Fim do mundo

Publicado em , por macaco

Hoje sonhei com o fim do mundo. Era um dilúvio, o que é pouco original.

Mas era bonito. Chuva, ondas, água por todo o lado.
Gostei.

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Quote mode

Publicado em , por macaco

Uma das minhas passagens favoritas:

“Home,
Home again.
I like to be here, when I can.
When I come home, cold and tired
It’s good to warm my bones beside the fire.”

– Pink Floyd, “Time” do “Dark side of the Moon”

Mas é muito melhor ouvir o Dave canta-lo.

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Carta ao tio Henriques

Publicado em , por macaco

Tio,

Cá te escrevo. Como te encontras, velho pirata? Um pé na terra outro na água, a olhar em frente, como sempre?

Como sempre.

Lamento não ter nada de bom para te contar. Lamento e lamento novamente. Lamento-me. Tenho o tecto a cair, é uma chatice. Já mandei arranjar, mas nada. Já subi ao escadote e andei para lá, mas sabes que nunca fui bom nestas coisas.

Resultado: acabou por cair ainda mais por lá ter ido mexer.

Tenho tido frio e calor, alternadamente. Não tenho tido descanso, nem paz por causa da maldita goteira na casa de banho. Sabes? Aquela que uma vez me ajudaste a arranjar… está outra vez na mesma: pinga, pinga num ritmo variável, pinga e não me dá descanso. Como anseio por uma torneira que, pingando, pingue sempre na mesma cadência… algo simples, algo a que eu possa bater o pé e talvez mesmo cantar.

Tio, encontrei um saco na mata atrás do casebre. Lá no fundo, no sítio onde a terra se encontra com a estrada e depois disso, mais terra, mais árvores… encontrei lá um saco. Ainda o trouxe para casa, mas estava roto. Sei que sabes remendar estas coisas, portanto guardo-o cá em casa para quando cá vieres. Talvez até te dê jeito para levares os livros.

Sinto-me lento, tio. Sinto-me parar. Estou cansado. Tenho pensado pegar num cavalo e num cantil e ir para Norte, às terras do velho pai, para lá do Inverno e passar lá uma temporada. Fazer coisas simples, apalpar o tempo, dormir.

Sinto-me imóvel. Mais do que imóvel, imovível. Precisava se calhar que viesses até cá para falarmos um bocado. Bebíamos um copo, comíamos umas castanhas, podias vir… antes que fique mais frio, antes que caia o resto do tecto.

Volto ao trabalho agora, tio Henriques, tenho coisas para fazer. Mais logo passo no pântano e trago-te notícias de lá. Se não me afogar.

Se não me afogar, tio, escrevo-te em breve.

Teu sobrinho.

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Assassinato como possibilidade

Publicado em , por macaco

Estou desesperado.

Durante toda a semana tento deitar-me por volta da meia noite e ignorar o vizinho que tem a televisão em altos berros na TVI, às vezes até à uma da manhã. Levanto-me todos os dias às sete da manhã.

Quando chego ao fim de semana, faço tenções de dormir até mais tarde. Até às dez já seria muito bom… mas por volta das nove da manhã, às vezes oito e meia, começa-se a ouvir uns fadunchos em altos berros.

É uma irritação, a música está tão alta que é completamente impossível tentar dormir. O mais curioso é que, música assim tão alta só podia estar a vir do vizinho de cima… mas na semana passada resolvi sair para escada para me certificar e qual não foi o meu espanto quando percebi que a música vinha, na verdade, do sexto andar. Eu vivo no oitavo.

O som é tão inacreditavelmente alto que se ouve, distintamente, dois andares acima. Sabendo que normalmente o som viaja melhor para baixo, imagino o que sofrem os vizinhos do quinto e quarto andar.

Hoje a coisa foi ligeiramente diferente. Às nove da manhã começou a ouvir-se uma voz em altos berros, parecia uma missa dita em brasileiro. Ao fim de uma hora, lá se calou a voz, apenas para ser substituída pela música do costume… até já a conheço… os acordes de fado, a voz lamentosa.

Começo a ver o assassinato como uma boa possiblidade.

O que eu sei é que isto não pode continuar por muito mais tempo.

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Nem de propósito!

Publicado em , por macaco

Nem andava à procura, mas deparei com esta imagem… nem de propósito teria encontrado melhor ilustração do que queria dizer no meu post sobre este mesmo assunto.

shytole.jpg

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Hoje sonhei com o fim do mundo. Era um dilúvio, o que é pouco original. Mas era bonito. Chuva, ondas, água por todo o lado. Gostei.

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Uma das minhas passagens favoritas: “Home, Home again. I like to be here, when I can. When I come home, cold and tired It’s good to warm my bones beside the fire.” – Pink Floyd, “Time” do “Dark side of the Moon” Mas é muito melhor ouvir o Dave canta-lo.

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Carta ao tio Henriques

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Tio, Cá te escrevo. Como te encontras, velho pirata? Um pé na terra outro na água, a olhar em frente, como sempre? Como sempre. Lamento não ter nada de bom para te contar. Lamento e lamento novamente. Lamento-me. Tenho o tecto a cair, é uma chatice. Já mandei arranjar, mas nada. Já subi ao escadote […]

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Assassinato como possibilidade

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Estou desesperado. Durante toda a semana tento deitar-me por volta da meia noite e ignorar o vizinho que tem a televisão em altos berros na TVI, às vezes até à uma da manhã. Levanto-me todos os dias às sete da manhã. Quando chego ao fim de semana, faço tenções de dormir até mais tarde. Até […]

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Nem de propósito!

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Nem andava à procura, mas deparei com esta imagem… nem de propósito teria encontrado melhor ilustração do que queria dizer no meu post sobre este mesmo assunto.

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