Desde segunda-feira que os rapazes da Transtejo estão de greve. Como não gostam do facto dos colegas da Soflusa ganharem mais uns euros que eles no subsídio de assiduidade, decidiram lixar a vida a toda a gente, para mostrar quão importantes são.
O conceito de greve é, para mim, um conceito antiquado que, num mundo cada vez mais privatizado, faz menos sentido a cada ano que passa. Já não há pachorra para o sindicalista barrigudo, de bigode, a falar de “formas de luta”. Formas de luta são: invadir a Assembleia da República e partir aquilo tudo; raptar os administradores da empresa e afogá-los no Tejo; colocar bombas, começar guerras civis ou simplesmente cometer assassinatos estratégicos.
Agora greve serve apenas de incómodo para quem usa os serviços em questão e tem, geralmente, zero resultados.
Se eu e os meus colegas designers decidissemos fazer greve por Macs em vez de Wintels o mais certo era estarmos quase todos despedidos no dia seguinte. A greve é, parece-me, mais uma marca do espírito de serviço público.
Não tenho, porém, nada contra os empregados de qualquer empresa, exigirem melhores condições – salariais, de horário, etc – no seu trabalho, mas a greve não me convence.
No caso da Transtejo, estamos a falar de uma greve que cai precisamente nas horas de ponta – de manhã e ao fim do dia – durante cinco dias, o que só demonstra uma vontade de maximizar o transtorno aos utentes do serviço. Se assim não fosse, a greve era de 24 horas e acabou-se.
Temos ainda as greves í s sextas-feiras e perto de feriados; essas então não têm qualquer outro objectivo senão o de providenciar um fim de semana prolongado a quem adere í “forma de luta”. Enquanto 15 gatos pingados participam numa manife, o resto está na Costa da Caparica a apanhar Sol.
Por causa da greve da TT, tenho estado a vir para Lisboa de combóio. Era algo que já tinha querido experimentar, para ver como é, quanto é e quão rápido é – portanto decidi aproveitar.
Hoje – terceiro dia – a coisa correu suavemente e sem incidentes. Mas não foi assim nos dois primeiros dias.
Segunda-feira, saí de casa, meti-me no carro e rumei ao Pragal. Usei o meu conhecimento da cidade para estabelecer o percurso que me pareceu mais rápido e com menos trânsito e senti-me satisfeito por verificar que rapidamente estava a passar em frente ao Hospital, rumo í estação.
A estrada tem duas faixas: a da direita é bus, pelo que me mantive í esquerda. Claro que é í direita que tem que se virar para ir para o parque subterrâneo.
Tarde demais, claro, como ia na faixa errada, só vi a tabuleta tarde demais – já que a mesma não está antes da saída, mas depois, como é habitual em Portugal.
Não desanimei.
Dei a volta í rotunda do Monte e, voltando para trás, não me deixei enganar: meti-me na faixa do bus e lá estava ela: a saída para o parque de estacionamento, acessível apenas a partir de uma faixa de rodagem onde é suposto eu não andar.
Logo í direita havia uma saída marcada simultâneamente “parque” e “bus”. Desta vez ignorei as regras e virei. No entanto a única coisa que vi foram dezenas de carros estacionados nas bermas… e nenhuma entrada para um parque: descoberto ou subterrâneo. Nada.
Não desisti… mais uma volta ao carrossel e desta vez não virei í direita. Continuando a seguir uma estrada sinuosa, cheguei a uma rotunda. A primeira saída estava claramente marcada: “parque”. Virei.
Qual não foi o meu espanto quando dei comigo mesmo precisamente no mesmo sítio: carros nas bermas, a entrada para a estação e “zonas bus”. Arrisquei mais um pouco e meti-me por uma dessas zonas bus… no entanto não passavam disso mesmo: paragens de autocarro. Entrada para parques de estacionamento: zero.
Mais uma volta… o tempo a passar e eu já atrasadíssimo, mas sem desistir.
Desta vez decidi não sair na rotunda onde dizia “parque”, mas sim na saída seguinte, onde quatro tabuletas em branco indicam aquilo que pensei tratar-se do fim do mundo. Quando digo em branco quero dizer: sem nada lá escrito. Tabuletas vazias, desertas, sem texto, nem bonecos, nem cores, nada.
Seguindo por aí, atravessa-se a linha do futuro metro de superfície, vê-se o instituto Piaget e… espanto: o parque subterrâneo da Fertagus!
“Claro!” – pensei eu – “É óbvio que era preciso virar para a saída que não diz a ponta de um corno!“
Recebi há pouco um mail informando-me que o meu blog era o blog português mais antigo ainda em actividade. Fui consultar o artigo em questão, ao Apdeites e concluí que de facto alguém se deu ao trabalho de fazer um estudo sobre esta história.
