Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Ontem tirei o dia, com umas horas acumuladas que tinha que já me davam direito a uma folga. Infelizmente não tirei o dia para descansar e passear relaxadamente.
Por volta do meio-dia fomos í consulta de obstetrícia do HGO, para a qual tínhamos sido convocados por carta há uma ou duas semanas atrás. O meu coração batia com tal violência que parecia que me doíam as artérias. Sensação idiota, eu sei, mas é a forma que tenho de o descrever.
Em cima da mesa da médica estava o relatório do exame patológico, vulgo autópsia, que li de pernas para o ar, enquanto a médica explicava que não tinha sido encontrada nenhuma malformação e que a morte tinha sido puramente acidental… como alguém que leva com um tijolo ao passar na rua. Um acidente apenas.
Lividez aqui, petéquias ali.
Senti-me vagamente mal disposto, mas a consulta foi rápida e fomo-nos embora tentando convencer-nos que aquilo tinha sido o fechar do assunto.
Depois de uma breve passagem por casa e um almoço no novo indiano da avenida, fomos fazer o que habitualmente fazemos para nos animar: gastar dinheiro.
Gosto muito de estar com a minha mulher que não é igual a ninguém que eu conheça, foi um dia muito estranho, cheio de sentimentos contraditórios, mas com esse bónus insubstituível.
Uma notícia para animar um pouco, a Sic Radical vai passar a Firefly e Espaço 1999. Só falta que em Portugal passe a nova Galactica, uma das melhores séries sci-fi de sempre.
Infelizmente a “nossa” vida tem destes ditos ” acidentes “, mas nao podes deixar que isso te abata…. pensa no dia de amanha ( pra frente é que é caminho ).
Ao Macaco e í Dee saiu a coroa, ao meu irmão e í minha cunhada saiu caras. A bebé deles tava para nascer de parto normal, mas como não descia foi feita uma cesariana, o que foi bom porque nasceu com o cordão com um nó no pescoço.
Felizes daqueles que sabem que a pessoa que amam é simplesmente aquilo que lhes faz mais falta. Há sensações que nunca se conseguem partilhar com mais ninguém, a não ser a pessoa de quem se gosta.
Nunca quis dizer nada sobre o que se passou porque sinceramente acho que não há nada para dizer… não imagino o que tiveram que passar! Não me quis meter. Quis respeitar o vosso espaço. E quando tinha oportunidade, abraçava-te, na esperança que percebesses com aquele abraço que gosto muito de ti. Não tenho nenhum “dizer popular” memorizado nem o consolo perfeito na ponta da língua, porque acho que não existe nada inventado para se dizer numa situação destas…
Fica sempre bem dizer: “vai correr tudo bem”… e eu desejo tanto que sim!
Um beijo de prima e um daqueles abraços