Acabei de ver um documentário na tv sobre uma coisa que eu não fazia ideia que existia. O nome é qualquer coisa como amputofilia e basicamente consiste no desejo incontrolável da pessoa em ser amputada.
Mais incrível ainda é que as pessoas que se sentem assim, querem normalmente uma amputação muito específica, como sendo a da perna esquerda, por exemplo, mas cortada num sítio exacto que eles “sentem” que seria o sítio certo.
Estas pessoas acreditam que só ficariam perfeitas com o seu membro de eleição amputado e passam grande parte dos seu dias a fingir que são amputados.
Metem a perna para dentro das calças, andam de muletas e de cadeira de rodas e sentem-se assim mais felizes.
E depois há aqueles, claro, que conseguem ser amputados. Um dos fulanos que apareceu no documentário congelou a perna com gelo seco, para ver se ela caía. Não caiu, mas ele acabou nas urgências onde lá lhe amputaram a perna. Agora é muito mais feliz, mas tem pena de não ter sido ele a cortar a perna, porque acabou por não ficar mesmo mesmo como ele queria.
Até agora, só se conhecem homens com esta pancada e ninguém percebe. Nem psiquiatras, nem eles próprios… só sabem que, desde miúdos que querem ter menos um membro.
Não sei qual a fonte desta notícia, mas achei-a demasiado genial para não a replicar aqui. Leiam que vale a pena:
“Bonjour paresse” de Corine Maier Elogio da Preguiça Faz Sucesso em França Segunda-feira, 13 de Setembro de 2004
“A arte e a maneira da necessidade de se fazer o menos possível na empresa” está à beira de tornar-se um “best seller”, graças ao apoio involuntário da EDF. A empresa onde a autora do livro trabalha como economista não apreciou o exercício literário e ameaçou-a de despedimento
Ana Navarro Pedro, Paris
Saído com toda a discrição nas livrarias francesas, este Verão, o livro “Bonjour paresse” (Bom-dia preguiça, em tradução literal), de Corinne Maier e editado pela Michelon, com o seu longo subtítulo “A arte e a maneira da necessidade de se fazer o menos possível na empresa”, estava predestinado a desaparecer com a mesma circunspecção no fim da estação.
Mas as vendas vão já em 15 mil exemplares, outros tantos estão ser reeditados e há uma dezena de traduções em curso (e negociações para uma versão em português). Um sucesso granjeado involuntariamente pela EDF (Electricité de France), a grande empresa pública produtora de energia onde trabalha Corinne Maier como economista.
Ameaçada de despedimento, a autora devia ter na segunda-feira da semana passada uma reunião com a direcção do grupo. Mas ao fim do dia Corinne Maier afirmava que o processo interno de sanção iniciado pelo empresa “pelo facto ter escrito ‘Bonjour paresse’, foi abandonado”. “A hierarquia não deu motivos alguns nem sobre o processo disciplinar, nem sobre o seu abandono”, acrescentaram os delegados sindicais que Corinne Maier tinha solicitado quando se viu ameaçada de despedimento. Como sublinham os jornais britânicos, que dedicam páginas inteiras ao caso, a autora nem sequer deu ao trabalho de fazer grandes esforços para salvar o seu emprego. E quando a direcção da EDF a convocou para uma primeira reunião a 17 de Agosto, Corinne Maier respondeu que estava de férias.
Economista, doutorada também em psicologia, e com 40 anos, a autora narra em “Bonjour paresse”, num tom acerbo, os jogos de poder nas empresas, o vocabulário de “management” absconso, as incompetências dos colegas, a hipocrisia dos discursos. Neste panfleto anarquista, é recomendado fazer o menos possível porque o “cretino ao seu lado vai um dia destes substitui-lo”.
A direcção da EDF não apreciou este exercício literário numa altura em que a empresa pública abre o seu capital ao sector privado. Numa carta de ameaça de despedimento, a direcção mencionou um “não respeito pelo principio de lealdade” em relação à empresa e mencionou os seguintes exemplos: “Ler o jornal em reunião de grupo, e sair das reuniões antes do fim, nomeadamente da reunião de 3 de Maio de 2003”. Estes factos “são reveladores de um aplicação individual da estratégia claramente indicada no livro ‘Bonjour paresse’, e tentam gangrenar o sistema do interior”, concluia a empresa que emprega 167 mil pessoas. Mas se Corinne Maier, se admite ter sido influenciada pelo clima no seu escritório, nega em contrapartida ter feito uma sátira da EDF, visando antes de mais as empresas do sector privado.
