Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Há uns anos atrás (2 ou 3, não me lembro), o Cunhado e os meus sogros ofereceram-me um despertador da Oregon Scientific, que é uma empresa croma de produtos electrónicos igualmente cromos.
O despertador tem barómetro e termómetro, tem backlight, projecta no tecto a hora e a temperatura exterior e, para obter essa temperatura exterior, comunica via rádio com um sensor de temperatura que eu, convenientemente, pendurei do lado de fora do prédio.
Mas não é só.
Além de tudo isto, o magnífico despertador ainda se acerta sozinho, mediante um sinal de rádio enviado por uma estação em Frankfurt (na versão que eu tenho, outras versões ligam-se a outros países). Ora, para o relógio receber a hora certa, tem que estar a 1.500 km de Frankfurt. O que basicamente significa que esta feature nunca funcionou.
O símbolo de antena que indica o nível de recepção do sinal de sinronização limitava-se a piscar, frustrado. Portanto, sempre acertei o relógio í mão e pronto, mantendo a feature de procurar o sinal desligada, para gastar menos bateria.
Mas na segunda-feira í noite, quando deixei cair o relógio e as pilhas cairam, fazendo reset í coisa, algo de surpreendente se passou: o despertador recebeu sinal de sincronização!
Era de facto estranho eu ter adiantado o relógio uma hora inteira, sem reparar no engano. Mas não foi isso que aconteceu, o que se passou foi que eu acertei o relógio correctamente e passado uns minutos, sem eu dar por nada, ele sincronizou-se com a estação (em Frankfurt? Antena nova? Talvez uma nova estação mais próxima?). O problema é que se sincronizou para CET. E CET é uma hora a mais do que a nossa hora.
Isto servia para um daqueles pormenores insondáveis de um crime inexplicável resolvido pelo Jonathan Creek.
‘you are now entering in the twilight zone’ ti ni ni ni ti ni ni ni
alas, the mystery was solved … :)