Jethro Tull ao vivo em Lisboa

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Bem, depois de ter um novo Thunderbird e um monitor de 21″ na quarta, uma nova geForce2 na sexta, um sensacional jogo de Paintball no sábado, seguido de uma noite em casa do ADSS… era difí­cil esta semana continuar a planar nas boas graças da perfeição. E no entanto…

Ao fim do dia fui até casa dos meus pais, que está já mesmo, mesmo quase acabada e muito gira. Depois meti-me no carro e pirei-me para Lisboa, í  chuva e de noite, seria de esperar que um nabo como eu não tivesse hipóteses, mas a verdade é que cheguei rapidamente ao Parque das Nações, enquanto, na rádio, o Benfica levava três secos do Marí­timo, apenas para provar, enfim, que não é a mudança do mafioso que muda a qualidade da máfia.

Depois de um infeliz jantar nas sandes com o Godfather (infeliz porque não conseguimos entrar em nenhuma das cervejarias do Beer Deck do Vasco da Gama), entrámos no Pavilhão Atlântico. Os Corvos já tocavam.

É pena, não sabiamos que eles iam tocar, senão tí­nhamos ido mais cedo… infelizmente não havia informação absolutamente nenhuma sobre a primeira parte. Ainda apanhámos metade e foi muito giro. Acho que deve ser uma seca em disco, mas ao vivo é giro.

Depois… bom… depois, como dizer, como explicar. Acho que não consigo descrever. A banda começa a tocar, teclas, bateria, baixo e guitarra e depois irrompe a flauta e do fundo do palco o tresloucado Ian Anderson corre agachado e toca furiosamente enquanto dança í  ministrel. Faz um solo enquanto se equilibra sobre uma só perna e o público delira.

Jethro Tull ao vivo. Nunca imaginei possí­vel ver isto, uma banda cujo meu album favorito, Thick As a Brick, foi editado em 1972, um ano antes de eu nascer. E ali estou sentado a vê-los tocar. Bom, a ver o Ian Anderson, que “é” os Jethro Tull, uma vez que todos os outros membros são já outros.

Um concerto sensacional, daqueles para ficar gravado na memória. Depois de tocarem uma peça de 1969, anunciaram que iam tocar algo mais recente, mais actual, algo de 1972 e depois o arpejo inicial inconfundí­vel, na guitarra acústica… “Really don’t mind, if you sit this one out. My words’ve been a whisper, your deafness a shout.”. Thick as a Brick, tocado em resumo, claro, que a música tem mais de 20 minutos, mas capturando os temas mais marcantes.

Eu e o Godfather saí­mos com um sorriso de orelha a orelha, grande concerto. E mais uma vez, 20 pontos para o Pavilhão Atlêntico, desta vez dividido ao meio. Sentados no chamado Balcão 0, vimos perfeitamente todo o concerto, sempre com uma linha directa para o palco.

É pena esta semana ter chegado ao fim, mas ainda bem que de vez enquanto há semanas assim. E a ferida da única bala de paintball que me acertou no corpo nem dói… :)

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