O Fehér

Publicado em , por macaco

No dia 25 estava sentado em casa dos meus pais, a ver o Benfica sofrer frente ao Guimarães para tentar não se afundar ainda mais na tabela… enfim, daquelas coisas.

Tinha acabado de ser golo e o jogo estava quase a acabar, as coisas corriam tão bem quanto podiam estar a correr num jogo mau e desinteressante, ainda por cima à chuva, num campo nojento, coberto de lama.

E então, depois de um cartão amarelo patético, apanágio dos árbitros portugueses, o Fehér, dobrou-se para a frente, na sala alguém disse “belo rabo, hein” e depois ele caiu para trás, morto. Ficámos todos mais ou menos aparvalhados.

Todos os dias morrem pessoas, é um facto. Pessoas jovens ou idosas, adultos e crianças, mulheres e homens, mas por qualquer razão, toda aquela cena me deixou um bocado chocado com reacções que não sei bem explicar.

Nos dias que se seguiram, a comunicação social portuguesa explorou ao máximo o acontecimento para seu benefício próprio, tentando fazer os possíveis e impossíveis para ganhar dinheiro com a morte. Todos os directores de informação das televisões e os directores de jornais por esse Portugal fora deve estar entusiasmadíssimos com os lucros que a morte do Fehér lhes deu.

Há limites, acho eu. E mais uma vez – se bem que sem grande surpresa, diga-se – eles foram largamente ultrapassados.

Quanto ao Húngaro, que morreu em campo, em Guimarães, aos 24 anos: acabram-se-lhe as preocupações, a morte é para os vivos.

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Lista actualizada de coisas que não suporto

Publicado em , por macaco

Só para não esquecer:

1 – A utilização da palavra “galáctico” para descrever algo de fantástico e/ou famoso, noramalmente jogadores de futebol.

2 – As botas e sapatos de mulher que terminam em bico, tipo-palhaço

3 – A mania da pedofilia (enough said).

4 – Pessoas que vestem t-shirts ao assento do carro e põem lencinhos no encosto de cabeça

5 – Pessoas que abrem o chapéu de chuva em pequenos percursos com muita gente, como do terminal até ao cacilheiro.

6 – Pessoas que andam com fitinhas sem nada pendurado, à volta do pescoço. Ou mesmo as que penduram a chave do carro, ou a chave de casa… que espécie de joalharia decorativa é aquela? A que ponto chegou a nossa civilização que, por causa de uma moda, vemos homens adultos a passear-se com a chave do carro pendurada ao pescoço como se isso fosse normal?

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When I’m 64

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Entre o Verão e o Inverno de 2003, perdi cerca de 7 kg.

Quando fiz 30 anos, em Junho, pesava 74 kg., que era o máximo que já tinha pesado. No final do ano tinha mais ou menos estabilizado nos 67 kg.

Ontem à noite pesei-me, coisa que já não fazia há muito tempo e estou com 65 kg. Já não falta muito para os 64…

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Mais duas coisas que não suporto

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Aqui vão mais duas coisas que não suporto para a lista:

1 – Pessoas que vestem os bancos do carro. Há três tipos distintos: o primeiro simplesmente cobre o assento com uma cobertura fabricada para o efeito e não se encaixam muito bem no grupo de pessoas que vestem os bancos do carro, porque na verdade trata-se apenas de cobrir os ditos para os proteger, enfim… talvez seja comparável às pessoas que cobrem os sofás com plástico.

O segundo e terceiro tipo são aqueles que verdadeiramente são insuportáveis: uns vestem os assentos do carro com t-shirts e os outros põe-lhes lencinhos na “cabeça”.

É tão “giro” (sarcasmo, sarcasmo). Todos os dias passo por um carro que tem uma tshirt vestida em cada banco e por um outro que em ambos os encostos de cabeça tem pequenas e coloridas bandanas.

O que se seguirá? Gravatas no espelho retrovisor? E que tal uma meia em cada pedal? Vestir os bancos dos automóveis com roupinhas é errado e devia ser considerado crime contra a humanidade.

2 – Pessoas que abrem o chapéu de chuva no meio de grandes grupos para pequenos trajectos sob chuviscos insignificantes.

Assiste-se com frequência a este comportamento nos transportes públicos, por exemplo. Quando toda a gente tem que esperar que toda a gente abra o chapeuzinho de chuva para ir da paragem ao autocarro, ou do terminal ao cacilheiro. E depois não se consegue andar porque todos chocam uns com os outros e varetas passam perigosamente perto de olhos. Apetece trazer um megafone e gritar “fechem essa porra, é só chuva carago! se andassem depressa já tinha passado!”

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Que se passa com os macacos?

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Durante uns dias o Macacos sem galho esteve inacessível via www.macacos.com. Só quem conhecia o url gridpoint.maquina.com/~solo/ é que conseguia aceder.

A coisa já me parecia estranha, porque os outros domínios que estão no mesmo DNS estavam a funcionar. Até que um belo dia se fez luz (coisa rara). Tinha deixado expirar o domínio. Mas já está tudo normal outra vez, pelo menos até 2007.

Bem vindos de volta a este antro de perdição.

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No dia 25 estava sentado em casa dos meus pais, a ver o Benfica sofrer frente ao Guimarães para tentar não se afundar ainda mais na tabela… enfim, daquelas coisas. Tinha acabado de ser golo e o jogo estava quase a acabar, as coisas corriam tão bem quanto podiam estar a correr num jogo mau […]

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Mais duas coisas que não suporto

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