Daqueles que não apetece mesmo… aliás, apetece fazer rewind e tentar de novo. Enfim.
Tive dois sonhos interessantes, um de sexta para sábado e outro de sábado para domingo. No primeiro, uma raça extraterrestre humanóide vivia para se alimentar de humanos; a sua forma de os capturar era simples: turismo. Certo: vendiam férias no seu belo planeta e como isco criavam enormes hotéis super-equipados.
Um senão: estes aliens derretiam na água, o que era um inconveniente dos diabos pois para fazerem o seu isco como deve ser, os hotéis não só tinham que ter água, como tinham que ter belas banheiras.
Foi neste cenário que me encontrei, eu e toda a minha família, demasiada gente para sequer me lembrar de todos. Comecei a lembrar-me do sonho já numa altura em que nos preparávamos para escapar do hotel-isco. Estávamos no piso inferior, onde, convenientemente, havia um Pingo Doce, onde estávamos a roubar comida para a viagem de volta í Terra. Cada um escolhia o que queria levar e eu peguei numa caixa de ovos moles de Aveiro, claro.
A certa altura os aliens deram pela nossa fuga e começou a luta. Apliquei os meus escassos conhecimentos de luta e tem piada como no sonho só pensava que tinha que arranjar forma de ir mais vezes ao kungfu, porque estaria a dar-me imenso jeito saber mais naquela altura.
Mas não me safei mal e ao fim de um certo tempo já várias dezenas de aliens esperneavam na banheira. Os meus ovos moles é que se desfizeram todos no calor da batalha, infelizmente.
Depois veio a parte mesmo estranha. Estes aliens tinham umas crianças zombie, muito estranhas, com a particularidade de andarem de olhos fechados, mas de as pálpebras serem transparentes.
Aqui temos algo que se não é estupidamente simbólico, eu não me chamo Sigmund. Olhos fechados com pálpebras transparentes. O meu dilema nesta altura era se despejava água em cima destas crianças ou se elas próprias eram vítimas dos seus próprios pais.
A minha mãe falava com elas e dizia “vocês são crianças, não querem abrir os olhos?”
…ok, estranho. Weirdometer a 600, pelo menos.
Na noite seguinte sonhei que ainda andava na Faculdade, mas que me tinha esquecido. Quando me lembrei tinha chumbado a várias cadeiras, nomeadamente matemática, cadeira que eu nunca tive na Faculdade sequer. As notas eram dadas em percentagem e eu tinha 40% a Matemática. O estranho era que em “prática de qualquer coisa” tinha 400%. Não me lembro em que era a prática, infelizmente.
Este sonho passava-se todo de noite e eu andava pela escola com um livro na mão, que tinha umas peças metálicas dentro do shrinkwrapping onde vinha. O livro era necessário para os exames que agora tinha que fazer e custava módicos 48 contos. Lembro-me de muitos pormenores dispersos, que são difíceis de escrever. Sei que a dada altura confiei o tal livro í minha irmã, que acabou por o perder.
O que sei é que acordei em pânico, já de manhã. Demorei ainda uns bons 15 minutos a convencer-me que não andava nada na faculdade e que já não tenho que me preocupar com isso. Senti uma enorme alegria quando me apercebi finalmente que acabei o curso há quase quatro anos, quase tantos como os que lá perdi.
Vi três filmes este fim de semana, com a Dee. Vi um qualquer que não me consigo lembrar por muito que tente, devia ser marcante. :)
Vi outro, chamado “The Ninth Gate”, do Polanski, com o Johnny Depp, que era uma porcaria incrível, desde o satanista que colecciona livros sobre Lúcifer e os tem bem guardados num cofre cujo código é… anyone?… exacto, “666”, até í s cenas de sexo despropositadas ou ao facto do filme ter 6 horas e meia (pelo menos parece). Quase que chegou a ter piada ver a parte que é filmada em Sintra… mas ficou-se pelo quase. Que bocejo.
Depois vi outro, uma comédia semi-romântica inglesa que até estava giro dentro do estilo com a enorme vantagem de não ser americana mas também não ter o Hugh Grant.
Ao fim da noite, a Dee decidiu mudar a nossa cama de sítio. Até nem ficou muito mal, mas infelizmente levantou tanto pó que estou com uma enorme crise de Rinite e não consigo dormir. Em vez disso, vim trabalhar e são agora quatro da manhã.
Ao menos tenho a maquete que queria apresentar amanhã, pronta.
Esqueci-me completamente de dizer, mas fiz mais um cartoon dos especialistas há pouco tempo, podem ir ver na Digito, porque ainda nem actualizei no nosso site.
Agora vou mesmo tentar dormir. Já engoli um claritine, vamos ver se isto vai ao sítio, amanhã tenho que acordar cedo… amanhã, não, daqui a bocado.
Esta é uma daquelas semanas em que segunda-feira é dia dois e depois todos os dias batem certo com o nome do dia da semana, o que facilita um pouco a vida de quem normalmente não sabe que dia é.
