Happy bloody new year

Publicado em , por macaco

Já estou a adorar a passagem de ano… devido a umas coisas que se passaram durante esta semana e uns sintomas que tenho tido foi-me, hoje mesmo, diagnosticada uma infecção, uma que já tinha tido há sete anos atrás inexplicavelmente e que agora tenho outra vez, caí­da do céu.

É muito chata. É MESMO MUITO CHATA. E muito “naughty” para descrever aqui, por isso, acreditem, estou doente e é uma seca. E se isso servir de algum consolo… É da maneira que eu não ia mesmo í  festa de fim de ano do Paco. Se dantes era só por não querer confusões em Lisboa, agora é mesmo por uma razão estúpida, irritante, dolorosa e que mete sangue, dores e antibióticos.

Bem, olhem, que se lixe a porra do milénio, se é agora ou daqui a um ano tanto me faz, porque não acredito em cristo de qualquer maneira, por isso estou-me bem nas tintas para o nosso calendário. Cá para mim estamos no ano 27, que é o ano de vida em que estou.

Quer seja 5000, quer seja 2000, 2001 ou 564 AC para vocês: divirtam-se todos e portem-se razoavelmente.

Se eu estiver redondamente enganado e o mundo acabar, é da maneira que não preciso de ir fazer os já previsí­veis exames í  próstata que, quem sabe como se faze, já deve ter tido um arrepio.

Beijinhos e abraços para todos e até logo se ainda voltar com paciência para escrever alguma coisa, senão, até para o ano.

Fomos para casa dos meus pais onde já estava o pessoal todo. A minha tia resolveu ter a ideia de nos vestirmos todos de árabes ou similares. Eu fiquei com um disfarce de algo Africano, talvez alguém da Costa do Marfim. Fomos para a rua receber os meus pais que estiveram de serviço até í s dez da noite.

Depois fui fazer o meu frango chinês que toda a gente parece ter gostado, mas que não ficou bem como eu queria porque o maior bico do fogão da minha mãe não é tão grande como o meu e não aquece tanto. Não consegui aquecer o wok o suficiente, mas pronto, ficou feito.

Jantámos a correr e praticamente a meio saltámos da mesa e fomos para a rua, para um monte, ver o fogo de artifí­cio…

Lembro-me das primeiras palavras que disse no ano 2000: “g’anda merda!”. Afinal os rumores de que iam incendiar o Tejo de Belém a Xabregas eram tudo treta e o fogo de artí­ficio que houve um pouco por toda a cidade, fora a zona circundante do estuário do Tejo, foi de uma pobreza e tristeza inacreditáveis. Um espectáculo digno do paí­s ridí­culo que somos. Bem, enfim, lá está o meu nacionalismo a descambar…

O que vale é que levámos uma garrafa de champagne que era muito bom, oferecida pelo meu sogro, toda a gente deu um golinho e eu bebi o resto o que me deu logo tosga para o resto do fogo que começou quase imediatamente a parecer-me muito melhor. Fantástico o efeito quase imediato do champagne, deve ser por isso que é a bebida de eleição de homens/mulheres que se querem levar uns aos outros para a cama.

Voltámos para casa um bocado desolados com o espectáculo ranhoso, mas divertidos o suficiente por termos estado ali ao ar livre, em vez de encafuados, 165, numa salinha.

De regresso, foi a vez de abrir o Moí«t et Chandon, que o meu tio mostrou como se fazia, com uma faca, partindo o gargalo… foi genial, a rolha saltou (gargalo incluí­do) fez pop e tudo. Repetiu-se a proeza com a segunda garrafa. Havia Martin’s de 20 anos que não é Whiskey, é *whiskey* se é que me entendem. Comemos doces e trocámos umas prendas, tradição que se tem vindo a acentuar ao passar dos anos na nossa famí­lia.

Pronto, a todos um bom natal e uma páscoa feliz.

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