Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Antes do Alex, a minha vida estava mais ou menos orientada… não se pode dizer que tivesse grandes ambições, mas sabia o que estava a fazer. A coisa baseava-se basicamente no meu trabalho que me ocupava horas suficientes para eu pouco mais fazer.
Depois, í medida que ele crescia na barriga da mãe, fiz espaço para ele. Senti-me com um projecto e com um objectivo. Ia deixar de ser o Pedro que era há coisa de 10 anos pouco mais ou menos, quando saí da Faculdade e resolvi tornar-me adulto a sério e ia passar a ser o Pedro “agora é que é mesmo a sério”. Ia ser pai e sabia que ia ter que aprender muito e passar por muitas experiências novas.
Mas estava pronto para todas elas. Talvez não preparado, mas pronto para as receber. E quando o perdi, fiquei com um buraco… um vazio com o qual não sei bem o que fazer. Não perdi de vista o projecto, mas o espaço que criei está aqui agora… talvez venha a precisar dele daqui a dois anos, mas neste momento não sei o que fazer com ele.
Como é possível amar tanto alguém que nunca vamos conhecer?
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you know, when i saw dee’s photo log for the first time, it made me sad because i didn’t do the same. I now wish i had, because it was so amazing feeling him grow inside… it breaks my heart to see you both hurting so much and, worst of all, don’t be angry at me for saying this, you are both bottling up your feelings inside. If there is anything i can do for both of you, do tell, mail me any time. You are both younger than me and it breaks my heart to see you both so helpless and there is nothing i can do, except offer my help.
Hang in there…
Um bom coração sente a perda. í¨ perfeitamente natural. E claro que ninguém fica aos pulos por peder quem se ama. Poderei escrever mais se mo for solicitado. Estou certo que o Alexandre quereria o seu Pai a seguir em frente com a vida. í‚nimo! =)
“If you press me to say why I loved him, I can say no more than because he was he, and I was I.” – Michel de Montaigne
Beijos e luz, ana
ps – se precisarem de alguma coisa não hesitem, têm o meu mail e eu moro em lx…take care!
olha alexandre, tu disseste uma bacorada que me ficou entalada na garganta há uns posts atrás. tiveste a lata, a falta de tacto e o simplismo de dizer ao pedro que por ele ter o blog do ódio, que era simplesmente um blog para postar aquelas pequenas coisas que irritam toda a gente, que por isso ele tinha perdido o filho, que tinha é que se rodear e falar de coisas positivas … e eu não disse nada. Mas porra, agora vens dizer “ânimo!” e segue em frente … isso diz-se a alguém que tem uma nota má num exame. O pedro nunca mais ver o filho que ele amou desde o momento em que soube ele existia. Eu não consigo assimilar o tamanho dessa dor, mas não tenho a ilusão que qualquer coisa que qualquer um de nós diga vai ser novidade ou que vai resolver alguma coisa. E acima de tudo, a última coisa que alguém que está a passar por um inferno precisa de ouvir é que o inferno é culpa dele. Principalmente aquilo que tu disseste, por ser uma estupidez brutal. Acredito que estejas arrependido, talvez nem te tenhas apercebido do que disseste … Sinceramente o teu “poderei escrever mais se mo for solicitado” dá-me vontade de dizer ‘não obrigado, fica caladinho’. Peço desculpa, eu não parto do principio que tiveste más intenções, mas tinha que te dizer isto.