Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Fui relativamente cedo para Lisboa, para uma reunião no Campo Pequeno. O tempo estava mesmo mauzito. O nosso contacto não tinha chegado ainda do Porto, portanto tivemos que adiar a reunião para a tarde.
Demos uma volta pela avenida da República e pelo Saldanha e acabámos por nos sentar, eu e o Godfather, no Saldanha, a fazer uma BDÂ a meias, coisa que não fazíamos há anos. Está a ficar com piada.
Almoçámos por ali e fomos í reunião, que correu bem. Voltámos para a baixa, em busca de CDs dos Mr. Bungle. Desta vez havia, mas custavam cinco contos, na Valentim. Devem estar a gozar… é mesmo um caso para encomendar da Amazon e pronto.
De seguida demos um salto a um oculista da Rua da Prata, onde comprei um Termohigrometro digital. Um aparelhinho mínimo, que cabe na mão fechada, para medir a temperatura e humidade do ar. Fazia-me falta para ter em casa. Sim, é um brinquedo!
Não parou de chover um minuto. Nem um minuto, entre as nove e picos da manhã e as seis e meia da tarde quando cheguei a casa não parou de chover.
A Dee desafiou-me para jantarmos como deve ser (coisa pouco habitual cá em casa), então fui ao super comprar ingredientes, e agora, em exclusivo para o Macacos Sem Galho, vou revelar a minha receita de molho de carne rápido, para, por exemplo, esparguete í bolonhesa, que foi o nosso jantar.
É preciso azeite para cobrir o fundo de uma panela alta. Aquece-se um pouco o azeite e depois adiciona-se meio alho, cortado em pedaços grandes, deixa-se fritar um bocadinho curto e junta-se uma cebolona grande ou duas pequenas, previamente picadas na picadora. Mexe-se bem e deixa-se amolecer. Depois juntam-se duas cenouras e um alho francês (só o talo, não as folhas), tudo picadinho na picadora. Deixa-se refogar um bocado, até ficar tudo para o mole.
Depois junta-se a carne picada, pode ser vaca, porco ou uma mistura, eu uso vaca. A melhor carne é a picada á nossa frente no talho, obviamente. Costumo usar entre 400 e 500 gramas.
Mexe-se sempre, com a colher de pau, até a carne misturar bem com os vegetais e ficar castanha (ou como dizem os ingleses: “until no pink remains”. Nesta altura baixa-se um pouco o lume (que até aqui deve ser médio, nunca forte) e adiciona-se cerca de meio litro de polpa de tomate.
Aqui costumo variar. Se estiver para aí virado, uso tomate fresco (cuidado, fica muito ácido, é preciso ter muito cuidado depois no tempêro), se tiver em casa, uso tomate-ameixa enlatado (daquele pequenino e doce, em polpa, há várias marcas), caso contrário uso simplesmente dois pacotes pequenos de Guloso ou Compal. De notar que se não quiserem ter que cozinhar isto durante 3 horas para desfazer o tomate, convem que o desfaçam com a piacadora.
É preciso mexer bem para misturar tudo e chega a altura de temperar. Sal, pimenta e noz moscada. É claro que o essencial é ir provando até a carne não estar insossa, mas também há que ter em atenção que é essencial cortar ao máximo a acidez do tomate (a noz moscada ajuda), se o tomate estiver MUITO ácido, ou tiver usado tomate fresco, junto um pouco de açúcar.
Quando está bem temperado, junta-se qq coisa entre 100 ml e 250 ml de vinho tinto. A regra é mais ou menos: para esparguete í bolonhesa, 100, para lasagna, 250. Uso vinho de pacote vulgaroide. A seguir deixa-se apurar 30 a 40 minutos, mexendo de vez enquando. O essencial é que a maior parte do vinho evapore.
Finalmente, se for para esparguete, junto um pacote de natas pasteurizadas, misturo tudo bem e deixo mais uns 10 minutos. Se for para lasagna, passo í fase do forno.
É isto, fica excelente. Já fiz uma vez uma variação em que juntei mozzarella ralado, fica bom, mas fica muito pesado.
Depois do jantar vim fazer um novo cartoon para o Sapo, mas não o consegui enviar, já que a ligação da netcabo hoje está uma nojeira. Deve ser altura do fecho de ciclo de crashes dos NTs deles. Porque é que usam NT? Ninguem percebe.
Acabei a noite já tarde, a escrever isto e na conversa com a SuperTat@s… hora de ir dormir.