Hoje é dia da Implantação da República. Somos uma República desde 1910, há portanto 90 anos. O que é miseravelmente pouco em termos históricos. Neste dia “celebrativo”, terei que deixar algumas notas essenciais sobre a minha visão de regimes de governos.
Ora vejamos…
Somos uma República, temos um governo republicano, um Presidente da República e o nosso nome oficial é “República Portuguesa” ou “República de Portugal”, não sei ao certo. Então vamos analisar uma pergunta muito simples:Â “Como é possível ainda existirem títulos nobiliárquicos no nosso país?”.
Pensemos nisto. Temos um D. Duarte, Duque de Bragança, Herdeiro do Trono. Ora… correct me if I’m wrong… eu tinha ficado com a sensação que não há trono nenhum.
OK, eu compreendo… se algum dia voltarmos a ser uma Monarquia, há que manter a linhagem para sabermos afinal quem vai ser o filho da mãe absolutista que se vai sentar na cadeira, o que eu não compreendo é como é que numa República essas pessoas são apresentadas pelo título. Isto não me parece congruente.
Se encontro o cidadão Jorge Sampaio na rua, posso dirigir-me a ele como “caro concidadão”, embora provavelmente “Sí´ p’res’dente” seja mais comum. Agora nunca me passaria pela cabeça encontrar o chamado D. Duarte e trata-lo por “Dom” ou por “Senhor Duque”. Para mim não existem Duques… sobretudo porque sinceramente nunca aprendi que o país seja dividido em Ducados.
E se esse senhor é o suposto herdeiro do eventual trono, ainda podemos condescender í sua Real Pesporrância, mas outros senhores existem que são apenas conhecidos pelos seus títulos falsos, como o Marquês disto e daquilo ou o Conde de não sei onde.
O povo gosta disto. Não sei porquê, mas gosta. Toda a gente adora a monarquia, é uma espécie de passatempo nacional. Ainda mais incrível são os putos do Duarte, que todos chamam de “infantes”. Ora porra, vão-se mas é lixar! Recuso-me a aceitar que vivamos numa República que se dobra e baixa as calças í Monarquia. É como que um medo latente… se um dia os sacanas dos monárquicos tomam o poder, é melhor que demonstremos a necessária subserviência, tratando os miúdos de 2 anos por Dom Isto e Dom Aquilo, para ver se não vamos parar í forca.
Não compreendo como é que nesta altura ainda se considera apelativa a ideia de totalitarismo político… E sinceramente acho ainda mais degradante para a Monarquia, continuar a aceitar ser um espectáculo público de países que são, essencialmente, Republicanos, mas que mantêm os seus príncipes e reis como fantoches ridículos a viver de amplas fortunas e a produzir o ocasional escândalo para vender Holas.
Obviamente que a humanidade ainda está muito longe de estar preparada para a Anarquia, um modelo de governo verdadeiramente utópico. Sobretudo quando falamos de uma humanidade que liga anarquia e caos na mesma frase e que se recusa a compreender a anarquia como um sistema harmonioso e equilibrado de verdadeira cooperação humana.
Nada esteve tão perto deste conceito como a Internet e embora isto pareça ter pouco a ver com o meu discurso í cerca da monarquia, eis a ligação: a mente monárquica representa o exacto oposto da mente “internética”. A monarquia está marcada por todos os erros governativos da humanidade, desde o absolutismo político até í união de religião com estado e a Internet no seu todo, com todas as possibilidades que integra é provavelmente o topo da liberdade individual.
Venham dizer-me que hoje em dia a Monarquia já não é absolutista, opressiva, religiosa… então não é Monarquia, é palhaçada… mas lá que vende Holas…
E agora, permitam-se um rude exagero estilístico:
Fui até Setúbal hoje para rever a nossa escolha para escritório. Revimos e continuamos convencidos. O espaço é amplo, open space, está em bom estado e tem grande potencialidade. Também já nos foi dada autorização para fechar a varanda, o que adicionará mais 60 metros quadrados. Mas não devemos fechar já, não só porque não precisamos já do espaço, como porque fica em mais de mil contos. É mesmo uma grande varanda. A vista, que eu achava ser de 180 graus deve ser mais para os 270 graus… ou mais. Estava um dia limpído e como já sabemos “on a clear day, you can see forever…”
Fizemos um primeiro acordo de interesse verbal, por assim dizer e obtivemos uma proposta de contrato de arrendamento que enviámos ao ADSS para revisão.
A zona circundante do escritório é um pouco manhosa, mas não se pode ter tudo.
Tivemos uma longa reunião em casa do Pato sobre as mais diversas coisas, desde obras a material de escritório e estamos todos sintonizados. Espero que corra tudo bem para a nitro ter finalmente um HQ.
Zarpei de volta a casa ao som de êxitos disco e early eighties, nada melhor que um bom “Ring My Bell” ou “…first I was afraid, I was terrified, kept thinking I could never live without you by my side…”. Sensacional.
Estamos finalmente em Outubro e a aproxima-se velozmente a minha parte preferida do ano, a saber: o Inverno.
