Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Recentemente, a Coreia do Norte efectuou um teste nuclear subterrâneo. Ou seja, fizeram explodir uma bomba atómica enterrada. A bomba explodiu e os generais Norte-Coreanos bateram muitas palminhas.
Eis mais uma nação a muraguar rapidamente!
Aliás, neste momento existem oito países que deviam ser imediatamente muraguados, a saber: a Coreia do Norte, os Estados Unidos da América, o Reino Unido, a França, a China, a Rússia, a índia e o Paquistão.
São estes os oito países que actualmente possuem armas nucleares e que deviam ser imediatamente transformados em piscinas gigantes.
E depois há a questão dos Estados Unidos reprovarem veementemente o programa nuclear (ou deveria dizer “nucular”?), da Coreia do Norte. Ou do Irão. Ou, honestamente, seja de quem for.
Os Estados Unidos são a maior potência nuclear do mundo, mas não querem que outros países tenham bombas atómicas porque “isso é uma coisa muito perigosa”. É. É como o pai que fuma dois maços por dia e dá um tabefe no filho adolescente que foi apanhado a dar umas passas ao fundo do ginásio da escola. Porque “isso só faz é mal”.
E o mais curioso é que é status quo não lembrar este facto aos países que têm armas nucleares e condenam Pyongyang por as estar também a desenvolver. Oh meninos então e as vossas armas nucleares? Porque é que em vez de dizerem que não querem os Coreanos a desenvolver armas nucleares porque “isso é perigoso”, não dizem a verdade?
A verdade é que os países que têm armas nucleares não querem que mais ninguém as tenha, para que possam ser só eles a genocidar populações inteiras. Parece-me bastante óbvio que, quando os Estados Unidos tiverem lasers intergalácticos capazes de derreter 900 km2 por segundo com um só pressionar de um botão, vão deixar de se preocupar com as armas nucleares dos outros… porque já têm qualquer coisa que ganha í s bombas atómicas.
É no fundo tudo um jogo de rock, paper, scissors. Neste momento, faca ganha a mão, pistola ganha a faca, granada ganha a pistola, míssil ganha a granada… mas nada ganha a bomba atómica.
E portanto temos que nos certificar que mais ninguém tem as armas mais fortes, para podermos ser nós a ganhar o jogo.
Uma bomba atómica democrática é uma bomba atómica boa. Ora, a bomba atómica da Coreia do Norte é ditatorial, portanto, é uma má bomba atómica. Não percebes nada de política, Pedro!
Mais assustador que uma bomba de átomos, electrões, neutrões e protões é a doença infecto-contagiosa chamada “Bio-terrorismo”. Mesmo assim penso que nao ganha í bomba atómica.
A diferença é a que foi apontada pelo Artur.
Há as democráticas e as não democráticas.
E também há uns mais iguais que outros, como dizia o dono da Animal Farm.
ps. Gostei da ideia de lasers intergalácticos capazes de destruir 900km2.
“Aliás, neste momento existem oito países que deviam ser imediatamente muraguados, a saber: a Coreia do Norte, os Estados Unidos da América, o Reino Unido, a França, a China, a Rússia, a índia e o Paquistão.”
Junta a esses países Israel, a Africa do Sul também já teve armas nucleares mas decidiram destrui o seu arsenal nuclear.
É muito mau a Coreia do Norte ter armas nucleares, é o único país do mundo onde é fisicamente impossível aceder í internet, onde todos os aparelhos de rádio e TV são vendidos já bloqueados, onde o líder tem 2000 mulheres de conforto nos maiores luxos e a maioria da população vive miseravelmente. É um país que nos ultimos anos perdeu milhões de habitantes, sobretudo crianças, para a fome. Onde o governo gasta 30% das receitas para manter um exercito permanente de 6 milhões para proteger o país de “moinhos de vento”. Com armas nucleares os coreanos não terão qualquer impedimento de bombardear Seul (a qual está perto do pareleo 38) se houver algvuma escaramuça na DMZ. É preciso não esquecer que a Coreia do Norte está em estado de guerra com a Coreia do Sul desde 1950, guerra essa começada pelo Norte sem qualquer provocação e o qual foi responsável por muitos massacres de civis í s mãos dos comunistas do norte
É tão mau como qualquer outro país. É fácil e é uma coisa que tenho andado a tentar ensinar aos meus gatos: “FIRE BAAAAAAAAD!”