NíO SE ESCREVE “TUNNING” ESCREVE-SE “TUNING”!!!!!!!!
Não aguento mais, ver todos os cromos dos carros artilhados, não bastar terem pénis pequenos e precisarem de compensar com todas as suas modificações automóveis mas ainda por cima chamarem à actividade “tunning” com dois “n”. “Tuning” só leva um “N”, só UM, não é por ser uma palavra inglesa que de repente passa a precisar de dois.
Há determinadas experiências reservadas para determinadas pessoas. Há algumas, que não são para toda a gente e outras que simplesmente são inacessíveis à maioria.
Muita gente nunca escalará uma montanha, muitos outros nunca saberão o que é cantar para 10 ou 20 mil pessoas, poucos saberão como é deslocar-se a mach 3, por exemplo.
Mas depois há outras experiências, que estão ao alcance de qualquer um, mas que nem todas as pessoas estão preparadas para compreender. Assim, a experiência do hiper está perfeitamente ao meu alcance, mas eu não a consigo compreender, por mais que me esforce.
Já estou um pouco melhor, mas longe da unidade espiritual com a grande superfície, necessária à absorção total da experiência de vida que tem para oferecer.
Por infortúnio, hoje precisei de fazer algumas compras no Jumbo de Almada. Poucas coisas, mas eram coisas necessárias, pelo menos para mim. Na verdade foram mesmo apenas onze items: uma embalagem de fiambre, duas de queijo, uma de panrico, dois sacos de scones, duas latas de ananás, um frasco de shampoo e o fatal último item “não me lembro”. Há sempre um último item que parece óbvio, mas que nunca nos lembramos… era… “aquilo”, ou mesmo “tu sabes”.
Mas trouxe. Seja lá o que for.
Mas com que dificuldade!!
A primeira aventura foi tirar um carrinho. Lá estava eu com uma chapinha de plástico, oferecida pela Telepizza há uns meses atrás, suspeito. E lá estavam mais 12 pessoas, à volta dos carrinhos.
Dessas 12, só quatro queriam de facto um carrinho, as outras estavam a acompanhar, mas não se afastavam da zona dos carrinhos, tornando a tarefa de tirar um, quase impossível.
Depois de duas pessoas terem tirado o carrinho e, consequentemente, levado atrás de si parte do clã, seguiu-se a infalível senhora do porta-moedas. É aquela senhora, que prefere chegar-se ao carrinho e por uma das suas patas no dito antes de ter uma moedinha à disposição para deslocar o veículo da sua prisão. Esta senhora coloca-se de frente para os carrinhos, impossibilitando que outras pessoas lhes acedam, porque afinal, ela “estava ali primeiro”. E só depois, vagarosamente – acrescente-se – tira o porta-moedas da sua mala, procede à operação de vasculhamento numismático, após o que produz uma moeda, que não é adequada à libertação da grilheta do pobre deslocador de compras.
Alguns minutos depois, a senhora consegue finalmente uma moeda que serve, introduz a dita na ranhura adequada e solta a corrente. O carrinho está livre!
…ou… estará?!
Ainda não está, porque a senhora ainda vai fechar o porta-moedas e voltar a colocá-lo na malinha que terá que fechar antes de realmente puxar o carrinho para fora e deixar que o cliente seguinte se sirva do seu próprio cesto de compras sobre rodas.
Magnífico! No fim desta pequena actuação da senhora do porta-moedas eu já começava a ver os vídeos de tchetchenos a cortar vagarosamente a garganta a soldados russos com outros olhos completamente.
Depois de já ter o meu próprio carrinho de compras, deixei para trás o “violentador de carrinhos”, aquele senhor que em vez de ter jeitinho e calma a soltar o seu carrinho, praticamente o desfaz a pontapé ao mínimo sinal de este ter ficado preso.
O Jumbo estava tão absolutamente cheio de pessoas que a única solução que me pareceu viável para adquirir os meus onze items foi estacionar o carrinho junto às bebidas alcóolicas, onde achei que ficava bem acompanhado e partir, solitariamente, em busca dos ditos produtos.
Mas que dificuldade iria encontrar, mesmo assim! Mesmo desprovido de carrinho, a minha deslocação por entre as prateleiras de mantimentos revelou-se, na melhor das hipóteses, complicada. Movendo-se a passo de caracol, famílias inteiras percorriam os corredores num estupor morto-vivo, quais zombies das compras, sem destino e no entanto, inexplicavelmente, com um propósito indestrutível.
Era o caos! Não seria difícil ficar-se shell shocked, balbuciando algo incompreensível junto aos queijos curados, enquanto hordas de seres hipnotizados passavam por nós distraidamente.
Junto aos enlatados uma senhora quis ananás e teve que pedir a uma comitiva que ali havia reunido para que se afastasse, ao que dez pessoas e dois carrinhos tiveram que fazer complicadas manobras para permitir que a senhora obtivesse o seu fruto enlatado. Eu, de longe, topando a jogada, aproximei-me, para aproveitar a aberta, mas qual não foi o meu espanto quando a comitiva já referida voltou a formar às posições anteriores! Eu não queria acreditar… Voltaram a ocupar os mesmos locais, um a um, movendo-se como num ballet macabro, vedando novamente o acesso a toda a secção de frutos enlatados.
Já com os meus onze items no carrinho, após uma operação que concerteza me daria uma qualquer medalha de mérito, fosse eu membro dos SAS, ao serviço de sua majestade, parti com o meu carrinho em busca de uma caixa. Mas, por Zeus! as voltas que eu ainda tive que dar, apenas para conseguir chegar da trás, à frente da loja… ou à frente-loja, para ser mais exacto no meu vernáculo de supermercado.
Foi difícil, mas consegui e para coroar a minha operação de êxito, recebi como prémio, uma caixa expresso para 15 unidades, completamente só para mim.
Na sequência e respondendo a um dos comentários ao tópico “odeio palhaços”: sim, eu também odeio mimos.
Sou uma daquelas pessoas que não consegue compreender de forma alguma como é que a TMN conseguiu basear toda a sua estratégia de marketing num mimo, as criaturas mais desprezíveis e merecedoras de porrada que existem.
O que mais me espanta é verificar que a verdade é que MUITA gente odeia mimos, assim como MUITA gente odeia palhaços!
É incrível que nos dias que correm alguém ainda queira ser mimo ou palhaço ou, enfim, de certa forma, ambas as coisas. Porque quando se é um, é-se, basicamente, o outro.
Os mimos são irritantes e os palhaços são malevolos! Como livrar o mundo destas pestes?
NíO SE ESCREVE “TUNNING” ESCREVE-SE “TUNING”!!!!!!!! Não aguento mais, ver todos os cromos dos carros artilhados, não bastar terem pénis pequenos e precisarem de compensar com todas as suas modificações automóveis mas ainda por cima chamarem à actividade “tunning” com dois “n”. “Tuning” só leva um “N”, só UM, não é por ser uma palavra […]
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Ainda não sei grande coisa sobre esta banda, só sei que é um prazer descobrir música desta, uma voz especial e um som envolvente. Infelizmente, como já aconteceu com os Queen Adreena, não encontro um único CD dos Esthero à venda em Portugal. Aconselho a tentarem downloadar pelo menos o “Heaven sent”. O Álbum chama-se […]