Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Acabei de re-instalar o Windows. Como o setup crashou oito vezes antes de o conseguir completar, sinto que faz falta um pouco de amor no mundo. Por isso, deixo-vos aqui um puêma inédito.
Puêma
Inverto, memoravelmente, a redundância
Da discrepância, mal me lembro
Alimento-te com rebarbas que fabrico
Na noite esquiva que me envolve.
Afunda-te em pensamentos redondos,
Liga-te a altruísmos dissidentes
Tenho-te no bolso.
Recordo uma infância automática
Com olhos de escavadora
(vejo)
Com olhos, com braços
Dentes e entes, conheces
(a loucura)
Compreendo.
Dizes-me que não.
Volto e torno a voltar
Envolvo-te em papel, sou eu.
Sou teu.
Somos nós, envolvidos
Devolvidos
Somos nós.
Isto faz mais sentido lido de baixo para cima.
Por momentos pareceu-me estar a ler aqueles textos que o William Burroughs compí´s com páginas cortadas a meio ao alto, baralhadas e juntas de novo, de livros do Samuel Beckett. Chamava ele a isso, literatura psicadélica.
Ah! H-um ao têntico Pu êta!
Parece-me mais E. E. Cummings …