Véspera de natal diferente

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Hoje, pela primeira vez em 32 anos, não passámos véspera de natal com a famí­lia.

O ambiente não anda grande coisa por aqui. Tenho-me sentido muito triste e só. Mesmo rodeado de gente, não consigo evitar este sentimento.

Almoçámos com os meus sogros, cunhados e a avó Luí­sa em casa dos primeiros. Demorei um bocadinho a sentir-me í  vontade e, de iní­cio, só me queria ir embora, meter-me na cama e acordar em Janeiro. Quando o Cunhado chegou e esteve a ver a D50 e a mostrar as sua já fantástica colecção de objectivas da Canon, a coisa aliviou um bocado, depois de comermos e conversarmos um bocado, trocámos prendas e senti-me mais í  vontade.

Um pouco mais tarde chegaram duas primas da minha sogra, que eu não conhecia e tanto eu como a Dee começámos a sentir-nos cada vez menos í  vontade. É a velha história do elefante no meio da sala de quem toda a gente está a tentar evitar falar. Claro que as pessoas não têm culpa de nada. Mas nós não conseguimos deixar de nos sentir mal e acabámos por nos ir embora o mais rapidamente possí­vel.

Em casa, no escuro, deixamos-nos afundar na nossa tristeza.

Acabámos por reagir e lançámo-nos no nosso projecto para a noite de natal: ver os três “Lord of the rings”, back-to-back. Enchemos tijelas com M&Ms, maltesers e cheetos, a Dee fez um fantástico pâté de delí­cias do mar com queijo-creme, azeitonas, pickles e ovo cozido e abrimos uma garrafa de coca-cola.

Confesso que não conseguimos. Vimos o “Fellowship of the ring” e o “Two towers”, mas estávamos já demasiado cansados í  uma e meia da manhã para começar a ver as quatro horas do “Return of the King”. Em vez disso, trocámos umas prendinhas e eu recebi um fantástico livro sobre a arte de Alex Ross para a DC, que ataquei imediatamente.

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