Publicado em , por macaco
Já há umas duas semanas que comprei este disco, mas não aguentava mais sem escrever qualquer coisa sobre ele.
Chama-se “Elephant” e é dos White Stripes. A faixa de abertura, “Seven Nation Army”, passa ocasionalmente na MCM (na MTV nem vê-lo, imagino…) e já me tinha chamado a atenção há algum tempo.
A banda consiste de Jack White, guitarra, voz e piano e Meg White, bateria e voz. E pouco mais diga-se, exceptuando a voz de mais um ou dois amigos numa ou outra faixa. Isto é rock’n’roll!
E do mais puro, acrescente-se. No livrete do CD podemos ler: “All songs on this record recorded to eight track reel to reel at Toe-Rag Studios, Hackney, London, England(…)”
Reel to reel!! E um pouco mais í frente acrescenta-se: “No computers were used during the writing, recording, mixing or mastering of this record”. A ideia é voltar ao básico fugindo ao excesso de digitalismo que grassa na música hoje em dia. Claro que a afirmação é tão ou mais croma do que se tivessem usado só e apenas computadores para fazer todo o disco. Mas é a atitude que conta e a música é tão boa que sinceramente quase não faz diferença como foi gravada (embora a simplicidade do som contribua para o feel do album).
O disco é uma sinfonia de guitarra eléctrica, batidas simples e a voz aguda e esforçada do Jack White (não há baixo? parece que não, embora tenha algumas dúvidas nalgumas músicas – confirmação posterior: não há baixo, o Jack White usa um Digitech Whammy para descer o som da guitarra uma oitava e tocar a linha de baixo do Seven Nation Army). Às vezes parece os Stones, í s vezes não. O Jack White í s vezes parece o Lennon, í s vezes não. É uma coisa simples e bonita, daquelas que nunca cansa, que podemos ouvir no repeat uma tarde inteira e tocar air-guitar em todas as faixas.
E mais uma particularidade: ambos os membros da banda são muito pálidos e têm o cabelo preto. São assim também as capas dos discos, com a adição do vermelho. Isto é… todas as capas deles são pretas, vermelhas e brancas. Se apanharem o vídeo na tv vão notar que o mesmo se passa aí: vermelho, preto e branco são as únicas cores do clip.
São discos como este que me fazem de vez enquando comprar qualquer coisa por puro impulso, arriscando-me que seja uma grande porcaria.
Resta-me agora gastar o “Elephant” e depois tentar encontrar í venda (talvez, quem sabe?), o “The White Stripes”, o “De Stijl” (título que talvez ajude a explicar a estética da banda), e o “White Blood Cells”.