Publicado em , por macaco
Primeiro, o PSD levou para o governo o CDS, um partido que tinha tido uma votação mínima. De um dia para o outro, pessoas que não tinham qualquer representação entre o eleitorado eram minsitros! Paulo Portas tornou-se minstro da Defesa, Bagão Félix da Segurança Social, tinhamos no poder um partido que não tinha sido eleito!
Mas como que a demonstrar que a democracia é uma coisa muito flexível, o governo de coligação entre um partido insuficientemente votado e um em quem nem a família dos candidatos votou, continuou alegremente a sua política.
Depois houveram eleições europeias e os eleitores decidiram castigar essa política. Votaram noutros partidos. O Governo, agora apresentando-se a eleições já como uma coligação foi enfaticamente derrotado. Democraticamente, o Primeiro Ministro declarou que isto era um sinal para ignorar completamente os eleitores e continuar agarrado ao seu tacho.
Mas agora surgiu um novo tacho! O nosso primeiro ministro vai ser presidente da Comissão Europeia. Vai-se embora! Então, vão haver eleições, não é?
Não, não é. Ao que parece, o PSD vai simplesmente colocar Santana Lopes como Primeiro Ministro.
Bom, constitucionalmente isto é possível, mas e a vergonha?! A vergonha!
Santana Lopes não pode ser nosso primeiro ministro!
Eu repito: Pedro Santana Lopes não pode, de maneira nenhuma, ser o nosso próximo primeiro ministro sem sequer se candidatar!