Publicado em , por Pedro Couto e Santos
O novo filme baseado no Batman prometeu muito… e í s vezes, quanto mais se promete, mais complicado é agradar.
Mas não é o caso.
“Batman begins”, faz, finalmente, justiça a um dos mais famosos heróis dos comics, tantas vezes esfaqueado por adaptações coloridas e pirosas. Os filmes do Batman realizados pelo Tim Burton não eram necessariamente maus, mas o primeiro sofria de ter a Kim Basinger como Vicky Vale, apesar de um excelente Joker e o segundo começava a escorregar para o que seria um sintoma daí em diante: o vilão brilhava mais do que o herói.
O Pinguim do Danny deVitto era simplesmente fantástico e a Catwoman da Michelle Pfeifer simplesmente deliciosa, deixando o pobre do Michael Keaton no papel secundário de… Batman.
Em Batman begins, nada disso acontece. O vilão está bem conseguido q.b. (Cilian Murphy, no papel de Scarecrow), mas nunca enche tanto o écran como o fantástico Christian Bale que acerta em cheio no papel do dark knight.
A história é interessante e não parece um dos velhos episódios da tv com o Adam West. Dá-nos a conhecer a viagem de Bruce Wayne pelo mundo e o momento em que o seu alter ego se começa a definir. E o interesse mantém-se enquanto vemos Bruce Wayne explorar as cavernas por baixo da sua casa de família, pintar a sua armadura de preto e testar o tecido electromecânico da sua nova capa.
O filme dá vida ao Batman e dá-nos a sensação de que, apesar de ele não poder perder… chega sempre a casa com muitas nódoas negras.
A não perder.