Publicado em , por macaco
Acabei de fazer um excelente bife para o almoço e lembrei-me que, se calhar, há por aàmuito boa gente que não sabe fazer um bom bife. Um bife simples, sem grandes truques, mas que dê uma excelente e saborosa refeição.
Bom, no interesse de todos e com profundo sentido de serviço público, deixo algumas dicas:
Bifes acompanham-se com batatas fritas, mas salada é muito importante para dar aquela variedade de texturas essencial à boa comida. Portanto não saltem a salada, com os vegetais que gostarem mais, nem que seja só alface e tomate ou cenoura ralada… um bocadinho de sal grosso dá graça à coisa, juntamente com o azeite e o vinagre. Ultimamente tenho usado vinagre de sidra e me gusta mucho.
As variáveis num bom bife (eu não estou a tentar ensinar coisas óbvias a quem sabe… isto só serve para quem eventualmente não dê uma para a caixa na cozinha), são: a qualidade da carne (claro), o tempero, a temperatura da frigideira e o tempo que o bife passa lá dentro.
Vejamos: Quanto à qualidade da carne, a coisa é muito subjectiva e apenas se pode dizer “quanto melhor, melhor”, mas evidentemente que ajuda conseguir encontrar um sítio que venda bons bifes. Eu costumo comprar vazia ou pojadouro. Muitas vezes não vale a pena gastar dinheiro em alcatra ou lombo e acabar com um bife que não é assim tão melhor que justifique o preço.
O tempero tem duas partes: antes de mais nada passa-se um pouco de sal grosso dos dois lados do bife e vai-se preparar a frigideira…
Coloca-se a frigideira sobre o lume (aconselho frigideiras tefal, que têm um sistema porreiro que indica quando o metal está quente), o lume deve estar bem forte e a frigideira seca. Nada de manteiga na frigideira. Estamos a fazer um bife simples sem molhos nem nada, portanto nada melhor (nem mais saudável, diga-se), do que grelhar.
Temos que esperar que a frigideira aqueça um bom bocado, mas não faz mal nenhum, porque entretanto as batatas estão a fritar, tiramos a salada do frigorífico e o sal vai-se dissolvendo no bife.
Quando a frigideira estiver quente, coloca-se o bife e espera-se, pacientemente… alguns segundos.
É muito importante não deixar cozinhar demais o bife… é aqui que tudo pode ir por água abaixo. A ideia é que a carne fique castanha e assim que estiver, vira-se.
Depois do bife virado, esmaga-se um dente de alho (de preferência com uma prensa para alhos) e espalha-se a papa resultante sobre o bife. Termina-se com pimenta preta moída directamente sobre a carne (agora é facílimo ter um moínho com pimenta sempre à mão: os fabricantes de condimentos vendem pimenta já em moínhos). Esta é a segunda fase do tempero.
Normalmente, o tempo de esmagar o alho e distribuir o dito sobre a carne e adicionar a pimenta é o suficiente para o outro lado da carne cozinhar.
Tira-se o bife, com cuidado para os pedaço de massa de alho não cairem, tempera-se a salada e as batatas e pronto. Come-se, evidentemente.
O bife deve estar ligeiramente crú no centro, o que o torna mais suculento. A carne está bm salgadinha e com cada pedaço levamos uns pozinhos de pimenta e alho esmagado que vão dançar alegremente nas nossas papilas gustativas.
Foi bom para vocês também?