Temporary insanity

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Este site está a sofrer de insanidade temporária. Não se preocupem, é possí­vel que tudo volte a ficar como estava.

Ou… não.

[tags]insanidade,temporária[/tags]

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A maravilha da imprensa

Publicado em , por macaco

Há uma coisa que me fascina nas paragonas, essa maravilha que nos é trazida pela imprensa e que muitas vezes nos diverte.

É o caso de um título que acabei de ler no diário digital. Se arrancarmos o título do resto do artigo (o que muitas vezes acontece quando passamos os olhos pelas primeiras páginas), somos confrontados com isto:

“Portugal vai legalizar brasileiros”

Do que apenas se pode concluír que os brasileiros são, actualmente, ilegais.
O Brasil é o maior país da América do Sul, como todos sabemos e descobre-se afinal que tudo não passa de uma gigantesca ilegalidade!!

Mas não há problema, porque Portugal vai, ao que parece, legalizar essa malta toda. Ser brasileiro vai passar a ser legal.

Mas ficará para sempre a dúvida: será legal ser-se paraguaio??

Se dermos uma vista de olhos no Público poderemos ler:

“Lula Chegou Ontem a Portugal”

O que me parece um inacreditável desperdício de recursos jornalísticos. Honras de primeira página para a notícia da chegada de uma lula a Portugal?

O que se passa com o jornalismo no nosso país? Que se seguirá? Todas as solhas, taínhas e carapaus terão honras de primeira página ao passar a barra do Tejo? Parece-me inadmissível.

Enfim, coisas de jornais.

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Mais um FRO

Publicado em , por macaco

Cheguei hoje de dois dias em Melides, uma curta comemoração do nosso quinto aniversário de casamento. Vim dar uma vista de olhos ao Macacos e dei com montes de comentários novos. Antes de mais nada obrigado a todos os que mandaram parabéns. Quanto ao seven year itch, bom, é verdade que não estamos casados ainda há sete anos, mas no total, esta aventura já vai com 14 :-)

E depois deparei também com um comentário no meu dicionário de Fumadores de um FRO, sim, um Fumador Revolucionário Oprimido. Eu sou um fascista opressor no meu site, como acho que todos devemos ser (cada um no seu), já não é a primeira vez que apago simplesmente comentários de pessoas que acho que não merecem atenção. Mas este comentário não era ofensivo, pelo que não me pareceu que merecesse meter o meu boné de general e carregar no delete.

Acho que há certas coisas que são discutíveis, outras nem por isso. Por exemplo, acho discutível que os países tenham espingardas para se defender… há quem possa achar bem, quem possa achar mal. Não acho discutível que alguns países tenham armas nucleares e que um país tenha armas nucleares suficientes para destruir o planeta inteiro. Não é discutível: é errado e ponto final e todos sabemos isso.

É assim com este problema premente que é o fumador. Por muito que os fumadores queiram que seja discutível se é ou não boa educação fumar ao lado de pessoas que estão a comer, não é. É má educação. É desagradável e, tendo as pessoas um mínimo de civismo, não devia acontecer.

Mas analisemos o comentario deste senhor de assinatura anónima e e-mail duvidoso:

“Pois…”

-> Pois… começa. Uma introdução poética e pensativa.

“Esperava que o dicionário fosse algo diferente.”

-> Pois, caro amigo, daqui não vale a pena esperar nada. Quem lhe disse que devia esperar alguma coisa? Pagou bilhete? Se é grátis não leve expectativas elevadas. Melhor será que imagine logo que só pode ser uma porcaria, depois talvez se surpreenda. Mas regra geral…

“Afinal trata-se do manifesto do não fumador intolerante e provocador que se pudesse incenerava todos os fumadores envolvidos numa conveniente mortalha.”

-> Primeiro que tudo, não é um manifesto, é um dicionário. Bom, enfim, não é lá grande coisa como dicionário, mas que não é um manifesto tenho a certeza.
Provocador sou de certeza, e o caro amigo é disso prova inegável: eu provoquei, o sr. sentiu-se provocado e respondeu. Bravo, cumpriu o propósito que me move, aparentemente.
Quanto ao resto posso-lhe dizer que os meus pais fumam, assim como os meus tios, por exemplo, o meu cunhado fuma o ocasional cigarro e tenho alguns amigos que prezo bastante e que são também fumadores. Sinceramente não teria qualquer prazer em vê-los queimados vivos. Que falta de gosto, sinceramente, dizer dessa maneira que me imagina pegando fogo à família e amigos!

