Publicado em , por Pedro Couto e Santos
É assim…
Encomenda-se um produto dos Estados Unidos, esse produto custa 30 euros. O envio desse produto, que pesa quase 1 kg, custa mais 20 euros. Quase tanto como o produto, mas ok, mesmo com o envio, o produto fica mais barato do que se comprado em Portugal.
Depois espera-se.
E depois recebe-se um telefonema da FedEx a avisar que o produto vai ter custos alfandegários de, aproximadamente 75 euros.
Portanto, produto: 30 euros. Envio: 20 euros. Mais um roubo do Estado Português a um dos seus contribuintes: 75 euros.
Aparentemente, quer se encomende um pechisbeque de 50 cents ou um penico de ouro no valor de 5 mil dólares, o “processo burocrático” (sic), custa sempre, pelo menos, 58 euros. Depois há a taxa alfandegária e o IVA, claro.
Isto não é de morrer a rir?
Mandei o produto para trás, é claro.
Há uns 5~6 anos, lembro-me que o meu (então) patrão mandava vir uns bonecos (modelismo) da Polónia, e, como cirvunvenção í s taxas alfandegárias, mandavam-lhe aquilo com a indicação de ser uma oferta. ;)
Isso da oferta é uma questão de sorte. Quando vem dos USA ou Hong Kong e afins então, é imaginar os trolhas da alfandega, todos sí´fregos, a esfregar as mãos de contentes e com esgar maquiavélico. Já mandei vir T-shirts do USA e peças digitais de Hong Kong, que pouco passavam dos 20€, e que pedi para vir gift wraped, etc e mesmo assim tive de pagar alfandega. E no entanto, a maior compra que já fiz online, um carreto de pesca Shimano Stella 6000, e que me custou um pouco mais de 300€ vindo do USA (cá seriam uns 700 ou 800), pedi que viesse gift wrapped e com valor declarado de 20Dollars, chegou-me directo a casa, com carimbo da alfandega, eles abriram. Pura sorte digo eu. Mas sim, basta ir í alfandega a Lisboa pagar a dita, que se percebe imediatamente que damos uma salto ao passado, (se bem que agora com PC’s) e que aquela velharia toda é mesmo old school (Leia-se Salazar, volta que estás perdoado). É uma experiencia que, pelo menos a mim, me faz sentir prestes “going postal”.
Pois, nem sempre a história da oferta funciona. E por vezes são mesmo os vendedores que não embarcam nisso.
i feel your pain. E tendo feito duas compras (quase) idênticas em produtos e valores, no espaço de uma semana (USA), as taxas alfandegárias cobradas nas duas vezes foram €18.xx e €35.xx (?????).
O “marked as gift” já foi chão que deu uvas, eles agora não querem saber. É preciso sorte, muita sorte. Já mandei vir t-shirts da threadless.com (USA), um pacote com uma t-shirt, outro pacote com duas e passaram os dois pacotes sem problemas e sem serem abertos (talvez por serem envelopes muito pequenos), mas uma conhecida minha não teve a mesma sorte. Já vieram coisas de Hong Kong, Canada e Estados Unidos e não tive problema – será sorte minha de viver no Porto? E sinto-me uma sortuda, mas tenho a noção que tudo o que cheirar a electrónica vai ser taxado e evito encomendar coisas assim, mesmo quando é doloroso o quão mais barato ficaria encomendar lá de fora. Hoje em dia os vendedores não embarcam no mark as gift (basta ver na ebay), e mesmo que embarquem, metem o valor real da coisa e o que é e eles vão logo abrir e depois é ovo taxa alfandegária surpresa e não gosto de correr o risco – até porque para alguém com o meu budget, aparecer-me uma conta de 75 euros de taxa para pagar acho que me dava uma coisa muito má. Que azar, Pedro!
O que me valeu foi a senhora da FedEx que ligou a avisar.
Tambem já passei há uns anos pela irreal experiência de ir “desalfandegar” um item que mandei vir dos Estados Unidos e jurei para nunca mais…
Há dias fui í store online da Steam/Valve comprar umas t-shirts do HalfLife e fiquei muito aborrecido por não ter visto Portugal na lista enorme de países para onde a loja envia. Curiosamente Espanha constava na lista e como tenho um colega com família em Espanha decidi pedir-lhe a morada e utilizei-a na compra (de notar que no “billing address” já podia ser morada em Portugal, na “delivery” é que não) – pois foi assim que passados 4 dias as t-shirts chegaram alegremente a Madrid, sem espinhas nem taxas e espero receber as mesmas assim que o meu colega vier das férias que lá irá passar brevemente.
Por tudo isto se pode concluir como vivemo num país mesmo muito atrasado – basta olhar para o “vizinho do lado”.
Depois de queimar imenso dinheiro em taxas e enviar vários faxes para o Director da Alfândega (a pedido do próprio, para ele enviar ao Ministro a ver se muda a lei), desisti de encomendar coisas de fora da Europa.
As últimas vezes que encomendei coisas dos US foram altamente cómicas. Uma delas ficou retida na alfândega dois meses, de tal forma que cheguei a enviar um email í loja a dizer que não tinha recebido. Pouco depois chegou a conta.
A segunda foi ainda melhor – enviaram-me uma carta a pedir uma cópia da factura para saberem o valor da encomenda porque não encontraram na embalagem. E quando recebi finalmente a encomenda, depois de ter pago a taxa, vinha com o valor perfeitamente óbvio. Foi mesmo estupidez dos gajos.
Agora desisti. Não há nada que eu queira o suficiente para merecer o sacrificio.