Hoje foi o último dia do estágio de massagem Qigong.
No pouco tempo que restava demos uma ideia geral da massagem de braços, pernas e parte da frente do tronco. Treinámos o que nos foi possível, porque era muita matéria para apenas três horas.
No fim tirámos umas “fotos de família” com o Mestre… ainda era uma cabazada de gente, espero que tenha conseguido ficar na foto, lá atrás, como de costume.
Em resumo, este estágio valeu cada escudo (foram dez mil) e cada minuto pelas mais diversas razões, desde conhecer o Mestre Yang, até conhecer melhor algumas pessoas do Gongfu (com quem não é fácil falar durante as aulas), passar um bocado fora de casa, distraído do trabalho habitual e aprender qualquer coisa sobre massagem Qigong que sem dúvida posso aplicar a quem tiver coragem de se entregar í s minhas mãos :)
Terceiro dia de estágio. O estágio decorre entre as 19 e as 22, portanto não deveria interferir muito com o trabalho do dia. Mas na verdade as coisas para a nitro estão a apertar de uma forma avassaladora, tenho que trabalhar a 200 í hora para depois poder ir para o estágio e muitas vezes chego ao Feijó (onde fica o Pavilhão) mesmo em cima da hora.
Num artigo recente, intitulado “Os Big Players da internet em Portugal” a nitro vem referida como “indispensável”.
O estágio de hoje foi sobre as costas. Uma das coisas que aprendemos foi a famosa massagem de pressão sobre as vértebras e percebi logo ali que toda a gente faz aquilo mal.
No ginásio (de musculação), vejo muitas vezes o pessoal fazer isto, não só colocam mal as mão, exercendo pressão sobre as vértebras, o que é perigoso, como aplicam todo o seu peso sobre as costas e não respeitam os ângulos necessários para acompanhar a curvatura da coluna. Enfim… agora aprendi a fazer como deve ser.
Antes de mais, a mão que é aplicada sobre as costas tem que ser em concha, sendo que a vértebra tem que ficar alojada nesta concha, para não ser pressionada directamente, depois a pressão é exercida gradualmente, havendo no fim um empurrão muito curto e súbito. Depois é preciso começar de cima para baixo do lado da cabeça do paciente (por causa da curvatura da coluna), a parte intermédia das costas precisa de uma pressão vertical e depois passamos para trás do paciente para o angulo inverso da parte lombar. Tudo isto deve ser feito enquanto o paciente respira profundamente e a pressão é exercida durante a exalação deste.
Aprendemos montanhas de coisas sobre as costas… tantas que acho que me vou esquecer depressa. Cavidades, nervos, canais, vasos… Mas algumas coisas são fáceis de reter, como as diversas formas da mão para massajar, como usar os braços e cotovelos para massajar, etc.
Hoje foi o segundo dia do estágio com o Mestre Yang. Ontem não referi que o estágio está a decorrer no Complexo Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”, onde eu nunca tinha estado. É um excelente pavilhão desportivo, não que eu tenha grandes conhecimentos para julgar este tipo de coisas, mas pareceu-me muito bem equipado, com um court de basket central com um piso que parece óptimo, com bancadas retracteis. À volta, nas galerias superiores tem salas de squash e ginásios (onde vimos várias vezes aulas de Karate). Há ainda courts de ténis e piscinas que não cheguei a ver, mas cheirei (o cloro).
O estágio propriamente dito decorre num auditório no terceiro piso. Temos um quadro branco, uma mesa, uma marquesa, um projecto de slides, cadeiras (embora toda a gente se sente no chão) e montes de colchões no chão.
Hoje começámos a aprender massagem com parceiro. Cabeça e ombros. Isto não é nada simples, acreditem… sobretudo encontrar as cavidades de acupressão e saber exactamente que potência aplicar na pressão dessas cavidades é tramado.