E é verdade, o Macacos existe desde Março de 1999 e nunca parou. Neste momento, os arquivos não reflectem toda a verdade, pois há muito conteúdo em HTML que ainda não passei para a base de dados do WordPress. Curioso também verificar como o site da Dee é o segundo mais antigo ainda em actividade.
Noto, no entanto, que o Coiso não consta da lista, embora exista também desde 99.
Mais um treino, ontem, com castigo do corpo na primeira parte, sob a forma de um aquecimento razoavelmente mais puxado do que tem sido comum nos últimos tempos.
O exercício correu bem até ao ponto em que tive um ataque de asma dos antigos. Acho que alguém me agarrou e arrastou para um canto – o Zé Santos, se não me engano – e aos poucos comecei a recuperar. O Carvalhosa deu uma ajuda e o Gus ficou a vigiar.
Houve ali um bocado em que estava mais ou menos a ver tudo preto, mas com calma e dedicação, consegui recuperar e voltar ao treino.
Seguiram-se alongamentos e depois, treino de exame. Primeiro, formas de combate e depois gong li quan.
A meio da segunda parte do treino, o Tiago pediu-me para ajudar na lian bu quan e eu tive uma branca. Não consegui ajudá-lo, o que me deixou algo preocupado… tenho que rever urgentemente a forma do primeiro nível.
Terminei o treino com a sensação de que tinha sido atropelado por um autocarro, com a caixa toráxica a pedir descanso, mas satisfeito.
Valeu a pena, mais uma vez.
Hoje de manhã, acordei com falta de ar e cheio de dores no peito e nas costas… tenho que aprender a moderar-me mais.
Graças í Jonas, fomos ontem ver a ante-estreia do terceiro filme da série X-Men e aquele que é também o pior dos três.
Desde que, há mais de duas décadas atrás, descobri no fundo de um caixote, uma velha revista de quadradinhos, já sem capa, que contava as aventuras de um grupo de super-anti-heróis mutantes, que sou fan dos x-men.
Com o tempo, a BD deixou de me interessar: as histórias principais dos x-men já tinham sido contadas e aquilo começava a ser demasiada reciclagem com introdução de personagens novos… alguns completamente ridículos, como o Gambit que, entre outras coisas, lançava cartas de jogar.
Mas ocasionalmente gosto de revisitar as velhas histórias, sobretudo da época do John Byrne e a saga da Phoenix.
Era com algum entusiasmo que esperava o terceiro filme, que tinha a obrigação de contar a história deste complicado personagem.
Acho lamentável que o Bryan Singer tenha abandonado o projecto e levado consigo membros da equipa que fez os dois primeiros filmes. O terceiro x-men perdeu claramente com isso e fico agora na expectativa de que o Superman Returns seja um filme verdadeiramente fabuloso, para que tenha valido a pena “estragar” os x-men.
Claro que, um homem de collants azuis com as cuecas por fora das calças dificilmente dá “um filme fabuloso”, apesar de eu até gostar do superman.
X-Men: The final stand, sofre de diversos problemas. Além da saída de Bryan Singer como impulsionador do projecto, o realizador levou também consigo para o Superman, James Marsden (Cyclops), que, não sendo um grande actor, desempenhava um papel central na equipa de super-heróis, como toda a gente sabe. E assim, foi preciso matar (? – não se chega a perceber bem, no filme…), um personagem central.
Aliás, na primeira metade do filme, morrem dois personagens centrais aos X-Men: Cyclops e o próprio Professor Xavier.
Estas duas baixas, especialmente a de Patrick Stewart, retiram logo uma grande fatia do potencial da história.
História que, de si, já é bastante fracota. A ideia não é má: uma companhia farmacêutica descobre uma “cura” para o gene x, contrariando a mutação. Mas o desenvolvimento é pobre e não explora o potencial dos personagens.
Notoriamente inexplorada é a Phoenix – uma personagem fantástica na BD – que no filme passa 80% do tempo de pé, parada, calada e a olhar para o infinito. É verdade que quando entra em acção, Famke Jansen é o centro da melhor cena do filme: a morte do Professor Xavier, mas esperava muitíssimo mais.
As lacunas do filme são preenchidas com um exército de mutantes, a maioria dos quais inúteis e um bocado inventados í pressão que não adicionam nem retiram grande coisa í história e acabam por roubar o palco aos personagens principais.
Vale a pena ver, para fans da série, mas não chega aos pés dos dois primeiros filmes.
Desde segunda-feira que os rapazes da Transtejo estão de greve. Como não gostam do facto dos colegas da Soflusa ganharem mais uns euros que eles no subsídio de assiduidade, decidiram lixar a vida a toda a gente, para mostrar quão importantes são. O conceito de greve é, para mim, um conceito antiquado que, num mundo […]
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