“Sou fumador e tenciono continuar a ser, e cada vez que tropeço nestes discusos, ganho alergias.”

-> Para alergias aconselho-lhe Zyrtec. Comigo funciona lindamente.

“Permite-me que fale de algumas delas…”

-> Quem sou eu para o impedir? Se não fosse este seu discurso não me estaria a divertir tanto neste sábado à noite.

“Sou alergico à diarreia mental,”

-> Ah, sobre diarreia mental nada sei. Mas sobre diarreia sei bastante, infelizmente. Recuperei há pouco tempo, muito graças ao Imodium, mas deixe-me que lhe diga: três imodiums e agora sofro do problema oposto. Enfim, coisas…

“ao absolutismo,”

-> O Senhor não sabe o que quer dizer absolutismo, pois não?

“à caça aos fumadores importada dos states.”

->Meu caro, não preciso de importar nada dos states. Ainda por cima importar coisas dos states sai caríssimo, sabia que paga IVA na alfândega, fora tarifas extrarodinárias por importações não declaradas? De qualquer maneira acho que já tenho idade para ter as mihas próprias ideias, já não as compro nem peço emprestadas. Faço-as eu mesmo, dentro da minha cabeça, sabe como é? E não vejo que haja mal nenhum em discutir certas ideias comigo próprio em voz alta!
Não compreendo para quê tanta medicação!

“Sou até alergico à feijoada que causa gases dos quais pouco se queixam…

-> Bom, não me parece que seja hábito comum ventilar tais gases em público. Portanto está com esta pequena gracinha a sublinhar como tenho razão. Lá está, é como digo: há coisas que não são discutíveis. O caro amigo se calhar não hesita em fumar uma boa cigarrada ao balcão do seu café de esquina, mas se calhar não solta uma sonora descarga intestinal quando a D. Alice lhe passa a bica para as mãos.
Se o fizesse, mesmo que por acidente, provavelmente nunca mais voltava àquele café.

“Cada vez mais cercam os formadores.”

-> Meu amigo, eu não cerco ninguém! Pois eu sou só um! Compreenda que um cerco é formado por diversas pessoas trabalhando em conjunto e eu não tenho ninguém que me ajude a formar um cerco. Se calhar devia arranjar voluntários…

“Defendo o direito do não-fumador a não ingerir o fumo dos outros. Cada maço custa 400 paus!!! Porque é que só os fumadores é que pagam?”

-> Não compreendo, seria uma graçola? Mas olhe, se calhar é boa ideia. Da próxima vez que vir pessoas a ingerir o seu fumo afaste-se, fume tudo sozinho a um canto, diabos! Realmente 400 paus o maço é tramado. Não querem lá ver os biltres!

“Defendo o direito do fumador a não inspirar o fumo dos outros, porque não gastar oxigénio para outro lado?”

-> Ah! Lá vem a velha marca do bom FRO: estão mal, mudem-se. É a velha máxima de todos os fumadores doentios e inveterados. Se eu for a um restaurante jantar e o caro amigo estiver na mesa ao lado a fumar, o melhor será que eu me vá embora. Porque um cigarro não pode ser fumado ao ar livre, pois não? Não, tem que ser fumado em restaurantes, cafés, elevadores, cinemas e locais de espectáculo, até mesmo em casa das pessoas.
Ainda recentemente, durante um dia de montagem de armários cá em casa, os carpinteiros não tiveram problemas nenhuns em passar a tarde com o cigarrinho ao canto da boca em MINHA casa, sem sequer perguntar nada. Afinal agora vejo a luz, caro amigo: abriu-me os olhos. Devia ter-me ido embora para deixar os fulanos fumar em paz.

“defendo o direito dos fumadores a mijarem na bica depois das refeições. Compreende-se que quem não fuma tenha outros vícios. ”

-> A sua veia cómica, veja lá, tenha cuidado com as tromboses.

