Publicado em , por macaco
Levantar às sete da manhã, para mim, é o equivalente às piores torturas psicológicas aplicadas pela CIA nos quartos escuros de um qualquer edifício não identificado no Utah.
Não sei bem porquê. Se me levantar às oito, ou às seis, já não me faz tanta diferença, mas entre as sete e as oito, a coisa é dolorosa.
Foi, portanto, com alguma dificuldade que me levantei hoje para as primeiras seis horas do seminário de Taiji Ball, ministrado pelo Mestre Yang, Jwing-Ming.
O Taiji Ball é um exercício, uma forma de Qigong, especialmente praticada na China pelos diversos estilos de artes marciais. É feito com uma bola, precisamente.
Normalmente a bola é de madeira, ou mesmo de pedra. Os principiantes devem começar sem bola e foi o que nós fizemos. Depios, passámos para as nossas bolas de plástico, compradas no super-mercado para o efeito.
Isto porque começar com uma bola pesada é potencialmente perigoso e originador de lesões.
O treino é muito simples, mas também muito profundo e muito difícil. Eu disse “simples” e não “fácil”.
Não é fácil, embora possa parecer.
No intervalo do estágio fui com o Tritão e o Cunhado a casa deste, onde jogámos um bocadinho de PS2 e, na generalidade, tentámos não adormecer.
Seguiram-se mais três horas de Taiji Ball e um regresso razoavelmente apressado a casa para terminar os cinco desenhos que ainda me faltavam para terminar as 50 inlustrações + capa do terceiro livro do Artur, a sair em finais de Abril. Consegui acabar os desenhos.
Agora, quase meia noite, preparo-me mentalmente para ter que acordar amanhã novamente à hora que mais detesto, para mais Taiji Ball.
Estou a ficar extremamente cansado. Com gongfu na terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo, mais trabalho e uma ida e volta a Elvas e ainda com uma ida à oficina na segunda bem pela fresca e uma reunião no Tagus Park na terça de manhã, não entrevejo a possibilidade de dormir um bocadinho para compensar, tão cedo.