Fui de manhã ter com o Cunhado í Máquina, onde ele já tinha montado o computador da Dee. Eu tenho uma longa história de problemas com computadores e já começo a encaixar na teoria de que as pessoas influenciam positiva ou negativamente os computadores. Portanto o Cunhado montou o computador antes que eu chegasse para que nada corresse mal :)
Partimos para Setúbal no VW do Cunhado, que é uma maravilha, um Polo, e que me faz ter pena do me Punto.
O dia foi bastante produtivo, o Cunhado pí´s o sistema de backup em Dat do Masmas a funcionar e o fax também, além de ter resolvido alguns problemas com mail relay. Já temos, portanto, fax, no 265 548 018.
Viemos embora relativamente cedo e combinámos ir ao Gongfu amanhã.
Hoje foi o segundo (e último) dia do estágio de Qigong com o Mestre Yang. Tivemos hora e meia de teoria de manhã e depois passámos para o ginásio, onde fomos fazer alguns exercícios de Qigong.
A parte mais estranha destas aulas é quando começamos experimentar coisas que nos parecem incríveis, através dos exercícios mais simples do mundo. Não nos sentamos em posição de lótus, torcendo a cabeça para trás com os braços entrelaçados, não nos colocamos de pernas para o ar, nem pomos pernas atrás dos ombros.
São coisas infinitamente mais simples e quando pensamos para nós próprios “qi, o raio… qual qi, qual quê”, sentimos qualquer coisa estranha. Parece que o nosso próprio corpo não participa do nosso cépticismo. Senti-me muito bem.
Aprendemos muitas coisas hoje. Coisas diferentes das que aprendemos ontem, mas muito interessantes também. Fiquei a perceber que o corpo pode ser regulado das maneiras mais estupidamente simples do mundo, como abanar os braços para trás a e para a frente, todos os dias, durante vinte minutos, ou ficar numa determinada postura durante cinco minutos.
Também percebi que meditar é uma coisa complexa e difícil. Obviamente, como ocidental, tinha outra ideia, uma que acho que anda muito para aí, como é fácil chegar ali, sentar numa determinada posição, dizer “om” durante duas horas… não dá, não pode ser assim. Como o Mestre explicou, os primeiros tempos de meditação, a tal regulação da respiração, em que não fazemos mais nada que não tentar regular e aprofundar os nossos ciclos respiratórios, é uma altura de limpeza, de recordação e conciliação. Uma espécie de terapia. Pode levar seis meses, pode levar um ano, dois ou três. Não interessa, o processo da meditação é tão longo e difícil que praticamente não serve para pessoas que vivem no nosso mundo, que esperam que a meditação lhes seja entregue num pacote, por exemplo, numa cassete, ou num site, como eu já fiz. Fiquei a perceber como isso é ridículo.
Nada como aprender qualquer coisa.
Este pequeno curso também sublinhou uma ideia que já tinha há algum tempo e que, curiosamente, o Cunhado também adquiriu agora: há por aí muita porcaria, muitas escolas da treta, muitos gurus de plástico, marca registada, made in “fui uma vez í índia e sei tudo sobre o nirvana”.
Bom, acabado o estágio viemos embora e eu fui com a Dee para casa dos meus pais. O meu pai faz hoje anos, eeeeeeh happy birthday. Saímos para jantar no chinês e eu senti-me estupidamente mal disposto… a minha mãe acabou por ter que ir comigo a casa, dar-me um Motilium, bendito medicamento. Voltámos para o restaurante e eu senti-me melhor e ainda jantei.
Regressámos a casa dos meus pais, estivemos um bocado, demos as prendas ao meu pai e conversámos. Depois, casa, ainda fui acabar umas ilustrações e depois, dormir.
Primeiro dia do estágio, ou seminário, como lhe quisermos chamar, sobre Meditação e Taiji Qigong, com o Mestre Yang, Jwing-Ming, fundador da Yang’s Martial Arts Association, a escola internacional de artes marciais chinesas que frequento.
Depois da festa de ontem, foi um pouco complicado levantar í s sete da manhã hoje. A manhã constou de três horas de teoria sobre meditação. Começámos í s nove.