Hoje tivemos cá o Cunhado. Jogou-se Soldier, jogou-se No One Lives Forever (demo) e instalou-se Linux. Não correu assim muito bem, infelizmente e agora tenho um Linux que faz uma coisa que eu nunca tinha visto um Linux fazer: crasha.
Sim, crasha. Se deixo o computador ligado a noite toda, quando volto está crashado. Deve haver qualquer coisa no hardware que está a dar chatice e é preciso resolver. Mas até lá, devo dizer que adoro o Gnome. Trabalhar num interface assim é uma maravilha e com o Enlightnement ainda é melhor. Basicamente é tão customizavel, tão funcional e tão graficamente bem feito que mete nojo como é que o Windows é o MacOS, ao fim de tantos anos, ainda não roçam sequer aquele nível de sofisticação (de uma coisa com pouco tempo de existência…).
Às oito e meia fomos ao Italiano jantar. Maravilha. O Cunhado optou pelo fetuccine desta vez e eu fiquei convencido, da próxima vez é fetuccine para mim também. De resto comi caneloni e no fim partilhámos uma pizza só nós os dois, porque a Dee já não conseguia engolir nem mais um pedacinho de carne picada.
Voltámos para o Linux, que ainda durou até í s 3 e depois xonex.
Fui com a Dee para Setúbal hoje. Fomos ter uma reunião da nitro que correu muito bem, mas agora vou começar a ser um bocado escasso nos pormenores para não “dar azar”. Não, eu não sou supersticioso, só não gosto de me arrepender das coisas que digo, acontece com demasiada frequência…
Demos um salto ao Jumbo e fomos ver o X-Men. Eu sou fanático, acho que já tinha dito.
Mas tentando ser imparcial, este é um dos melhores filmes de super-heróis que já vi e também um dos melhores filmes de acção dos últimos tempos. É que conseguimos ver toda a primeira parte assistindo a apenas uma explosão. Não há tiros, mas também para tipos que conseguem dobrar metal, ler mentes ou provocar tempestades, acho que não são precisas armas. :)
O filme começa muito bem, de uma forma invulgar para este tipo de filmes e que deu logo uma nota positiva (spoiler follows…). Inicia-se num campo de concentração nazi onde o futuro Magneto é separado dos pais e começa a manifestar a sua capacidade de manipular metais. Isto parece pateta, mas a fotografia deste pedaço de filme está muito boa e o facto de tentarem dar um background credível aos personagens é o que faz deste filme, um filme diferente dos outros do género.
Já o Batman do Tim Burton tinha esta qualidade, não era simplesmente um gajo que mata toda a gente, anda de mota, dorme com tipas e passa 80% do filme em câmara lenta.
Os efeitos, porque estes filmes também vivem dos efeitos, são muito bons, mas o melhor mesmo é que são muito bem aplicados, o Cyclops poderia disparar 500 rajadas dos olhos e destruir pontes e edifícios, mas no filme todo é capaz de disparar umas… quê… cinco vezes? E em todas se justifica. A ênfase foi posta na Rogue e no Wolverine para mostrar um pouco esta faceta que os X-Men sempre tiveram de que ser super-herói não é necessariamente uma coisa óptima.
Os actores… muito bem escolhidos! Temos o Patrick Stewart que faz um Charles Xavier perfeito, nem imagino quem mais poderia ser. O Ian McKellan dá o toque necessário de nobreza e de loucura ao Magneto. E só o facto do filme ter estes dois actores já praticamente bastaria. Mas todos os outros estão muito bem adaptados. Não digo que sejam actores fabulosos, alguns deles mal dizem uma palavra o filme todo, mas estão muito bem escolhidos.
Gostei especialmente do tipo que faz de Wolverine, que até mete impressão… se fosse mais parecido com os desenhos e com a ideia que tenho do Wolverine IRL começava a desconfiar que ERAÂ MESMO o Wolverine :) Adorei o pormenor de lhe terem mesmo posto o cabelo em bico.
A tipa que faz de Jean Grey é outro caso, muito, mas muito parecida com a ideia que eu tinha da Jean Grey e vai dar uma Phoenix absolutamente fabulosa em futuros filmes, quase de certeza.
Só tive pena de não incluírem o Night Crawler e o Colossus, outros dos meus preferidos X-Men, mas não se pode ter tudo. De resto adorei pequenos hints, como o Bobby que fala com a Rogue numa aula, que nós sabemos perfeitamente que é o Iceman da equipa original dos X-Men e anterior í Rogue, mas não choca minimamente essa pequena alteração, pelo facto de darem aqueles hints ao pessoal.
Portanto vale a pena e para quem seja fan dos X-Men então vale MESMO a pena, a fidelidade í BD é tão grande que não há a mínima desilusão possível.
Que fim de semana mais manhoso que este foi. Daqueles que não apetece mesmo… aliás, apetece fazer rewind e tentar de novo. Enfim. Tive dois sonhos interessantes, um de sexta para sábado e outro de sábado para domingo. No primeiro, uma raça extraterrestre humanóide vivia para se alimentar de humanos; a sua forma de os […]
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