De qualquer forma este estágio vai apenas dar uma ideia geral do que pode ser a massagem Qigong. A propósito, podem a ficar a saber que o tão famoso e na moda Shiatsu japonês deriva, como é óbvio, do Qigong chinês. Aliás, para quem não sabe, não há arte marcial que não tenha origem no Gongfu chinês. O Karate deriva do Bai He (Grou Branco), o Jiujitsu do Qin Na e por aí fora…
O Mestre Yang é uma pessoa daquelas de quem í s vezes sentimos alguma inveja. Parece ter um gozo tremendo naquilo que faz, está sempre bem disposto, não se mostra inacessível, fala com toda a gente e ao mesmo tempo consegue transmitir um respeito próprio de um Mestre chinês, tal como os imaginamos.
Ao mesmo tempo estou a ler um dos livros dele e acho também fascinante a maneira como ele nunca se esquece que os conceitos tradicionais chineses são difíceis de “engolir” pelos ocidentais e tenta sempre dar uma perspectiva científica e fazer paralelos com conhecimentos que nos sejam mais familiares.
Começou hoje o estágio de massagem chinesa Qigong (lê-se chi kung), com o Mestre Yang, Jwing-Ming. O Mestre Yang é o fundador da minha escola de artes marciais, a YMAA, Yang’s Martial Arts Association, que tem sede em Boston, nos States e escolas um pouco por todo lado, incluindo em Portugal: Almada, Amadora e Viseu.
É um homem chinês (de Taiwan), com 54 anos e com ar de ter 40, que pratica Gongfu, Taijiquan e Qigong desde pequeno. Viaja todos os anos por todas as suas escolas nas várias partes do mundo, dá seminários e faz os exames que permitem os alunos subirem de nível em Shaolin Gongfu (ganham uma faixa branca na perna direita) ou Taijiquan (uma faixa azul na perna esquerda).
O máximo que já tinha visto de graduação era a do meu professor, três faixas brancas de Gongfu e uma azul de Taiji, no seminário estavam dois tipos com uma faixa vermelha e mais uma branca de Gongfu (cada vermelha equivale a 5 brancas), portanto seis níveis Gongfu e mais duas faixas de Taiji. Vi também pela primeira vez uma rapariga com graduação (as que andam na minha escola são todas iniciadas), tinha três níveis de Gongfu e dois de Taiji.
E depois, claro, havia o mestre que não exibiu as suas faixas, nem imagino quantas tenha… umas 40 :)
O estágio começou bem. Aprendemos auto-massagem da cabeça e ombros. Aprendemos bastante teoria sobre Yin e Yang (representado por aquele símbolo circular que muita gente usa como objecto decorativo ou então “símbolo do surf”… que tristes). Aprendemos também muito sobre a teoria tradicional do Qi (chi) e como esta se pode relacionar com os conhecimentos actuais da medicina ocidental e anatomia.
Ontem tivemos duas reuniões, hoje mais duas. Umas mais interessantes que outras, como de costume, mas no geral, todas importantes.
Mas que se lixe tudo isso… hoje fui com o Nelson ver o Steve Vai em concerto na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. Caiu-me o queixo (aliás, ao Nelson também)… este tipo não sabe tocar guitarra… não… ele parece simplesmente que inventou a porcaria do instrumento!
Como sabem (ou não), o sustain é daquelas “habilidades” aparatosas que os bons guitarristas gostam de fazer. É que quando se toca uma nota numa guitarra, normalmente o som desaparece passados uns segundos. O Santana era conhecido pelo longo sustain (agora é conhecido por ser um bocado foleirão e ganhar prémios por isso)… porém, vejam o que fez o senhor Vai: tocou uma nota, claro, é aí que começa.
A partir daqui esqueçam a mão direita, porque ele não volta a tocar nas cordas com a mão, com a palheta ou com seja o que for. Mas a nota não pára. Não pára mesmo. Então ele passa a guitarra por trás das costas e a nota não para. Então ele tira a guitarra do ombro e segura-a í frente, virada para nós mas a nota não para de soar, sempre clara e límpida. Depois ele resolve pousar a guitarra no chão… a nota treme um bocado, claro, mas não pára… o facto de tremer, aliás, só nos indica que a guitarra está MESMO a produzir o som, não há truques, não é um pedal, não é uma gravação. E não pára… ele resolve trocar de mão e fica, dobrado para a frente com o indicador da mão direita a pressionar a corda que ainda não parou de soar.
