golaço do Laurent Robert ao Ví­tor Baí­a, quase do meio campo, que acabou por dar a vitória do Benfica sobre o Porto.

Sabendo que nada disto vai mudar o mundo – talvez mesmo por isso – mesmo assim dá um gozo do caraças.

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Conversas sobre Jesus Cristo e outra maquinaria industrial

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Há algum tempo atrás – não muito – interrogava-me porque seria que eu, ateu relativamente convicto, usava exclamações como “meu deus” e “ai jesus” ou “valha-me o cristo” ou a minha preferida: “jesus, maria, josé!”.

Pronto, esta última na verdade não uso muito, mas digam lá que não é uma exclamação fantástica.

Apercebi-me então que a cultura cristã, ou judaico-cristã, está de tal forma embebida no tecido da nossa sociedade (ou será o dito tecido que está embebido na tal cultura?), que me é impossí­vel não soltar um “meu deus”, ou mesmo um “oh deus!”, quando tenho um orgasmo.

Mais uma vez estou a mentir, mas queria mesmo usar a palavra “orgasmo”, neste artigo, porque acho que me dá um ar adulto e desinibido.

Bom, a minha conclusão do tal tecido embebido na tal substância cultural, não é propriamente original, nem algo em que não tivesse pensado antes, mas o que é facto é que me levou a concluir que a história de Jesus, o Cristo (porque Cristo não era apelido, era tí­tulo), se tornou uma lenda que quase toda a gente (senão mesmo, toda a gente), conhece.

Se não conhecem a história completa, conhecem pelo menos as notas da contra-capa: José e Maria uma noite param num pardieiro, nasce um menino sob uma estrela; vêm três reis magos trazer presentes (por isso é que temos prendas no Natal); depois de crescido, o menino é pendurado numa cruz, morre e depois ressuscita e vai para o céu porque era filho de deus.

Toda a gente sabe isto.

E o que me parece, é que toda a gente sabe isto porque a coisa se tornou, como eu dizia mais atrás, uma lenda.

Esta é a altura em que eu seria apedrejado por padres e beatas em fúria, apesar de estarem a ir contra um dos pecados mortais (raiva) e um dos dez mandamentos (não matarás). Mas a verdade é que a história de Jesus, o Cristo, com mais ou menos detalhe, começa a confundir-se um pouco com a do Rei Artur ou a de Robin Hood.

Senão vejamos: discute-se se Jesus existiu, também não é certo que o Rei Artur tenha sido um verdadeiro rei e ninguém acredita lá muito no Robin Hood. Todos tinham super-poderes: Jesus transformava água em vinho; o Rei Artur arrancou a espada da pedra e o Robin Hood acertava num mosquito a 3 km, apesar de ser vesgo. E todos eram bons e justos: Jesus pregava o amor ao próximo; o Rei Artur era, tipo… huh… fixe; e todos sabemos que o Robin Hood roubava aos ricos para dar aos pobres – operação que devia repetir no sentido inverso quando os ricos ficavam pobres e os pobres, por via do saque, ricos.

Concluí­ndo: acho que, retirando a obscura obsessão eclesiástica com o poder e eliminando a religiosidade exacerbada de toda a história, “as aventuras de Jesus, o Cristo”, poderia ser um grande êxito juvenil, sendo também uma agradável leitura para adultos.

Tendo em conta que tanta gente lê o Harry Potter, não me custa nada a acreditar.

Acho portanto, que está na altura de escrever um livro que relate a vida de Jesus, o Cristo, sem religião! Será um grande desafio: punha-se um ateu a re-escrever os novos testamentos.

O ponto de partida é que Jesus, o Cristo, era um gajo cheio de ideias, que acabou lixado por um amigo que se vendeu para pagar uma dí­vida de jogo. Seria preciso contar toda a história, mas retirando todas as referências a deus, milagres e truques de ilusionismo duvidoso: nada de falar com os peixes, nada de transformar pedras em pão e sobretudo, nada de ressuscitar os mortos.

No final, verí­amos se ainda achavam assim tanta piada a esse fulano…

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Os seres humanos têm uma relação conflituosa com a existência. Tanto são notavelmente adaptáveis í s mais adversas condições, sobrevivendo a tudo, ora se queixam que a vida é uma trampa. Essa coisa, a que, genericamente, chamamos “vida”, é tão boa que nos recusamos a morrer – cada vez vivendo mais anos e aumentando a população […]

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