To be…

Publicado em , por macaco

1:40

Diário Online ou não diário online, eis a questão… perdoem-me a estúpida adaptação de Shakespeare e permitam-me que me explique.

Isto dos diários online mexe com as pessoas. Faz confusão a muita gente. Já recebi alguns mails perguntando-me como consigo e mesmo o Pato diz que era incapaz…

Afinal, quão diferente são as nossas vidas? Acham, sinceramente que aquilo que expresso aqui é assim tão diferente do que sente qualquer outra pessoa. É assim tão pessoal?

Acham que não se passam coisas mais pessoais na minha vida que concerteza não acabam neste ligeiro relato do meu dia-a-dia, acreditam mesmo que escrevo aqui tudo o que se passa?

É óbvio que não.

Este diário começou por ser uma experiência divertida e anónima, em inglês, se forem aos arquivos, podem constatar isso mesmo, grande parte do diário está ainda em inglês e é uma patetice pegada na sua maioria.

Depois o diário passou a ser um jornal, aliás, os ingleses usam muito a palavra journal para diário, embora não a usem para substituír “newspaper”, creio eu. Curioso… mas não sou linguista, por isso adiante.

Este jornal, este noticiário Pedral permite aos meus amigos manterem um certo contacto, manterem-se a par, por assim dizer. Todos eles têm diários. E às vezes, mesmo depois de passar um dia inteiro com a Dalila gosto de ler o que ela escreveu no diário sobre esse mesmo dia, tem piada as coisas que se escrevem, os pormenores que ela achou dignos de menção.

Quando há uns dias fomos todos ao jantar de aniversário do Paco, foi interessante ler a descrição de cada um. É sobretudo disso que este diário trata, de um punhado de pessoas que se conhecem, mas que não vivem propriamente a cinco minutos uns dos outros e que se vêm ocasionalmente uns, com mais frequência outros e que arranjaram uma forma gira, que não deixa de ser arrojada em certos aspectos, de comunicar.

Por acaso apenas a Digito referiu o meu diário, tornando-o imediatamente numa espécie de curiosidade de feira para alguns, num deslumbramento para outros, numa seca para muitos (mas esses não escreveram a dizer nada, claro…). O pessoal da Digito já conhecia este diário desde o dia um. Aliás, numa das primeiras entradas do diário, ainda em inglês se lê um qualquer agradecimento, provavelmente palerma, ao Kikoo… ora o Kikoo é exactamente um dos membros da Digito com quem gosto de trocar conversas.

Não lhe pedi que colocasse o diário na Digito. Mas ele achou que valia a pena e pôs. As consequências?

Para mim mudou pouco, o meu counter duplicou e recebi uns mails, mas não alterei a minha forma de escrever nem o objectivo deste diário. Ele é para o Cunhado, para o Advogado, para a Kat, para outros, talvez anónimos… é por aqui que troco algumas coisas, cromos, com eles. Leio as cromices deles, eles, lêem as minhas e acabamos por coleccionar os cromos uns dos outros.

Não estou a expor a minha vida ao público… a minha vida é outra… aquela que vivo na intimidade de mim mesmo e que apenas se revela DE NOITE! Quando o mild-mannered Pedro se transforma em BATMAN! e percorre as ruas lutando contra o crime e respectivos criminosos até o dia nascer (o que, apesar de tudo é cansativo).

Bom, como diriam os Monty Python: “chega desta conversa de bichas” e vamos mas é pintar a tira do sapo, para enviar ainda “hoje”.

14:50

Acabei de produzir mais 20 imagens para o Sapo… mas ainda não vejo, como se costuma dizer, “o fundo ao tacho”. Está na altura de fazer contas e ver quantos estão feitos e quantos faltam… e rezar (embora seja contra a minha religião rezar), para que não sejam pedidos mais.

Entretanto um trabalho que tinhamos conseguido adiar para Janeiro… bom, como dizê-lo…. já não falta muito para Janeiro. Ah e temos outro CD-ROM para fazer.

O meu nível de stress nas barrinhas está mais alto outra vez. Como sabem as barrinhas funcionam por um sistema eletrónico, inventado por mim, cada vez que me sento a escrever, ligo alguns electrodos a partes do corpo e um aparelho denominado o tanguinómetro regista os meus “níveis” e traduz tudo num pequeno bloco de HTML, que depois é inserido no computador via ESP.

O que acontece é que estou outra vez a entrar naquele estado em que estava antes de tomar o Pacinone… GGRRRRRRRNNNAAAAARRRRGHHH!!!!… estou a 1000 à hora, apetece-me partir coisas, não me consigo concentrar… acho que tenho que falar com o meu médico de família.

noite

Fui ter mais uma das quatro variantes (?) que se ensinam na Academia em Kung Fu. Não sabia. Chama-se Qi Na e lê-se Tchi Ná.

Quase não aguentei o treino, mas sobrevivi. Começámos com cinco minutos a olhar fixamente para a chama de uma vela sem pestanejar. Sem pestanejar,é difícil, mas passado algum tempo vamos pestanejando cada vez menos. O professor aconselhou a que fizessemos este exercício diariamente em casa.

Depois os estiramentos, que se fazem bem, embora… mal. Ou seja: não cansam por aàalém, mas não consigo fazer a maior parte deles, a começar por tocar com os dedos no chão mantendo as pernas direitas.

De seguida vem a parte mrtifera: corrida, corrida levantando os joelhos, corrida intercalada com saltos, mudanças súbitas de direcção…. percorrer toda a sala aos pulos, percorrer a sala aos saltos numa só perna, em saltos rotativos, flexões e um exercício isométrico para peitorais que eu ia estoirando, principalmente depois de ter estado a levantar 60 kg no ginásio, sábado passado.

É nesta altura que eu decido desistir. Já não me apanham lá quinta.

Depois começámos a praticar o Qi Na, com parceiro. Aprendemos três movimentos, daqueles mesmo chatos para quem recebe. Por exemplo eu tinha aprendido nm livro de Kung Fu a soltar-me se me agarrassem a mão, mas isto ainda é melhor, se me agarrarem agora, sei fazer um Qi Na. Já agora, Qi Na significa mais ou menos agarrar e segurar. Portanto, o atacante segura o pulso, e depois co uma série de passos e voltas vai parar ao chão com o braço todo torcido e a pedir misericórdia.

Foi muito giro mesmo. O tipo que praticou comigo chamava-se Zé (nome raro e curioso, hem?) e também era relativamente novato, embora já tivesse a famosa t-shirt da YMAA, que não como se ganha.

Saàde lá, não estoirado e acabado, mas antes pelo contrário, com uma energia suplementar mesmo estranha… não estava à espera. Então aproveitei a energia para correr até casa dos meus pais para pedir o carro emprestado para ir amanhã a unma reunião a Linda a Velha.

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