As coisas que ouvimos foram todas um pouco incríveis. No entanto, a maneira como o Mestre Yang expõe as teorias antigas, juntamente com factos científicos modernos ou com as suas próprias teorias, faz com que nunca seja completamente possível pensarmos que estamos a ouvir um qualquer hocus pocus esotérico sem sentido.
Não, as coisas fazem sentido. E bastante. A aula deu-nos, no mínimo, muito em que pensar.
Saímos por volta do meio-dia e fomos acordar a Dee, que ficou com ar de muito poucos amigos, porque não estava nada í espera que nós aparecessemos. Saímos rapidamente para almoçar no chinês (que apropriado) e depois voltámos e jogámos um bocado de Team Arena. Isto porque o seminário só recomeçava í s quatro da tarde.
Partimos novamente para o Feijó, onde fica o complexo municipal dos desportos. A segunda parte constou de mais três horas de teoria. Desta vez sobre a pequena circulação. Esitvemos a aprender como podemos circular o nosso Qi pelo vaso da concepção (pela frente do corpo) e pelo vaso da governação (pelas costas), de maneira a aumentar a largura de banda desses dois vasos para podermos circular mais Qi. Melhor, como podemos circular o Qi mais depressa, para que um ciclo da pequena circulação, que acontece normalmente a cada 24 horas, aconteça apenas num ciclo de inspiração/expiração. Confusos? Nós também.
A certa altura começa a ser cada vez mais complicado seguir as teorias do Qigong. Bom, se o nosso corpo funciona a electricidade, então essa electricidade tem que circular. Chamamos qi a essa electricidade (lê-se tchi) e basicamente o que estamos a tentar compreender é que é possível saber por onde está a circular e alterar essa circulação, através da regulação. Regular a respiração, regular o corpo, regular a mente, regular o qi, regular o espírito.
Isto é muito complicado de explicar. Por isso alguns são Mestres e outros, como eu, estão sentados a tentar perceber e encaixar todas estas ideias. Aliás, nem me sinto muito í vontade a falar do assunto, ou a escrever sobre o assunto, porque já sei o que parece a pessoas de fora… parece que a seguir vou sacar dos cristais mágicos ou da bola de cristal e começar a recitar cânticos a esfregar ervas na cabeça para que o meu magnetismo entre em sintonia com o Universo… enfim, gostava de conseguir explicar que não tem nada a ver com isso.
Nada disto é esotérico, mágico ou oculto.
No fim, percebemos que ninguém vai sair dali para ir meditar. Antes de mais tem que se passar por uma fase de regulação. Temos que aprender a regular a respiração, até não ser preciso regular. A chamada “regulation of no regulation”. São seis meses de treino diário de 30 minutos, de respiração. Começa-se com a respiração Budista, ou Respiração Abdominal Normal. Consiste em inspirar fundo, deixando que o abdomen se expanda e expirar fundo, deixando que o abdomen se retraia. Parece fácil, mas não é. Aliás, tem mais pormenores, mas isto é um diário, não um site sobre qigong. :)
No fim do dia estávamos todos muito podres, fomos para casa. Dormi cedo.
Dia de trabalho no escritório. Aos poucos começamos a habituar-nos í quele sítio. Claro que a vista fabulosa contribui para a habituação e a luz que dá ali de manhã é mesmo muito agradável.
Voltei um pouco mais cedo e fui í Bella Napoli, no Pragal, encomendar oito pizzas, depois de ter encomendado cinco lasagnas no La Traviatta, pelo telefone. Safei-me mais ou menos a levar aquilo tudo para o carro e parei em casa para levar a Dee. Partimos para Lisboa, subindo as ruas com 95º de inclinação que vão dar a casa do Cunhado e estacionamos o carro ao mesmo tempo que o resto do pessoal estava a chegar noutros dois carros. Foi óptimo, porque ajudaram-nos a levar aquelas caixas de pizza e embalagens de lasagna todas para cima, na dantesca escada do prédio do Cunhado, onde simplesmente não há luz e não se vê a ponta de um corno í frente do nariz. Usei o telefone para iluminar muito vagamente os degraus, mas praticamente não serviu de nada.
