Publicado em , por macaco
Agora sim… depois de um processo longo, que inlcuiu a sinalização de uma casa cuja vendedora depois mudou de ideias, os meus avós são os mais recentes membros da família a habitar em Cacilhas. E mesmo no prédio dos meus sogros, quem diria.
A casa está impecável, toda arranjada com pavimento flutuante e outras coisas que agora são usuais em remodelações de casas. Está tudo perfeitinho e é um oitavo andar com uma vista fantástica tanto da frente, de onde se vê Lisboa de uma ponta à outra e uma faixa do estuário do Tejo, como do outro, onde se vê o Mar da Palha todo.
E assim, mais duas pessoas vêm morar para o “lado certo”, cliché meio foleiro lançado pela Câmara Municipal e com que brincamos ocasionalmente.
A verdade é que o sítio onde os meus avós viviam anteriormente, Queluz, tinha-se tornado, já há uns anos, uma cidade deprimente, atafulhada de prédios feios e carros nas ruas à volta da estação de combóio ou do IC19.
Já estive em diversas dessas magíficas localidades da chamada linha de Sintra e sinceramente, nada bate Almada. Excepto, evidentemente, Sintra.
Mas de Queluz à Amadora, passando pela Reboleira e por Massamá, de Algueirão-Mem-Martins (onde já vivi), ao Cacém passando pela Damaia, sinceramente, venha o diabo e escolha o pior sítio.
Muita gente tem uma ideia semelhante de Almada, que não é nenhuma cidade cosmopolita, mas que pelo menos tem largas avenidas, jardins e praças suficientes para ser uma cidade de direito próprio e não o velho dormitório de Lisboa… além de que aqui temos uma coisa que nos outros sítios não há mesmo: o rio Tejo e o passeio do Ginjal, com a água a bater ao pôr-do-sol. Imbatível.