The Fellowship of the Ring

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Há mais de dez anos atrás, era eu adolescente, li um livro chamado “O Senhor dos Anéis, I – A irmandade do anel”. Era emprestado, mas não tardou em que, precisamente num natal seguinte, me oferecessem toda a trilogia da série do Tolkien.

Li os três livros, embora tenha demorado bastante tempo a fazê-lo e fiquei para sempre com um fascí­nio especial pelo mundo daquelas histórias, por aqueles locais oní­ricos, pelos personagens invulgares e por todo o universo de criaturas invulgares que habitavam aqueles livros.

Acho que quem leu as minuciosas descrições de Tolkien nunca deve ter tido muita dificuldade e visualizar o mundo a que ele se refere nas aventuras dos Hobbits e imaginar que tudo aquilo seria perfeito para um filme.

Acho que durante muitos anos, muitos fans do Tolkien se perguntaram porque nunca ninguém tinha feito um filme destas magní­ficas histórias. Bom, talvez isso nunca tenha sido possí­vel senão agora.

Fui hoje com a Dee assistir, durante três horas, ao “Lord of the Rings: The fellowship of the ring”. Um filme deslumbrante e absolutamente fiel í  obra de J.R.R. Tolkien. Depois de já ter visto tantos filmes que pura e simplesmente assassinam os livros em que são baseados (um exemplo muito simples é o “Talented Mr. Ripley” que é uma piada de mau gosto em filme, comparado com o sensacional livro da Patricia Highsmith), já não esperava ver um filme tão brilhantemente fiel ao livro.

Tudo está perto da perfeição neste filme: a história está bem contada, os pormenores estão presentes, os cenários fazem lembrar as descrições dos livros, os actores são todos impecáveis para os respectivos papéis e os efeitos especiais ajudam a completar o quadro com tudo, desde as cavernas de Moria até ao Troll a parecerem-nos táo parte do mundo, como Frodo e companhia.

Fiquei satisfeito com este filme. Está feito um filme do Senhor dos Anéis que não assassina a história, que, pelo contrário, a conta quase tão bem como o livro, que mostra coisas que nos fazem lembrar algo que já visitámos, como a voz sibilante de Gollum, que está tão perfeita, que tive uma sensação de déja vu que apenas mais tarde percebi ser devida ao facto da interpretação do filme ser idêntica í quela que na imaginei na minha cabeça quando li a descrição deste personagem.

As três horas passaram a voar, nem dei por nada. Enquanto noutros filmes, ao fim de uma hora e picos já estou desesperado por me levantar da cadeira, neste fiquei com pena de ver o fim e custa-me imaginar que vou ter que esperar um ano para ver o segundo “volume”.

Não digo mais… acho que oito parágrafos chegam. :)

Depois do cinema demos um salto í  Hí¤agen Dazs para lanchar e depois um pulo í  Fnac para sacarmos mais umas prendinhas de natal, como se não bastasse. No que me toca voltei com o “Aqualung” dos Jethro Tull e o “Simple Things” dos Zero 7, que não conheço, mas que me pareceu interessante da curta audição que fiz na loja.

Seguem-se umas breves férias para retemperar forças, pensar no próximo ano e arrumar as ideias. Faltam neste momento 121 horas para o ano 2002, segundo me diz o relógio que me ofereceram no natal e que tem a particularidade de fazer countdown em horas para qualquer data que desejemos.

Até lá, vão-se divertindo e… vão ver o Lord of the Rings.

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Um comentário a “The Fellowship of the Ring”

  1. Vitor says:

    Sem dúvida alguma, uma obra de se lhe tirar o chapéu!

    Muitos foram os que se inspiraram nesta obra para dar asas í s suas inpirações e produzir grandes malhas (falo de música, obviamente) e, embora com 10 anos de diferença temporal, aqui fica uma sugestão, para que, sempre que pretenderes ter um pouco da nostalgia desta saga, ouvires o album “Music Inspired by the Lord of the Rings” da banda “Mostly Autumn”. (se puderes, pesquisa a sua discografia)

    Não sei se é fácil de encontrar nas lojas, mas nas “prateleiras virtuais” é relativamente fácil!

    Há um bom artigo na Wikipedia sobre os Mostly Autumn (http://en.wikipedia.org/wiki/Mostly_Autumn) e alguns videos deles no Youtube.

    Eh, eh…

    E isto acaba por me recordar a forma como o Nuno Markl descreve a saga dos filmes do Senhor dos Aneis, ou seja, a frase que, segundo ele resume TODA a história de TODOS os 3 volumes:

    “Pessoas a andar”.

    Excelente resumo!

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