Gritos de alarme por trás da provocação
Descrevendo “um desencanto pronunciado” no mundo empresarial,Corinne Maier endereça o seu panfleto às pessoas que deixaram de acreditar que o trabalho é o vector da realização pessoal. “É necessário dizer que trabalhamos porque ‘gostamos do emprego’ que temos, e é um tabu dizer a verdade – que afinal se trabalha para se pagar as contas ao fim do mês”.
A autora recorre a uma forma de humor muito americano para desfiar, com cinismo, os seus preceitos: ” Você é um escravo dos tempos modernos. É inútil tentar mudar o sistema – isso só o torna mais forte (…) O trabalho que faz é inútil e você será um dia substituído um dia pelo cretino que trabalha na mesa ao lado – por isso trabalhe o menos possível e cultive uma rede de compadrios que o tornará intocável na próxima leva de despedimentos (…) Você não é julgado pelo seu mérito, mas pela sua aparência (…) Fale em linguagem tecnocrática: os outros vão pensar que você é inteligente (…) Não aceite posto de responsabilidade: vai ter de trabalhar mais, sem ganhar muito mais (…) Seja simpático com as pessoas com contratos a prazo – são as únicas que trabalham mesmo (…) Diga a si mesmo que este sistema absurdo não pode durar para sempre. Vai desabar como desabou o materialismo dialéctico do sistema comunista. Toda a questão é de saber quando”.
Mas por detrás da provocação, há gritos de alarme. Corinne Maier refere-se a um mundo em que “as pessoas que passam o cabo dos 50 anos são enviadas para o desemprego ou para os programas de pré-reforma”. Em França apenas um terço da classe etária dos 55-64 anos ainda trabalha – um “recorde do mundo”, segundo a autora. Um mundo em que as empresas repetem que o capital humano é o trunfo mais importante, mas que “tratam os empregados como lenços de papel”, a deitar quando já serviram.
“O sucesso do livro de Corinne Maier responde a um mal-estar crescente nas empresas”, escreveu o jornal de referência “le Monde”, na edição de 28 de Agosto: “Depois de se terem investido enormemente na vida profissional nos anos 1970 e 1980, empregados e quadros tomam um recuo cada vez maior com o trabalho deles”.
O “desamor à camisola” notado nos empregados não afecta apenas os franceses: é uma tendência de fundo no mundo ocidental, onde um número crescente de empregados se distancia do mundo da empresa. Numa sondagem internacional de 2003, mas feita dentro da empresa, a “Chronopost” (empresa francesa de correio rápido) que tem escritórios no mundo inteiro, só 20 por cento dos empregados com menos de 35 anos declararam “implicar-se muito ou essencialmente” na sua vida profissional. E em todas as classes etárias e todos os escalões de responsabilidade, sete pessoas em cada dez disseram que a sua relação com o trabalho “tem uma barreira – a da vida privada”.
Esta mudança de mentalidade teria começado há uns dez anos, quando a maior das empresas no mundo ocidental começaram lançar planos de despedimento, segundo o psiquiatra Patrick Légeron, dirigente do gabinete de recrutamento Stimulus: “Nos anos 1970 e 1980, pediu-se às pessoas que trabalhassem e que gostassem do trabalho delas. Mas depois veio o tempo dos despedimentos de massa, que sacrificaram até os empregados mais zelosos. A geração seguinte, que foi apanhada nos lares destroçados por estas situações, é a que menos apego tem ao mundo da empresa”.
Esta mudança psicológica vai obrigar o mundo empresarial a adaptar novos métodos de gestão, preconizam inúmeros medias franceses e britânicos, alertados pelo sucesso do livro de Corinne Maier.
Ontem voltei ao gongfu, depois de quase um ano parado. Não foi exactamente fácil sair do escritório a horas decentes para conseguir estar no treino às oito, mas acabei por conseguir.
Foi a primeira aula do ano e aprendemos logo uma lição muito importante: a diferença entre ironia e sarcasmo.
