Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Como estou de férias, deu-me para cozinhar, o que é mais ou menos habitual e fiz duas coisas que me pareceram boas ideias e de facto saíram bastante bem. Aqui ficam:
Camarões í Neanderthal
É preciso, para 2 pessoas:
Primeiro é preciso meter os camarões (uma dúzia e picos) descascados numa marinada de azeite com oregãos, vinho branco, alho, vinagre de sidra, salsa e sumo de um limão. Não é preciso que fiquem cobertos, isso seria líquido a mais, basta que estejam bem envolvidos na marinada e se lhes vão dando algumas voltas.
Escusado será dizer que quanto mais tempo os camarões estiverem dentro da marinada, melhor.
Depois, leva-se uma frigideira ao lume com um bocado de azeite (o tal, com oregãos), e salteia-se alho, até começar a cheirar bem e depois juntam-se os cogumelos (para aí uma tijela cheia). Enquanto os cogumelos perdem a água (convém afastá-los para a periferia da frigideira para o líquido evaporar mais eficientemente), descascam-se umas batatinhas novas (6 ou 7) e cortam-se em pedaços pequenos para juntar aos cogumelos. Juntam-se também a esta mistura, dois ou três floretes de couve-flor em pickle, sem lavar (para reter o vinagre).
Adiciona-se um bocado de sal e pimenta e vinagre de sidra.
Mexe-se tudo e deixa-se as batatas cozinhar um bocado (uns 5 minutos) antes de passar o conteúdo da frigideira para um tabuleiro de forno, já com um bocadinho de azeite no fundo (para não pegar). Polvilha-se as batatas e os cogumelos com oregãos, tapam-se com rodelas de mozarella fresco e rega-se com mais um fiozinho de azeite.
Pumba: para o forno.
Uma meia hora no forno deve ser o suficiente, a uns 150/170 graus. Mas vê-se bem quando está pronto: o mozarella fica tostadinho.
É então altura de deitar os camarões na frigideira (até pode ser a mesma), com todo o líquido da marinada ounde vão cozer. Bastam dois ou três minutos, durante os quais se deve adicionar um pedaço de sal.
E está prontíssimo. Mistura meio estranha? Talvez. Mas é delicioso, sobretudo se o saborzinho avinagrado ficar mesmo no ponto.
Só por curiosidade, foste tu que deste esse nome í receita? É que está genial! lol Até era capaz de exprimentar a preparar essa iguaria refinada ^^
Sim, fui eu que dei o nome. Experimenta, é excelente.
Todos nós temos mapas mentais próprios nos quais fazemos assosciações próprias entre palavras, termos, ideias.
Quando vi este “Camarões í Neanderthal” pensei nuns camarões tipo “a la plancha” regados com gasolina ou gasóleo. Ou então acompanhados com aguardente.
É a minha associação com Neanderthal, que eram uns tipos brutos, sólidos, de ossos largos, em resumo: umas bestas.
Ao ler a tua receita fiquei com agua na boca, parabens pela receita e claro, sortuda da tua cara metade.