“Defender os nossos direitos não passa por atacar os dos restantes.”

-> E mais uma marca do FRO. Os direitos e liberdades. O direitos e liberdades DELES, porque os dos outros já não interessam. Eu não ataco os direitos de ninguém. As pessoas têm direito a fazer o que quiserem e lhes for permitido pela lei do pais em que vivem. Acho mesmo que até há algumas leis demasiado opressivas. O que eu defendo é que cada pessoa deve ter a capaciadde de não só pensar em SI e no SEU cigarrinho, mas também nos que os rodeiam e convivem à sua volta. Afinal, não é mais do que aquilo que as nossas mães e avós nos ensinaram.
Tudo depende do contexto, da situação e do civismo de cada um. Sinceramente não sei porque raio estou a dizer isto… quase não faz sentido, de óbvio que é.
Não quero impedir ninguém de fumar tabaco, aliás: fumem tabaco, marijuana, crack… o que quiserem. E injectem-se, tomem pastilhas, bebam, ingiram o que quiserem. Acho que cada um… pffffft, estejam à vontade.

E mais: há muitos fumadores que percebem o objectivo do meu dicionário e lhe acham piada. São a chamadas pessoas “com sentido de humor”.

“Tenham bom senso.”

-> Isso, meu caro senhor, como dizem os ingleses… after you…

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Cinco

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Hoje eu e a Dee fazemos cinco anos de casados.

E má nada.

[tags]aniversário,casamento[/tags]

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The White Stripes

Publicado em , por macaco

Já há umas duas semanas que comprei este disco, mas não aguentava mais sem escrever qualquer coisa sobre ele.

Chama-se “Elephant” e é dos White Stripes. A faixa de abertura, “Seven Nation Army”, passa ocasionalmente na MCM (na MTV nem vê-lo, imagino…) e já me tinha chamado a atenção há algum tempo.

A banda consiste de Jack White, guitarra, voz e piano e Meg White, bateria e voz. E pouco mais diga-se, exceptuando a voz de mais um ou dois amigos numa ou outra faixa. Isto é rock’n’roll!

E do mais puro, acrescente-se. No livrete do CD podemos ler: “All songs on this record recorded to eight track reel to reel at Toe-Rag Studios, Hackney, London, England(…)”

Reel to reel!! E um pouco mais í  frente acrescenta-se: “No computers were used during the writing, recording, mixing or mastering of this record”. A ideia é voltar ao básico fugindo ao excesso de digitalismo que grassa na música hoje em dia. Claro que a afirmação é tão ou mais croma do que se tivessem usado só e apenas computadores para fazer todo o disco. Mas é a atitude que conta e a música é tão boa que sinceramente quase não faz diferença como foi gravada (embora a simplicidade do som contribua para o feel do album).

O disco é uma sinfonia de guitarra eléctrica, batidas simples e a voz aguda e esforçada do Jack White (não há baixo? parece que não, embora tenha algumas dúvidas nalgumas músicas – confirmação posterior: não há baixo, o Jack White usa um Digitech Whammy para descer o som da guitarra uma oitava e tocar a linha de baixo do Seven Nation Army). Às vezes parece os Stones, í s vezes não. O Jack White í s vezes parece o Lennon, í s vezes não. É uma coisa simples e bonita, daquelas que nunca cansa, que podemos ouvir no repeat uma tarde inteira e tocar air-guitar em todas as faixas.

E mais uma particularidade: ambos os membros da banda são muito pálidos e têm o cabelo preto. São assim também as capas dos discos, com a adição do vermelho. Isto é… todas as capas deles são pretas, vermelhas e brancas. Se apanharem o ví­deo na tv vão notar que o mesmo se passa aí­: vermelho, preto e branco são as únicas cores do clip.

São discos como este que me fazem de vez enquando comprar qualquer coisa por puro impulso, arriscando-me que seja uma grande porcaria.

Resta-me agora gastar o “Elephant” e depois tentar encontrar í  venda (talvez, quem sabe?), o “The White Stripes”, o “De Stijl” (tí­tulo que talvez ajude a explicar a estética da banda), e o “White Blood Cells”.

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