Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Cada vez há mais pessoal por aí a aderir a formas fantásticas de rentabilizar os seus blogs, inscrevendo-se em serviços e directórios. Fala-se em produção de conteúdo e em manter os leitores felizes. What the fuck?!
Está tudo doido?
Porque é que sempre que um gajo encontra um poiso, uma forma de fazer coisas, um veículo para a sua diversão, vem – mais tarde ou mais cedo – uma legião de idiotas, de metoos, que a única coisa que fazem é puxar tudo para o mesmo velho e cansado modelo de sempre?
Por favor parem de estragar o prazer í s pessoas, de levar as nossas coisas para a vossa maneira de pensar. As pessoas passam a vida a tentar encontrar outras maneiras de fazer as coisas, porque estão fartas de como as coisas se fazem agora.
Para quê publicar artigos de blogs em jornais? Não faz sentido nenhum… se fosse para publicar em jornais, não servia de nada haver blogs. Para quê publicar periodicamente num site pessoal? Qual é o sentido de agradar a um público com as nossas diarreias mentais? Não é esse o papel da palhaçada toda que se bamboleia pelas televisões, jornais e rádios?
Não vejo inconveniente nenhum nalgumas coisas ultrapassarem fronteiras: um conjunto especialmente interessante de histórias publicadas online serem passadas a livro; um bom livro ser passado a filme; uns gajos que escrevem textos com piada começarem a fazer comédia na tv.
Mas por favor apercebam-se disto: na net, como em qualquer faceta da vida existem 10% de gajos e gajas com valor, interesse ou algo importante para dizer e 90% de idiotas.
Como a maior probabilidade é a de cairmos no lado dos idiotas, deixemos de nos armar em especiais e importantes. Porque não podemos simplesmente divertir-nos um pouco? Para quê preocupar-nos com mais uma coisa, na nossa vida?
A verdade é que me dá gozo ter este site e mais nada.
Já deves ter reparado que, em todos os jornais e revistas, naquela secção, que todos têm, em que são citados textos de outras publicações, existem sempre citações de blogs. No campo político, por exemplo, já existem os profissonais que sabem que, caso queiram ser citados num jornal de referência, tudo o que têm que fazer é escrever num blog (já não é escrever num jornal).
Enfim: mas que raio é que isso interessa? Para mim, o meu site não é mais do que um prolongamento dos meus jornais de edição única, que comecei a fazer por volta dos 8 anos! Para o Pacheco, o Abrupto, por exemplo, é mais uma crónica, que acabrá, inexoravelmente, por ser citada num qq jornal. Agora, até o Prof Marcelo aderiu, mas ao contrário: escreve um blog num jornal, isto é, escreve uma crónica como se se fosse um blog. O raio que os parta!
Um blog num jornal? Então não é um blog é um artigo de jornal. Porque raio damos nomes í s coisas? É cansativo…
Cansativo e estúpido.
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mais nada.