Tempestades e Magnolia

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Mais algum trabalho, mais algumas propostas novas para iniciar e outras interessantes provavelmente já só para 2001.

Hoje foi dia de tempestade, que é uma coisa que eu adoro, desde que possa estar em casa ou perto de casa. A única vez que gozei a sério uma tempestade foi há muitos anos… já não sei que idade tinha, estava na rua a passear o meu cão e de repente ao vento juntou-se uma carga de água verdadeiramente monumental… uma “daquelas”. Então subi para cima de um muro e fiquei a apanhar com a chuva. Não há nada melhor.

Hoje não foi assim, estive em casa e no carro, no trânsito, louco. As pessoas que nunca andam de carro escolhem (por razões óbvias) os dias de chuva para sairem com ele. Os resultados são desastrosos… não é só que o número de carros na rua aumente, é que o número de nabos ao volante triplica. Depois de ter ido levar a Dee aos barcos para os para a aula de coro e ter apanhado um trânsito estúpido, levei mais de meia hora a voltar para casa, já a espumar e a desejar torturas indiscritiveis aos condutores que não sabem ler sinais de trânsito, que não conseguem lembrar-se das regras mais básicas ou que simplesmente não conseguiram ainda saber quais as funções dos três pedais.

Depois estive aqui a acabar um cartoon para a Digito, um bocado preocupado porque com a tempestade era possí­vel que as ligações para Lisboa ficassem cortadas e que a Dee não conseguisse voltar para casa. Acabou por voltar quase sem problemas, encharcada que nem um pinto, mas mesmo a razar, porque logo de seguida fecharam os barcos.

Fomos jantar e ver o Magnolia. Há muito tempo que não via um filme triste tão bem feito. Normalmente os filmes tristes são tão palermas ou lamechas que não chegam a ser tristes. O Magnolia é muito triste, completamente deprimente. É tudo deprimente! Mesmo quando a rapariga drogada que foi violada pelo pai e o polí­cia ficam juntos no fim, aquilo é tão triste, porque eles são os dois uns tristes e nunca vão ser felizes. Aquilo não é um filme, aquilo é a realidade. Está muito bem feito.

São mais de três horas e nem por sombras fiquei aborrecido. :)

Neste momento ouço em non-stop-repeat “I Try” da Macy Gray e “Road Trippin'” dos Red Hot Chilli Peppers, estou viciado nestas músicas, especialmente o “Road Trippin'”.

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