Como não bastava, o senhor resolveu de seguida que, sem parar a nota, nem voltar a tocar a corda, queria carregar na corda com o pé, portanto trocou a mão pelo pé, pela ponta de uma bota, tipo cowboy… e a nota não parou todo este tempo.
Continuava a nota a tocar, com a ponta da bota a carregar na corda… para “facilitar”, ele resolveu por-se a tirar o casaco longo que tinha vestido… Foi com o casaco que tocou o último acorde.
Fica-se parvo a olhar para isto. Se calhar para quem não grama guitarradas ou guitarristas ou sequer guitarras nada disto faz sentido, mas muito sinceramente, acho que este foi o melhor concerto que já vi.
A certa altura o baterista ficou sozinho em palco para um solo… e pronto, claro… não havia músico na banda que não fosse de longe acima da média, por isso o solo foi simplesmente fabuloso. O homem í s tantas já tocava de braços cruzados.
A certa altura começou a fazer um roll na tarola, mas só com uma mão.. trrrrrrrrr… e como se não bastasse, baixou-se por trás da bateria e voltou com uma garrafa de água, bebeu um bocado, molhou-se e tal, tudo, claro, sem parar o roll… que cromos.
Como se tudo isto não bastasse, o concerto demorou quase três horas e teve tudo, temas novos, temas antigos, solos, eléctricas, acústicas, solos de bateria, solos de baixo, solos de teclas, duelo de guitarra (com o convidado Eric Sardinas que tocava em estilo blues com slide) e até partes mais maradas com tudo í s escuras e guitarras luminosas ou uma longa conversa com o público em que o Steve Vai gozou com o Ricky Martin í força toda, quando disse que as (pouquíssimas) raparigas que ali estavam tinham sido arrastadas pelos namorados e preferiam ter ido ver o dito :) Até parece que era verdade pelo menos para uma delas que se levantou e aplaudiu com grande estrilho o nome do foleirão sul americano.
Pronto… podia ficar para aqui a descrever infinitamente a parte em que o Vai e o Sardinas tocaram a guitarra um do outro, pelas costas, ou o segundo guitarrista e os bailes que deu a tocar guitarra com uma mão e teclas com a outra, os solos intermináveis tocados a uma velocidade e precisão alucinantes, mas não… ficou por aqui… não foram ver? Paciência.
Hoje foi o último dia do estágio de massagem Qigong. No pouco tempo que restava demos uma ideia geral da massagem de braços, pernas e parte da frente do tronco. Treinámos o que nos foi possível, porque era muita matéria para apenas três horas. No fim tirámos umas “fotos de família” com o Mestre… ainda […]
Terceiro dia de estágio. O estágio decorre entre as 19 e as 22, portanto não deveria interferir muito com o trabalho do dia. Mas na verdade as coisas para a nitro estão a apertar de uma forma avassaladora, tenho que trabalhar a 200 í hora para depois poder ir para o estágio e muitas vezes […]
Hoje foi o segundo dia do estágio com o Mestre Yang. Ontem não referi que o estágio está a decorrer no Complexo Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”, onde eu nunca tinha estado. É um excelente pavilhão desportivo, não que eu tenha grandes conhecimentos para julgar este tipo de coisas, mas pareceu-me muito bem equipado, […]
Começou hoje o estágio de massagem chinesa Qigong (lê-se chi kung), com o Mestre Yang, Jwing-Ming. O Mestre Yang é o fundador da minha escola de artes marciais, a YMAA, Yang’s Martial Arts Association, que tem sede em Boston, nos States e escolas um pouco por todo lado, incluindo em Portugal: Almada, Amadora e Viseu. […]
Ontem tivemos duas reuniões, hoje mais duas. Umas mais interessantes que outras, como de costume, mas no geral, todas importantes. Mas que se lixe tudo isso… hoje fui com o Nelson ver o Steve Vai em concerto na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa. Caiu-me o queixo (aliás, ao Nelson também)… este tipo […]