Publicado em , por macaco
Ontem foi “carnaval”. Desconheço a origem, mas detesto. Embora me agrade a ideia de ainda existirem festas pagãs, se bem que não sejam consideradas feriados nacionais, obviamente, como as religiosas.
Odeio o carnaval. Não garanto que sempre tenha odiado, lembro-me de gostar de serpentinas e papelinhos… mas também nunca o carnaval esteve tão decadente como está agora.
Ontem ao fim da tarde resolvemos ir dar uma volta e esquecemo-nos que dia era. Acabámos a descer uma das avenidas principais de Almada, com trânsito cortado por causa de uma gigantesca feira de patetas. Roulottes de bifanas e churros por todo o lado, palhaços, literalmente, passeando-se rua acima-rua abaixo e putos mascarados de ninjas por todo o lado (mas porquê ninjas? cheira-me que os bazares dos chineses introduziram qualquer coisa neste departamento).
Em altos berros, de um palco no meio da rua, música… espanhola.
Ao fim e ao cabo, sendo suposto, de certa forma, as pessoas libertarem-se das regras do dia-a-dia no carnaval, ei-las todas no mesmo sítio, a fazer as mesmas coisas, dentro das mesmas fantasias compradas no toys’r’us ou nas lojas dos chineses.
No meio daquilo todo, eu e a Dee, vestidos “normalmente” a dar uma volta, eramos os estranhos.
Sobretudo, detesto estar rodeado por tanta gente… faz-me pensar em M4s com mira telescópica.