Ironia: vamos fazer um treino levezinho só para começar a época.
Sarcasmo: Aqueles de vocês que forem fraquinhos podem desistir agora.
Foi portanto um excelente treino. Levei pontapés, coisa de que já tinha muitas saudades. Dei alguns também, o que é sempre um extra aparazível. Vamos ver como é que vai ser daqui para a frente, no meu sexto ano como aluno da YMAA.
Cá estou eu no escritório novamente. Faltam dois meses e meio para entrar de férias… começa hoje o countdown.
As férias souberam bem. Não foram absolutamente excelentes, até porque morreu uma das nossas gatas e não necessariamente da maneira mais simpática.
A Amarela tinha 15 anos e nos últimos quatro meses começou a deixar de comer. A Dee nunca desistiu e tratou dela diariamente, alimentando-a à mão. De vez em quando davamos-lhe injecções de soro para impedir que se desidratasse. Mas ela foi perdendo peso e no fim era praticamente já só um esqueleto de gato com pelo. Como ia fazendo uma vida mais ou menos rotineira, apanhando sol na varanda de tarde e dormindo calmamente na cozinha de noite fomos esperando pelo inevitável.
Mas na última semana as coisas pioraram bastante: Já mal andava, não conseguia miar, já não bebia água e não conseguia chegar ao caixote. No dia 7, antes de fazer anos, a Dee levantou-se de manhã e levou-a ao veterinário. Era a única escolha, porque a gata estava claramente a entrar em sofrimento e isso… não vale a pena.
Antes pudesse ser assim com as pessoas também.
Antes disso fomos uns dias à praia, fomos um dia a Melides (ainda levámos a Amarela, que teve assim o seu último passeio ao ar livre e, acho, o seu último dia verdadeiramente confortável). Infelizmente no segundo dia em Melides choveu copiosamente, pelo que acabámos por nos vir embora antes do planeado.
Fomos ao Ikea e comprámos uma série de coisas para a casa. Nomeadamente um varão de cortinado para a banheira: finalmente livrá-mo-nos do vidro que tapava metade da nossa banheira e nem sequer abria para fora (só para dentro, o que não dá jeito nenhum). Aquela porcaria pesava uns bons 30 ou 40 kg.
Assim ficámos com cortinas na banheira, toalhas novas, tapetes novos na casa de banho e no quarto (comprámos cinco tapetes circulares, 5 euros cada um) e ainda uma prateleira na casa de banho e uma na sala, daquelas sem apoios visíveis. Emoldurámos o nosso poster do Star Wars, agora que finalmente vai sair a trilogia original em DVD :)
O tempo não esteve excelente, mas deu para uns dias na praia, coisa que há vários anos que não fazíamos.
Enfim, fez-se o que se pode, mas acima de tudo, soube muito bem não ter que ir trabalhar todos os dias :)
Como cheguei tarde da Luz, jantei tarde e fiquei um bocado a pé para digerir o jantar. Sentei-me ao HellRaiser, que me parece agora um pouco mais estável (ainda não estou 100% convencido, mas pelo menos já testei a RAM e está ok e já instalei novas drivers para o SATA) e pus-me a misturar uma das novas músicas da Dee.
É uma faixa excelente, escrita por ela, como sempre e “abonecada” por mim, como habitualmente. E é uma música que, sempre que a ouvimos, ficamos ambos a coçar a cabeça e a perguntar: mas como é que a gente fez isto?
É uma grande música. Não teria dificuldade nenhuma em colocá-la entre as minhas músicas preferidas de sempre. Mesmo.
Equalizador puxa equalizador e são três e meia da manhã. Fazer isto dá-me um gozo que nem tenho palavras para descrever. Talvez por isso mesmo seja um hobby e não o meu trabalho, porque se fosse trabalho, quase de certeza que ia odiar.
Daàque ser rico é a única coisa que valha a pena nos dias que correm. Ser rico, viver de rendimentos e passar os dias a praticar os nossos hobbies.
Acabei de ver um documentário na tv sobre uma coisa que eu não fazia ideia que existia. O nome é qualquer coisa como amputofilia e basicamente consiste no desejo incontrolável da pessoa em ser amputada. Mais incrível ainda é que as pessoas que se sentem assim, querem normalmente uma amputação muito específica, como sendo a […]
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