A festa foi porreira, divertimo-nos todos bastante. Eu adorei especialmente a prenda que os outros deram ao Cunhado, uma máquina de café Krups, completamente automática. Carrega-se num botão e ela mói o café, compacta (duas vezes) e tira uma bica perfeita. A máquina é linda.
Bebi cinco cafés, não só por serem bons, mas por serem tão fáceis de tirar.
Viemos embora pouco depois do ADSS e um pouco antes do resto do pessoal, sobretudo a pensar que amanhã começa o estágio com o Mestre Yang onde temos que estar um bocado antes das nove da manhã para trocarmos de roupa.
Dia de reunião matinal. Nada de especial, como sempre. Acontece cada vez mais esta situação estranha em que um representante do marketing vem falar connosco sobre o site da empresa e depois a reunião torna-se extremamente inútil porque eles nunca sabem nada e nunca conseguem responder a nenhuma das nossas perguntas. Ficamos sempre de mandar um mail com as ditas perguntas para eles responderem por mail… ora… parece-me que podíamos todos poupar imenso tempo e dinheiro fazendo logo a troca de perguntas por e-mail.
O nosso país tem um problema com as reuniões que em três anos de ir a várias por semana não só não vi resolvido, como me parece que o vi piorar. As reuniões raramente são esclarecedoras, raramente são decisivas e raramente são com as pessoas certas. Pelo menos na nossa área… não sei como será noutros negócios.
Adiante.
Depois da reunião dei um salto com o Tritão í Marcial Artsport, em Alvalade, onde fomos comprar umas calças Dragon Gi, pretas, para o Gongfu. Aliás, o Tritão foi comprar umas para ele e eu fui comprar umas para o Cunhado, já que estava ali e ele não tem muita disponibilidade para lá passar.
Fomos ainda ao Colombo, onde almoçámos, na Portugália lá do sítio e onde procurámos comprar o Flash 5. Não havia Flash 5 em nenhuma das lojas onde procurámos, vamos obviamente encomendar, que era oq ue já devíamos ter feito… não sei de onde nos veio esta ideia de comprar software em lojas.
Bom, aproveitei para comprar um novo telefone, um Nokia 3310, porque o Ericsson morreu no fim da semana passada. O novo telefone parece-me ok e não foi especialmente caro.
Numa passagem pela Fnac descobrimos ainda que o novo livro do Astérix já tinha saído e tanto eu como o Tritão trouxemos uma cópia.
No regresso passámos um cambista e comprámos uns dólares para pagar as nossas quotas da YMAA.
Fui de manhã ter com o Cunhado í Máquina, onde ele já tinha montado o computador da Dee. Eu tenho uma longa história de problemas com computadores e já começo a encaixar na teoria de que as pessoas influenciam positiva ou negativamente os computadores. Portanto o Cunhado montou o computador antes que eu chegasse para […]
Hoje foi o segundo (e último) dia do estágio de Qigong com o Mestre Yang. Tivemos hora e meia de teoria de manhã e depois passámos para o ginásio, onde fomos fazer alguns exercícios de Qigong. A parte mais estranha destas aulas é quando começamos experimentar coisas que nos parecem incríveis, através dos exercícios mais […]
Primeiro dia do estágio, ou seminário, como lhe quisermos chamar, sobre Meditação e Taiji Qigong, com o Mestre Yang, Jwing-Ming, fundador da Yang’s Martial Arts Association, a escola internacional de artes marciais chinesas que frequento. Depois da festa de ontem, foi um pouco complicado levantar í s sete da manhã hoje. A manhã constou de três […]
Dia de trabalho no escritório. Aos poucos começamos a habituar-nos í quele sítio. Claro que a vista fabulosa contribui para a habituação e a luz que dá ali de manhã é mesmo muito agradável. Voltei um pouco mais cedo e fui í Bella Napoli, no Pragal, encomendar oito pizzas, depois de ter encomendado cinco lasagnas no […]
Dia de reunião matinal. Nada de especial, como sempre. Acontece cada vez mais esta situação estranha em que um representante do marketing vem falar connosco sobre o site da empresa e depois a reunião torna-se extremamente inútil porque eles nunca sabem nada e nunca conseguem responder a nenhuma das nossas perguntas. Ficamos sempre de mandar […]